domingo, 10 de abril de 2016

Será que vale a pena casar jovem?




Cada caso é um caso, diz o chavão. E tem razão. Além disso, cada um é livre para casar quando quiser. Isso não se discute. Mas quando se percebe que homens e mulheres estão casando mais tarde, podemos perguntar se isso é vantajoso ou não.

A história é conhecida. Casa-se mais tarde porque é preciso estudar, trabalhar, arrumar dinheiro e comprar uma casa. Aí já se chega aos 30 anos. Depois é preciso curtir um pouco a vida de solteiro. Mais uns anos. Para assumir um compromisso é preciso estar maduro, conhecer alguém também maduro. Mais alguns anos.

Isso não significa que casar jovem seja uma atitude arriscada, imatura ou equivocada. Há uma sabedoria na natureza que é bom estarmos atentos.

Na faixa dos 20 anos, uma pessoa tem vigor físico, disposição para enfrentar desafios, capacidade de adaptação a mudanças que uma pessoa de 30 ou 40 anos costuma não ter. Quando se pensa que uma vida a dois exige paciência, pequenas renúncias, flexibilidade para alterar planos em função do outro, parece que os casais jovens saem ganhando.

A biologia da mulher não mudou com os séculos. Sua fertilidade vai despencando a partir dos 30 anos.

Quando se tem 20 e poucos anos a vida profissional está engatinhando e a renda também. Mas isso não é uma desvantagem para os casais jovens. Os apertos econômicos, os horários complicados do estudo e do trabalho, o adiar uma pós-graduação são muito bons para unir o casal. As amizades sólidas são sempre feitas quando se passa por um sofrimento. Com o casal é a mesma coisa. Ter uma posição profissional e econômica confortável pode se tornar uma arapuca para o egoísmo e para distanciar um do outro, levando até mesmo à separação.

Casando cedo, os desafios da vida acadêmica e profissional são enfrentados com o suporte emocional e vital do parceiro. Não se está sozinho na luta.

E a questão da maturidade? De fato, as pessoas têm demorado mais para amadurecer. Mas a culpa não é do tempo. Há imaturos de 60 anos. O que amadurece são os sacrifícios que o cumprimento do dever leva consigo. Não conheço uma pessoa capaz de se sustentar com seu trabalho, que se vira para resolver os problemas que aparecem, que seja imatura. Há moças e rapazes de 13, 15 anos bem maduros. Se não são muitos é porque estão cheios de comodidades e facilidades paternais e maternais. Um casal que casa jovem, tem filhos logo e dispensam a ajuda de sogros e sogras não tem tempo para crises e adquirem uma personalidade muito bonita. Pesquisei em lares pobres e de classe média e não encontrei crianças desse tipo de lar que tenham passado fome, tenham ficado para trás na vida ou na profissão. Eles aprendem a se virar com pouco dinheiro. E vão longe.

Olhando da perspectiva dos filhos – o que é pouco comum hoje em dia -, eles também se beneficiam de terem pais jovens. Alguns estudos apontam que crianças com pais jovens são mais sadias física e mentalmente. Contam com pais com maior disposição física e mental, tem maior probabilidade de terem irmãos e irmãs que são importantes no seu desenvolvimento e terão seus pais mais tempo aqui na terra, os quais poderão conhecer os netos e até os bisnetos.


Artigo do blog: O Correio Chegou.

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