quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A grande mentira





Tanya tinha 37 anos quando decidiu ser mãe. Não conseguiu. Foi atrás, estudou, pesquisou, entrevistou e descobriu muitas coisas que nunca lhe contaram. E resolveu contar para a mulher moderna. Aqui vão alguns dados que extraímos do livro The Big Lie: motherhood, feminism and the reality of the biological clock (A grande mentira: maternidade, feminismo e a realidade do relógio biológico).


1.   Quando as mulheres se emanciparam, foram estudar, trabalhar e, com isso, o casamento e a gravidez ficaram para depois. Atrasar a vinda dos filhos fez despencar a fertilidade.  Por sua vez a indústria de biotecnologia se mobilizou para vender à mulher a promessa de que poderia ser mãe até os 45 anos. Tudo isso é amplamente conhecido. Só que muitas outras coisas que deveriam ter sido contadas e recontadas, permaneceram no silêncio.

2.   O número de óvulos na primeira menstruação é em torno de 300 mil a 400 mil. Aos 30 anos de idade despenca para a faixa de 40 mil – 50 mil, isto é, 13% da adolescência. Aos 40 anos são apenas 10 mil óvulos (3% da adolescência) e nem todos são viáveis. Isto é a realidade biológica, que ignora reclamações, ideologias feministas ou machistas, dificuldades com estudo, trabalho, casamento, falta de tempo, valores ou credos. Vale para todas. Como não há diálogo com a biologia, resta à mulher revisar seu planejamento familiar.

3.   Em consequência, o número de mulheres que chegaram aos 44 anos sem conseguirem ter filhos, pulou em quarenta anos de 10% para 20%.

4.   Com 15 anos de idade, uma mulher tem 40 a 50% de chances de engravidar naturalmente em cada ciclo. Com 35 anos de idade, essa possibilidade cai para 15% a 20%. Com 45 anos de idade, há apenas 3% a 5% de chances.

5.   Nem toda gravidez prospera, sobretudo no início da gestação. A estatística diz que 1 em cada 3 mulheres tem um aborto espontâneo antes dos 45 anos de idade. Das gestações comprovadas clinicamente, 25% terminam com a perda do bebê.  Esse número causa espanto por que a maior parte desses casos fica no segredo do casal. Eles não contam sua perda nem para amigos e familiares próximos. A chance de ter um aborto espontâneo cresce com a idade da mulher: 15% com mulheres na faixa de 25 a 30 anos; 40% em mulheres com 40 anos.

6.   A biotecnologia promete filhos para a mulher. Mas não consegue cumprir. 77% das tentativas de fecundação in vitro (reprodução assistida) terminam em fracasso. A mulher se sente muito frustrada: tratamento caro, doloroso, invasivo, manipulação de embriões e poucas chances de sucesso.  Parece que a ciência permite à mulher ser tudo o que ela quer, mas não é bem assim.

7.   Os médicos estão prontos para dar a mulher todos os contraceptivos que pedir. Raramente perguntam, informam e ajudam a mulher a ter filhos. Um pacto tenebroso que se desmancha por volta dos 35 anos.





Artigo do blog: O Correio Chegou.


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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Mundus Latine



Segue uma página que desenvolvi (Marcos) em sociedade com um amigo de São Paulo Lucas Kattah.




O MUNDUS LATINE (o "Mundo em Latim") foi criado e arquitetado dentro do projeto de REUNIR e PRODUZIR materiais de mais alta qualidade sobre a língua latina para o público de língua portuguesa.


http://munduslatine.weebly.com


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O pudor (I): os anos da infância

Foto sob licença Creative Commons por Katie Laird


Gostaria de compartilhar com vocês este ótimo texto de J. de la Vega. Ele é recheado de dicas práticas e pode ajudar a muitos pais.

Fonte: http://opusdei.org.br/pt-br/article/o-pudor-1-os-anos-da-infancia/

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Que é o pudor? À primeira vista, um sentimento de vergonha que leva a não manifestar exteriormente algo da nossa intimidade. Para muitos, trata-se simplesmente de uma defesa mais ou menos espontânea contra a indecência, e não falta quem o confunda com o puritanismo.

No entanto, esta concepção é limitada. É fácil perceber isto quando consideramos que, onde não há personalidade nem intimidade, o pudor torna-se supérfluo. Os animais carecem dele.

Além disso, o pudor não se aplica somente às coisas ruins ou indecentes; há também um pudor das coisas boas, uma vergonha natural de manifestar, por exemplo, os dons recebidos.

O pudor, considerado como sentimento, possui um valor inestimável, porque supõe perceber que se possui uma intimidade e não uma mera existência pública; mas, além disso, há uma autêntica virtude do pudor que se radica nesse sentimento, e permite ao homem escolher quando e como manifestar o próprio ser às pessoas que o podem acolher e compreender como ele merece.


O valor da própria intimidade

O pudor possui um profundo valor antropológico: defende a intimidade do homem ou da mulher – sua parte mais valiosa – para poder revelá-la na medida adequada, no momento conveniente, de modo correto, no contexto propício.

Ao contrário, a pessoa fica exposta a maus tratos ou, pelo menos, a não ser tomada com a consideração devida. O pudor é necessário, inclusive, para alcançar e conservar a própria autoestima, aspecto essencial do amor ao próprio eu.

Pode se dizer que « Com o pudor, manifesta o ser humano quase «instintivamente» a necessidade da afirmação e da aceitação deste «eu», segundo o seu justo valor» [1]. A falta de pudor manifesta que a própria intimidade se considera pouco original ou irrelevante, de modo que nada do que contém merece ser reservado para umas pessoas e não para outras.


A beleza do pudor

O termo “pudor" – quer o entendamos como sentimento quer como virtude – pode utilizar-se em diversos âmbitos. No seu sentido mais estrito refere-se à salvaguarda do corpo; num sentido mais amplo, envolve outros aspetos da intimidade – por exemplo, o de manifestar as próprias emoções; num e noutro caso, o pudor protege, em última instância, o mistério da pessoa e do seu amor [2].

Como princípio geral, pode se dizer que o pudor se orienta para que os outros reconheçam em nós o que temos de mais pessoal. No que se refere ao corpo, isso implica chamar a atenção para aquilo que pode comunicar o exclusivo e próprio de cada pessoa (o rosto, as mãos, o olhar, os gestos…). Nesta linha, o vestuário está ao serviço dessa capacidade de comunicação, e deve expressar a imagem que se tem de si mesmo e o respeito que se oferece aos outros. A elegância e o bom gosto, o asseio e o cuidado da aparência pessoal surgem, assim, como as primeiras manifestações de pudor, que pede (e oferece) respeito aos que nos rodeiam. Pela mesma razão, a pouca virtude neste campo leva com facilidade à grosseria e ao descuido no asseio. Em diferentes ocasiões, o prelado do Opus Dei exortou a «viver e defender o pudor, contribuindo para criar e difundir uma moda que respeite a dignidade, protestando perante imposições que não respeitem os valores de uma beleza autêntica» [3].

Algo semelhante sucede com o aspeto mais espiritual; esta virtude põe ordem no nosso interior, de acordo com a dignidade das pessoas e com os laços que existem entre elas [4]. Ter consideração pela intimidade, própria e alheia, permite dar-se a conhecer na justa medida nos diversos contextos de doação ou de respeito em que nos movemos. Deste modo, humanizam-se as relações pessoais porque cada uma adquire matizes distintos; isto não só torna a própria personalidade mais atrativa, mas também à medida que se vão compartilhando esferas de intimidade, permite a alegria da verdadeira amizade.

Na educação no pudor, portanto, é imprescindível perceber o sentido eminentemente positivo desta virtude. «O pudor, componente fundamental da personalidade, pode ser considerado - no plano educativo - como consciência vigilante que defende a dignidade do homem e o amor autêntico» [5]. Quando se explica o sentido profundo do pudor – salvaguardar a intimidade própria, para poder oferecê-la a quem verdadeiramente a pode apreciar – é mais fácil aceitar e interiorizar as suas consequências práticas. A meta, então, não se coloca tanto em que os jovens vivam determinados critérios de conduta neste terreno, mas em que o apreciem e assumam como algo que está na raiz da estrutura do ser pessoal.


Exemplo dos pais e ambiente familiar

Como bem sabemos, o bom exemplo é sempre um elemento essencial no trabalho educativo. Se os pais – e outras pessoas mais velhas que podem viver no lar, como os avós – sabem tratar-se com modéstia, os filhos compreendem que essas manifestações de delicadeza e pudor expressam a dignidade dos diversos componentes da família. Por exemplo, os pais podem e devem manifestar o carinho que sentem diante dos filhos, mas sabendo reservar certas efusões para os momentos de intimidade. Neste sentido, São Josemaria recordava o ambiente do lar que os seus pais tinham criado: E nem sequer faltas de discrição: apenas algum beijo. Tende pudor diante dos filhos [6]. Não se trata de envolver o amor numa máscara de frieza, mas de mostrar aos filhos a necessidade da elegância no convívio, que é alheia à afetação.

No entanto, as manifestações de um pudor sadio não acabam aqui. A confiança que se tem em uma família é compatível com saber estar em casa de um modo coerente com a própria dignidade. Um relaxamento nas posturas ou no vestir, como usar muito o roupão ou trocar de roupa diante dos filhos, acaba rebaixando o tom humano no lar e convida ao desleixo. Deve-se ter especial atenção nas temporadas quentes, pois o clima, os tecidos mais leves, e talvez o fato de estar de férias, abrem a porta ao descuido. Certamente, cada momento e lugar requer vestir-se de um modo adequado, porém sempre se pode manter o decoro. Pode suceder que este modo de proceder, às vezes, contraste com o clima geral, porém por isso é mister que seja tal a vossa formação, que saibais levar convosco, com naturalidade, o vosso próprio ambiente, para dar o “vosso tom" à sociedade em que viveis[7].

Se o pudor se relaciona, sobretudo, com a manifestação da intimidade, é lógico que sua educação deva abarcar o campo dos pensamentos, sentimentos ou intenções. Por isso, o exemplo no lar deve estender-se ao modo como se trata da própria intimidade e a dos outros. Por exemplo, é pouco educativo que as conversas familiares tratem de confidências alheias, ou alimentem fofocas. Juntamente com as possíveis faltas de justiça que podem ocorrer ao comportar-se assim, esse tipo de comentário leva a que os filhos se considerem no direito a intrometer-se na vida de outros.

De modo análogo, também é importante velar pelo que entra em casa através dos meios de comunicação. No tema que nos ocupa, o obstáculo principal não é só o indecente isto, como está claro, deve evitar-se sempre. Mas é mais obscura a forma como alguns programas de televisão ou revistas fazem comércio e espetáculo com a vida das pessoas. Às vezes, de um modo invasivo, que atenta contra a ética da profissão jornalística; outras vezes, são os próprios protagonistas que agem imoralmente e se dedicam a satisfazer curiosidades frívolas ou mesmo mórbidas. Os pais cristãos têm que pôr os meios para que este “tráfico da intimidade" não entre no lar. E explicar os motivos desse proceder: o respeito e o direito a legítima decisão de cada qual ser como é, de não se exibir, de conservar em justa e pudica reserva as suas alegrias, as suas penas e dores de família[8]. A desculpa que costuma apresentar-se nesse tipo de programas, o direito à informação ou o consentimento dos que neles participam, tem os seus limites: os que derivam da dignidade da pessoa. Nunca é moral danificá-la injustamente, ainda que o seja o próprio interessado a fazê-lo.

Desde pequenos

O sentido do pudor desperta no homem à medida que vai descobrindo a sua própria intimidade. As crianças pequenas, pelo contrário, com frequência deixam-se dominar pela sensação do momento; por isso, num ambiente de confiança ou de brincadeira, não é difícil que descuidem o pudor, talvez mesmo sem uma particular consciência. Por isso, durante a primeira infância, o trabalho educativo deve centrar-se em consolidar hábitos que mais tarde facilitarão o desenvolvimento desta virtude. Convém, por exemplo, que aprendam rapidamente a lavar-se e a vestir-se sozinhos. E, antes de terem conseguido este objetivo, é preciso procurar que nesses momentos a criança não esteja à vista dos seus irmãos. Também, enquanto for possível, exercitar-se em fechar a porta do seu quarto quando trocam de roupa, e a trancar a porta quando vão ao banheiro.

São coisas de sentido comum, que talvez tenhamos esquecido numa sociedade de costumes um tanto naturalistas, e que têm como fim ir formando na criança hábitos racionalmente assumidos, que no dia de amanhã facilitarão as autênticas virtudes. Por isso, se em alguma ocasião a criança se apresenta ou corre pela casa esquecendo-se do pudor, não se deve fazer um drama, mas também não achar graça – isso se deixa para quando ele esteja ausente. Convém, pelo contrário, corrigir com carinho, e explicar que não se comportou bem. Em questões de educação, tudo tem importância, embora haja coisas que em si mesmas pareçam intranscendentes ou que nessas idades não significam nada.

Ao mesmo tempo, as crianças devem ir aprendendo a respeitar a intimidade dos outros; nascem egocêntricos, e só pouco a pouco vão “descobrindo" que os outros não vivem para eles, e merecem ser tratados como gostam. Este avanço gradual pode concretizar-se em múltiplos detalhes; ensinar-lhes a bater à porta – e, logicamente, a esperar a resposta – antes de entrar num quarto; ou explicar-lhes que devem sair de um quarto quando se lhes pede para que o façam, porque os adultos querem falar a sós. Dever-se-á também conter o seu ímpeto de explorar – próprio destas idades precoces – armários e outras coisas pessoais dos habitantes do lar. Assim vão se acostumando a valorizar a esfera privada dos outros e, ao mesmo tempo, a descobrir a própria. E assentam-se as bases para que, quando crescerem, sejam capazes não só de respeitar as pessoas pelo que são – filhos de Deus – mas também de possuírem eles próprios esse bom pudor que reserva as coisas profundas da alma à intimidade entre o homem e o seu Pai Deus, entre a criança que há de procurar ser todo o cristão e a Mãe que o aperta sempre nos seus braços[9].

J. De la Vega (2012)

[1] Cf. João Paulo II, Audiência Geral, 19-XII-1979.

[2] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2522.

[3] D. Javier Echevarría, Encontro público de catequese em Las Palmas da Grande Canária, 7-II-2004.

[4] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2521.

[5] Congregação para a Educação Católica, Orientações educativas sobre o amor humano, n. 90.

[6] Pregação oral de S. Josemaria, recolhida por Salvador Bernal em “Mons. Josemaria Escrivá de Balaguer", ed. Rialp, Madrid, p. 19.

[7] Caminho, n. 376.

[8] É Cristo que passa, n. 69.

[9] S. Josemaria, Artigo La Virgen del Pilar em “El libro de Aragón", CAMP, Zaragoza 1976.

Meu, meu e meu!





“Meu, meu, meu!”. Não há criança até mais ou menos seis anos, que não esteja disposta a armar um `faniquito` em defesa daquilo que considera seu… ainda que não seja. Um caminhão, uma bola ou uns lápis de cor pode detonar uma antológica birra. Isto não significa que a criança seja uma egoísta consumada senão que ainda é pequena e necessita de ajuda para descobrir a generosidade.

Que a uma criança custe compartilhar é fácil de entender. Segundo sua mentalidade, compartilhar é perder, e precisamente por isso acaba não só sendo difícil fazê-la compreender que deve emprestar suas coisas como, mais ainda, que não é dona daquilo que vê.

Aplanar o terreno

A maioria das crianças de dois anos costuma ser muito individualista. Logo começam a buscar a companhia de outras crianças para brincar e divertir-se. E é por volta dos quatro anos que começam a delimitar as barreiras entre suas coisas e as das outras crianças.

Aos seis anos adentram no período sensitivo da generosidade. Este é o momento mais apropriado para fomentar o hábito de compartilhar.

Mas para começar a trabalhar neste campo não é necessário esperar tanto. Ainda que o período sensitivo da criança comece aos seis anos, podemos ir semeando e aplanando o terreno muito antes. Já desde muito pequenos podemos indicar como ficamos felizes, quando compartilham suas coisas, etc.

Graças a esse trabalho, conseguiremos criar nas crianças um hábito, que mais tarde ela mesma converterá em virtude, com um menor esforço quanto mais perto esteja o período sensitivo propriamente dito.

Pouco a pouco

Da mesma forma que procuramos que a criança assimile um certo horário, se comporte bem, que não faça birras… devemos procurar fomentar a importância de compartilhar desde o princípio ainda que lhe custe. Não há dúvida de que esta aprendizagem será lenta trabalhosa, mas será importante para o futuro.

Se não lhe ensinamos hoje a compartilhar, pode ser que amanhã também lhe custe querer bem aos demais e, o que é muito mais importante, a dar-se a quem a rodeia.

Não ensinar a ser generoso, poderia implicar estar alimentando um egoísmo futuro que mais tarde será mais difícil solucionar.

Sair de si mesmo

Durante seus primeiros anos de vida (até os dois anos aproximadamente) as crianças costumam valorizar mais às pessoas do que aos objetos, por isso temos que aproveitar essa característica da idade para iniciá-los na generosidade, precisamente através das pessoas. Quer dizer, devemos procurar que vejam que dar é uma forma de amar e que a generosidade se encontra estreitamente ligada à alegria de fazer que os demais sejam um pouco mais felizes.

Para consegui-lo podemos, já desde bem pequenos, ajudar que relacionem os conceitos dar-amor-alegria-bom.

O pedagogo alemão Dr. Rudolf Steiner recomendava empregar nestes casos, o verbo “dar” ao invés de tirar, sempre que fosse possível já que “é mais saudável ensinar a contar dando maçãs do que as tirando”.

Respeitar suas coisas

A criança é capaz de compreender rapidamente estas relações e conceitos se os apresentamos em forma de brincadeiras. Graças a eles conseguiremos que a criança vá captando a diferença entre o seu e o dos demais.

Durante os primeiros anos (dois ou três) a dificuldade em respeitar as coisas alheias é normal. Pode ajudá-la a superar essa dificuldade ver como os demais respeitam suas coisas (sapatos, brinquedos, livros…). Para trabalhar neste campo podemos marcar as coisas dela com um determinado sinal.

Ao mesmo tempo, podemos assinalar outros objetos da casa como “de todos” (livros, jogos, computador…), que deve se acostumar a usá-los com cuidado e deixá-los sempre no lugar.

Conceito de intercambio

Quando a criança já tenha aprendido a distinguir o seu, o de todos e o dos outros, o passo seguinte será ajudá-lo a entender o conceito de intercambio. Por exemplo: a criança empresta o seu caminhão ao seu primo que da mesma forma lhe empresta a sua bola colorida.

Ao princípio a idéia terá que partir de nós até que a criança assimile de tal forma que seja ela mesma a realizar essas trocas.

Mais adiante deverá começar a pedir e emprestar as coisas durante um certo período de tempo. Assim, compreenderá outro conceito igualmente importante: saber esperar.

Por último, teremos que ensinar a presentear e, o que é ainda mais importante, a ficar contente com isso.

As seguintes etapas que a criança deverá superar serão igualmente importantes: ceder, pedir por favor, agradecer, ter cuidado com as coisas, devolver o que lhe emprestaram…

Questão de apoio

Nosso apoio e constante incentivo se constituirão no eixo fundamental durante estes anos. Não esqueçamos que o que mais motiva os filhos é que seus pais valorizem cada pequeno esforço que eles realizam. Por isso, é importante que alegrar-nos expressivamente por sua boa conduta, inclusive, de vez em quando podemos premiar com um detalhe, quando consegue ser generoso.

Para pensar:

Nunca acusemos a criança de egoísta. Rotular é o pior caminho para conseguir que supere um pequeno defeito ou mau hábito.

Procuremos agüentar estoicamente suas birras. Ceder quando a criança chora por ter que compartilhar um brinquedo não a ajuda a entender que não pode ter tudo.

Devemos ensinar que se compartilham seus brinquedos também serão beneficiados, sobre tudo porque seus amiguinhos também lhes emprestarão suas coisas. Assim será muito mais fácil desprender-se de suas coisas.


Artigo publicado no IBF: Instituto Brasileiro da Família
Autor: Elena Lopes
Assessora: Blanca Jordan
El arte de Educar de 0 a 6
Revista Hacer Família – n. 81

domingo, 27 de dezembro de 2015

Análise Banco Itaú





Em 1998 o preço da ação do Itaú (descontando os dividendos) valia aproximadamente R$ 1,23. Com o passar do tempo o preço atual 2015, após, 17 anos, chegou ao valor de R$ 32,00, em um ano onde todos falam que estamos em crise. Nestes 17 anos o crescimento do preço da ação, impulsionados pelo crescimento dos lucros, foi por volta de 2300% ou 21% ao ano. Neste mesmo período a inflação média foi de 6,95% ao ano o que dá um retorno real, livre de inflação, de 14,5%. Segundo Peter Lynch o retorno médio das empresas americanas nos últimos 200 anos foi de aproximadamente 7% ao ano.

Todos podem participar deste crescimento apenas comprando participações desta empresa ou de  qualquer outra no mercado de ações brasileiro ou internacional como o americano. Com isso fazemos o nosso dinheiro trabalhar enquanto focamos no nosso trabalho.

Resumido dos principais dados do banco Itaú de 2001 até 2015.

Fonte: Bastter.com

Apenas de 2001 até 2015 o lucro líquido do Itaú teve saiu de R$ 2.3 bilhões para R$ 27.4 bilhões um crescimento de  R$ 25.1 bilhões em 14 anos. Sempre, no logo prazo, quando os lucros crescem a cotação segue o mesmo caminho, e quando os lucros caem a cotação também cai.

No curto prazo as cotações podem oscilar bastante mas se o lucro líquido crescer constantemente a cotação irá para o mesmo caminho. Logo, nos períodos que as cotações estão em baixa é uma boa oportunidade para aumentar a sua posição em empresas com bons fundamentos, pois nestes momentos estaremos comprando mais participações da empresa com menos dinheiro gasto.

Cotação diária do banco Itaú de 1998 até 2015 

Fonte: Fundamentus.com

Cotações diárias. (Como as cotações diárias oscilam para cima e para baixo vai ter momentos, quando estiverem baixas, que com o mesmo valor investido você vai comprar mais ações. Logo quando as ações de uma empresa que tem lucros constantes como o Itaú estão em baixa é uma oportunidade de comprar mais ações com o mesmo valor que iria investir em momentos de alta.

Este gráfico mostra a cotação anual x o lucro líquido anual salientando que o preço da ação ao longo prazo sempre segue o crescimento dos lucros.



Fonte: Bastter.com.

Lucros: Conforme vai passando o tempo o crescimento do lucro fica mais rápido pela força do juros compostos. De 2014 para 2015 o crescimento do lucro líquido foi de R$ 5 bilhões.


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sábado, 26 de dezembro de 2015

Autoridade Positiva

Ter autoridade, não autoritarismo, é básico para a educação de nossos filhos. Devemos dar-lhes limites e objetivos claros que lhes permitam diferenciar o certo do errado. Contudo, um dos erros mais freqüentes dos pais é exceder na tolerância. Muitas vezes é por aí que começam os problemas… Assim é preciso chegar a um equilíbrio. Como consegui-lo?





Atuações paternas e maternas, às vezes cheias de boa intenção, podem minar a própria autoridade…

Em educação, é bom lembrar sempre, o que deixa marcas na criança não é o que se faz alguma vez, e sim o que se faz continuamente. O importante é que, após refletir, os pais considerem, em cada caso, as atuações que podem ser mais negativas para a educação de seus filhos, e procurem mudá-las.

Quais são os erros mais freqüentes que os pais cometem quando interagem com seus filhos?

Abaixo relacionamos alguns dos principais erros que, com mais freqüência, debilitam e diminuem a autoridade dos pais.

A permissividade. A criança, quando nasce, não tem consciência do que é bom nem do que é mau. Não sabe, por exemplo, se pode ou não rabiscar nas paredes. São os adultos que têm que lhes dizer o que está bem e o que está mal. As crianças necessitam de limites para crescerem seguras e felizes.

Ceder depois de dizer não. A primeira regra de ouro a respeitar é a do não. Nunca se deve negociar o não. Embora esse seja um erro freqüente e que traz muitos danos. Por isso pense bem antes de dizer não a seu filho, porque não deve voltar atrás. Por outro lado, o sim pode ser negociado. Por exemplo: ao deixar ver TV você pode negociar o programa e o tempo.

O autoritarismo. É o extremo oposto da permissividade. Revela-se no querer que o filho faça tudo o que o pai quer, anulando muitas vezes sua personalidade. O autoritarismo só persegue a obediência pela obediência, não busca desenvolver uma pessoa equilibrada e com capacidade de autodomínio, e sim uma pessoa submissa, que faça tudo o que o adulto diz. É tão negativo para a educação quanto a permissividade.

Falta de coerência. Já foi dito que os filhos devem ter referências e limites estáveis. As reações dos pais devem ser sempre dentro de uma mesma linha ante os mesmos fatos. É fundamental a coerência de atitudes entre o pai e a mãe.

Gritar. Perder a calma. Às vezes é difícil não perdê-la. Perder a calma supõe algumas vezes um abuso da força. Quando os gritos não dão resultado, a ira do adulto pode passar facilmente ao insulto e à humilhação, podendo causar na criança uma perda de auto estima.

Não cumprir as promessas e as ameaças. A criança aprende muito rápido que quanto mais um pai / mãe promete ou ameaça menos cumpre o que diz. Cada promessa ou ameaça não   cumprida     é         uma     “parte” da autoridade que fica pelo caminho. As promessas e ameaças devem ser realistas, ou seja, possíveis de aplicar. Por exemplo: um dia sem TV ou sem sair, é possível. Um mês é pouco provável.

Não escutar. Muitos pais queixam-se de que seus filhos não os escutam. Contudo, muitas vezes são eles que não costumam escutar seus filhos. Julgam, avaliam e dizem o que devem fazer, mas escutar…

Querer resultados imediatos. Com freqüência, os pais têm pouca paciência com seus filhos. Gostariam que fossem os melhores… Já! É importante ter sempre claro que tudo requer um período de aprendizagem, e este carrega consigo seus correspondentes erros.

Uma vez que sabemos o que devemos evitar, sugerimos algumas “dicas” de atuações concretas e positivas que ajudam a ter prestígio e autoridade com os filhos:

Ter objetivos claros do que pretendemos quando educamos. Estes objetivos devem ser poucos, concretos e compartilhados pelo casal, de tal maneira que os dois se sintam comprometidos com o fim que perseguem. Requer tempo de conversa, inclusive, às vezes, papel e lápis para que fiquem claros e não sejam esquecidos. Além disso, devem ser revisados de tempos em tempos para que não fiquem defasados pela idade do filho ou circunstâncias familiares.

Ensinar com clareza coisas concretas. Não adianta dizer “seja bom”, “seja comportado”, “tenha ordem” ou “coma bem”. Estas instruções gerais não dizem nada. É preciso dar, com carinho, instruções claras e concretas para que a criança saiba o que se espera que ela faça.

Tempo para aprender. Ensinar a fazer, acompanhar e incentivar durante o processo de aprendizagem.

Valorizar sempre as tentativas e esforços por melhorar, ressaltando o que a criança fez bem e não dando tanta importância ao que fez mal.

Dar exemplo para ter força moral e prestígio. Só com a coerência entre palavras e atos conseguiremos motivar os filhos.

Confiar. A confiança é uma palavra chave. A autoridade positiva supõe que a criança confie em seus pais. Só é possível que isso ocorra se o pai dá exemplo de confiança no filho.

Atuar e “fugir” dos discursos. Uma vez que a criança já sabe o que deve fazer e não o faz, é contraproducente investir o tempo em discursos para convencê-la. Atue em conseqüência. Os sermões têm um valor de efetividade igual a zero.

Reconhecer os próprios erros. Ninguém é perfeito, nem os pais. O reconhecimento de um erro por parte dos pais dá segurança e tranqüilidade ao filho, anima-o a tomar decisões ainda que possa equivocar-se. Os erros não são fracassos, senão equívocos que nos indicam o que devemos evitar. Os erros educam, quando há espírito de superação na família.

Todas estas recomendações podem ser muito úteis, totalmente ineficazes ou até mesmo negativas. Tudo depende de dois fatores, importantes em qualquer atuação humana e que na relação com os filhos são absolutamente imprescindíveis: amor e bom senso.

Educar é amar. O amor faz com que as técnicas não convertam as relações em algo frio, rígido e inflexível e, portanto superficial e sem valor a longo prazo. O amor supõe tomar decisões que às vezes são dolorosas, a curto prazo, para os pais e para os filhos, mas que depois serão valorizadas e proporcionarão um bem estar interior.

Texo adaptado por IBF - Instituto Brasileiro da Família
Autor: Prof. Pablo Pascual Sorribas
Mestre, licenciado em História e Logopedia


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

Desejamos a todos os nossos amigos um santo natal e um 2016 repleto de alegria!

Este é o nosso singelo cartão para vocês que, mesmo estando longe, nos acompanham e incentivam neste trabalho.

Que o Menino Deus os guarde.

Obrigado pelo apoio!