quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A grande mentira





Tanya tinha 37 anos quando decidiu ser mãe. Não conseguiu. Foi atrás, estudou, pesquisou, entrevistou e descobriu muitas coisas que nunca lhe contaram. E resolveu contar para a mulher moderna. Aqui vão alguns dados que extraímos do livro The Big Lie: motherhood, feminism and the reality of the biological clock (A grande mentira: maternidade, feminismo e a realidade do relógio biológico).


1.   Quando as mulheres se emanciparam, foram estudar, trabalhar e, com isso, o casamento e a gravidez ficaram para depois. Atrasar a vinda dos filhos fez despencar a fertilidade.  Por sua vez a indústria de biotecnologia se mobilizou para vender à mulher a promessa de que poderia ser mãe até os 45 anos. Tudo isso é amplamente conhecido. Só que muitas outras coisas que deveriam ter sido contadas e recontadas, permaneceram no silêncio.

2.   O número de óvulos na primeira menstruação é em torno de 300 mil a 400 mil. Aos 30 anos de idade despenca para a faixa de 40 mil – 50 mil, isto é, 13% da adolescência. Aos 40 anos são apenas 10 mil óvulos (3% da adolescência) e nem todos são viáveis. Isto é a realidade biológica, que ignora reclamações, ideologias feministas ou machistas, dificuldades com estudo, trabalho, casamento, falta de tempo, valores ou credos. Vale para todas. Como não há diálogo com a biologia, resta à mulher revisar seu planejamento familiar.

3.   Em consequência, o número de mulheres que chegaram aos 44 anos sem conseguirem ter filhos, pulou em quarenta anos de 10% para 20%.

4.   Com 15 anos de idade, uma mulher tem 40 a 50% de chances de engravidar naturalmente em cada ciclo. Com 35 anos de idade, essa possibilidade cai para 15% a 20%. Com 45 anos de idade, há apenas 3% a 5% de chances.

5.   Nem toda gravidez prospera, sobretudo no início da gestação. A estatística diz que 1 em cada 3 mulheres tem um aborto espontâneo antes dos 45 anos de idade. Das gestações comprovadas clinicamente, 25% terminam com a perda do bebê.  Esse número causa espanto por que a maior parte desses casos fica no segredo do casal. Eles não contam sua perda nem para amigos e familiares próximos. A chance de ter um aborto espontâneo cresce com a idade da mulher: 15% com mulheres na faixa de 25 a 30 anos; 40% em mulheres com 40 anos.

6.   A biotecnologia promete filhos para a mulher. Mas não consegue cumprir. 77% das tentativas de fecundação in vitro (reprodução assistida) terminam em fracasso. A mulher se sente muito frustrada: tratamento caro, doloroso, invasivo, manipulação de embriões e poucas chances de sucesso.  Parece que a ciência permite à mulher ser tudo o que ela quer, mas não é bem assim.

7.   Os médicos estão prontos para dar a mulher todos os contraceptivos que pedir. Raramente perguntam, informam e ajudam a mulher a ter filhos. Um pacto tenebroso que se desmancha por volta dos 35 anos.





Artigo do blog: O Correio Chegou.


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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Mundus Latine



Segue uma página que desenvolvi (Marcos) em sociedade com um amigo de São Paulo Lucas Kattah.




O MUNDUS LATINE (o "Mundo em Latim") foi criado e arquitetado dentro do projeto de REUNIR e PRODUZIR materiais de mais alta qualidade sobre a língua latina para o público de língua portuguesa.


http://munduslatine.weebly.com


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O pudor (I): os anos da infância

Foto sob licença Creative Commons por Katie Laird


Gostaria de compartilhar com vocês este ótimo texto de J. de la Vega. Ele é recheado de dicas práticas e pode ajudar a muitos pais.

Fonte: http://opusdei.org.br/pt-br/article/o-pudor-1-os-anos-da-infancia/

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Que é o pudor? À primeira vista, um sentimento de vergonha que leva a não manifestar exteriormente algo da nossa intimidade. Para muitos, trata-se simplesmente de uma defesa mais ou menos espontânea contra a indecência, e não falta quem o confunda com o puritanismo.

No entanto, esta concepção é limitada. É fácil perceber isto quando consideramos que, onde não há personalidade nem intimidade, o pudor torna-se supérfluo. Os animais carecem dele.

Além disso, o pudor não se aplica somente às coisas ruins ou indecentes; há também um pudor das coisas boas, uma vergonha natural de manifestar, por exemplo, os dons recebidos.

O pudor, considerado como sentimento, possui um valor inestimável, porque supõe perceber que se possui uma intimidade e não uma mera existência pública; mas, além disso, há uma autêntica virtude do pudor que se radica nesse sentimento, e permite ao homem escolher quando e como manifestar o próprio ser às pessoas que o podem acolher e compreender como ele merece.


O valor da própria intimidade

O pudor possui um profundo valor antropológico: defende a intimidade do homem ou da mulher – sua parte mais valiosa – para poder revelá-la na medida adequada, no momento conveniente, de modo correto, no contexto propício.

Ao contrário, a pessoa fica exposta a maus tratos ou, pelo menos, a não ser tomada com a consideração devida. O pudor é necessário, inclusive, para alcançar e conservar a própria autoestima, aspecto essencial do amor ao próprio eu.

Pode se dizer que « Com o pudor, manifesta o ser humano quase «instintivamente» a necessidade da afirmação e da aceitação deste «eu», segundo o seu justo valor» [1]. A falta de pudor manifesta que a própria intimidade se considera pouco original ou irrelevante, de modo que nada do que contém merece ser reservado para umas pessoas e não para outras.


A beleza do pudor

O termo “pudor" – quer o entendamos como sentimento quer como virtude – pode utilizar-se em diversos âmbitos. No seu sentido mais estrito refere-se à salvaguarda do corpo; num sentido mais amplo, envolve outros aspetos da intimidade – por exemplo, o de manifestar as próprias emoções; num e noutro caso, o pudor protege, em última instância, o mistério da pessoa e do seu amor [2].

Como princípio geral, pode se dizer que o pudor se orienta para que os outros reconheçam em nós o que temos de mais pessoal. No que se refere ao corpo, isso implica chamar a atenção para aquilo que pode comunicar o exclusivo e próprio de cada pessoa (o rosto, as mãos, o olhar, os gestos…). Nesta linha, o vestuário está ao serviço dessa capacidade de comunicação, e deve expressar a imagem que se tem de si mesmo e o respeito que se oferece aos outros. A elegância e o bom gosto, o asseio e o cuidado da aparência pessoal surgem, assim, como as primeiras manifestações de pudor, que pede (e oferece) respeito aos que nos rodeiam. Pela mesma razão, a pouca virtude neste campo leva com facilidade à grosseria e ao descuido no asseio. Em diferentes ocasiões, o prelado do Opus Dei exortou a «viver e defender o pudor, contribuindo para criar e difundir uma moda que respeite a dignidade, protestando perante imposições que não respeitem os valores de uma beleza autêntica» [3].

Algo semelhante sucede com o aspeto mais espiritual; esta virtude põe ordem no nosso interior, de acordo com a dignidade das pessoas e com os laços que existem entre elas [4]. Ter consideração pela intimidade, própria e alheia, permite dar-se a conhecer na justa medida nos diversos contextos de doação ou de respeito em que nos movemos. Deste modo, humanizam-se as relações pessoais porque cada uma adquire matizes distintos; isto não só torna a própria personalidade mais atrativa, mas também à medida que se vão compartilhando esferas de intimidade, permite a alegria da verdadeira amizade.

Na educação no pudor, portanto, é imprescindível perceber o sentido eminentemente positivo desta virtude. «O pudor, componente fundamental da personalidade, pode ser considerado - no plano educativo - como consciência vigilante que defende a dignidade do homem e o amor autêntico» [5]. Quando se explica o sentido profundo do pudor – salvaguardar a intimidade própria, para poder oferecê-la a quem verdadeiramente a pode apreciar – é mais fácil aceitar e interiorizar as suas consequências práticas. A meta, então, não se coloca tanto em que os jovens vivam determinados critérios de conduta neste terreno, mas em que o apreciem e assumam como algo que está na raiz da estrutura do ser pessoal.


Exemplo dos pais e ambiente familiar

Como bem sabemos, o bom exemplo é sempre um elemento essencial no trabalho educativo. Se os pais – e outras pessoas mais velhas que podem viver no lar, como os avós – sabem tratar-se com modéstia, os filhos compreendem que essas manifestações de delicadeza e pudor expressam a dignidade dos diversos componentes da família. Por exemplo, os pais podem e devem manifestar o carinho que sentem diante dos filhos, mas sabendo reservar certas efusões para os momentos de intimidade. Neste sentido, São Josemaria recordava o ambiente do lar que os seus pais tinham criado: E nem sequer faltas de discrição: apenas algum beijo. Tende pudor diante dos filhos [6]. Não se trata de envolver o amor numa máscara de frieza, mas de mostrar aos filhos a necessidade da elegância no convívio, que é alheia à afetação.

No entanto, as manifestações de um pudor sadio não acabam aqui. A confiança que se tem em uma família é compatível com saber estar em casa de um modo coerente com a própria dignidade. Um relaxamento nas posturas ou no vestir, como usar muito o roupão ou trocar de roupa diante dos filhos, acaba rebaixando o tom humano no lar e convida ao desleixo. Deve-se ter especial atenção nas temporadas quentes, pois o clima, os tecidos mais leves, e talvez o fato de estar de férias, abrem a porta ao descuido. Certamente, cada momento e lugar requer vestir-se de um modo adequado, porém sempre se pode manter o decoro. Pode suceder que este modo de proceder, às vezes, contraste com o clima geral, porém por isso é mister que seja tal a vossa formação, que saibais levar convosco, com naturalidade, o vosso próprio ambiente, para dar o “vosso tom" à sociedade em que viveis[7].

Se o pudor se relaciona, sobretudo, com a manifestação da intimidade, é lógico que sua educação deva abarcar o campo dos pensamentos, sentimentos ou intenções. Por isso, o exemplo no lar deve estender-se ao modo como se trata da própria intimidade e a dos outros. Por exemplo, é pouco educativo que as conversas familiares tratem de confidências alheias, ou alimentem fofocas. Juntamente com as possíveis faltas de justiça que podem ocorrer ao comportar-se assim, esse tipo de comentário leva a que os filhos se considerem no direito a intrometer-se na vida de outros.

De modo análogo, também é importante velar pelo que entra em casa através dos meios de comunicação. No tema que nos ocupa, o obstáculo principal não é só o indecente isto, como está claro, deve evitar-se sempre. Mas é mais obscura a forma como alguns programas de televisão ou revistas fazem comércio e espetáculo com a vida das pessoas. Às vezes, de um modo invasivo, que atenta contra a ética da profissão jornalística; outras vezes, são os próprios protagonistas que agem imoralmente e se dedicam a satisfazer curiosidades frívolas ou mesmo mórbidas. Os pais cristãos têm que pôr os meios para que este “tráfico da intimidade" não entre no lar. E explicar os motivos desse proceder: o respeito e o direito a legítima decisão de cada qual ser como é, de não se exibir, de conservar em justa e pudica reserva as suas alegrias, as suas penas e dores de família[8]. A desculpa que costuma apresentar-se nesse tipo de programas, o direito à informação ou o consentimento dos que neles participam, tem os seus limites: os que derivam da dignidade da pessoa. Nunca é moral danificá-la injustamente, ainda que o seja o próprio interessado a fazê-lo.

Desde pequenos

O sentido do pudor desperta no homem à medida que vai descobrindo a sua própria intimidade. As crianças pequenas, pelo contrário, com frequência deixam-se dominar pela sensação do momento; por isso, num ambiente de confiança ou de brincadeira, não é difícil que descuidem o pudor, talvez mesmo sem uma particular consciência. Por isso, durante a primeira infância, o trabalho educativo deve centrar-se em consolidar hábitos que mais tarde facilitarão o desenvolvimento desta virtude. Convém, por exemplo, que aprendam rapidamente a lavar-se e a vestir-se sozinhos. E, antes de terem conseguido este objetivo, é preciso procurar que nesses momentos a criança não esteja à vista dos seus irmãos. Também, enquanto for possível, exercitar-se em fechar a porta do seu quarto quando trocam de roupa, e a trancar a porta quando vão ao banheiro.

São coisas de sentido comum, que talvez tenhamos esquecido numa sociedade de costumes um tanto naturalistas, e que têm como fim ir formando na criança hábitos racionalmente assumidos, que no dia de amanhã facilitarão as autênticas virtudes. Por isso, se em alguma ocasião a criança se apresenta ou corre pela casa esquecendo-se do pudor, não se deve fazer um drama, mas também não achar graça – isso se deixa para quando ele esteja ausente. Convém, pelo contrário, corrigir com carinho, e explicar que não se comportou bem. Em questões de educação, tudo tem importância, embora haja coisas que em si mesmas pareçam intranscendentes ou que nessas idades não significam nada.

Ao mesmo tempo, as crianças devem ir aprendendo a respeitar a intimidade dos outros; nascem egocêntricos, e só pouco a pouco vão “descobrindo" que os outros não vivem para eles, e merecem ser tratados como gostam. Este avanço gradual pode concretizar-se em múltiplos detalhes; ensinar-lhes a bater à porta – e, logicamente, a esperar a resposta – antes de entrar num quarto; ou explicar-lhes que devem sair de um quarto quando se lhes pede para que o façam, porque os adultos querem falar a sós. Dever-se-á também conter o seu ímpeto de explorar – próprio destas idades precoces – armários e outras coisas pessoais dos habitantes do lar. Assim vão se acostumando a valorizar a esfera privada dos outros e, ao mesmo tempo, a descobrir a própria. E assentam-se as bases para que, quando crescerem, sejam capazes não só de respeitar as pessoas pelo que são – filhos de Deus – mas também de possuírem eles próprios esse bom pudor que reserva as coisas profundas da alma à intimidade entre o homem e o seu Pai Deus, entre a criança que há de procurar ser todo o cristão e a Mãe que o aperta sempre nos seus braços[9].

J. De la Vega (2012)

[1] Cf. João Paulo II, Audiência Geral, 19-XII-1979.

[2] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2522.

[3] D. Javier Echevarría, Encontro público de catequese em Las Palmas da Grande Canária, 7-II-2004.

[4] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2521.

[5] Congregação para a Educação Católica, Orientações educativas sobre o amor humano, n. 90.

[6] Pregação oral de S. Josemaria, recolhida por Salvador Bernal em “Mons. Josemaria Escrivá de Balaguer", ed. Rialp, Madrid, p. 19.

[7] Caminho, n. 376.

[8] É Cristo que passa, n. 69.

[9] S. Josemaria, Artigo La Virgen del Pilar em “El libro de Aragón", CAMP, Zaragoza 1976.

Meu, meu e meu!





“Meu, meu, meu!”. Não há criança até mais ou menos seis anos, que não esteja disposta a armar um `faniquito` em defesa daquilo que considera seu… ainda que não seja. Um caminhão, uma bola ou uns lápis de cor pode detonar uma antológica birra. Isto não significa que a criança seja uma egoísta consumada senão que ainda é pequena e necessita de ajuda para descobrir a generosidade.

Que a uma criança custe compartilhar é fácil de entender. Segundo sua mentalidade, compartilhar é perder, e precisamente por isso acaba não só sendo difícil fazê-la compreender que deve emprestar suas coisas como, mais ainda, que não é dona daquilo que vê.

Aplanar o terreno

A maioria das crianças de dois anos costuma ser muito individualista. Logo começam a buscar a companhia de outras crianças para brincar e divertir-se. E é por volta dos quatro anos que começam a delimitar as barreiras entre suas coisas e as das outras crianças.

Aos seis anos adentram no período sensitivo da generosidade. Este é o momento mais apropriado para fomentar o hábito de compartilhar.

Mas para começar a trabalhar neste campo não é necessário esperar tanto. Ainda que o período sensitivo da criança comece aos seis anos, podemos ir semeando e aplanando o terreno muito antes. Já desde muito pequenos podemos indicar como ficamos felizes, quando compartilham suas coisas, etc.

Graças a esse trabalho, conseguiremos criar nas crianças um hábito, que mais tarde ela mesma converterá em virtude, com um menor esforço quanto mais perto esteja o período sensitivo propriamente dito.

Pouco a pouco

Da mesma forma que procuramos que a criança assimile um certo horário, se comporte bem, que não faça birras… devemos procurar fomentar a importância de compartilhar desde o princípio ainda que lhe custe. Não há dúvida de que esta aprendizagem será lenta trabalhosa, mas será importante para o futuro.

Se não lhe ensinamos hoje a compartilhar, pode ser que amanhã também lhe custe querer bem aos demais e, o que é muito mais importante, a dar-se a quem a rodeia.

Não ensinar a ser generoso, poderia implicar estar alimentando um egoísmo futuro que mais tarde será mais difícil solucionar.

Sair de si mesmo

Durante seus primeiros anos de vida (até os dois anos aproximadamente) as crianças costumam valorizar mais às pessoas do que aos objetos, por isso temos que aproveitar essa característica da idade para iniciá-los na generosidade, precisamente através das pessoas. Quer dizer, devemos procurar que vejam que dar é uma forma de amar e que a generosidade se encontra estreitamente ligada à alegria de fazer que os demais sejam um pouco mais felizes.

Para consegui-lo podemos, já desde bem pequenos, ajudar que relacionem os conceitos dar-amor-alegria-bom.

O pedagogo alemão Dr. Rudolf Steiner recomendava empregar nestes casos, o verbo “dar” ao invés de tirar, sempre que fosse possível já que “é mais saudável ensinar a contar dando maçãs do que as tirando”.

Respeitar suas coisas

A criança é capaz de compreender rapidamente estas relações e conceitos se os apresentamos em forma de brincadeiras. Graças a eles conseguiremos que a criança vá captando a diferença entre o seu e o dos demais.

Durante os primeiros anos (dois ou três) a dificuldade em respeitar as coisas alheias é normal. Pode ajudá-la a superar essa dificuldade ver como os demais respeitam suas coisas (sapatos, brinquedos, livros…). Para trabalhar neste campo podemos marcar as coisas dela com um determinado sinal.

Ao mesmo tempo, podemos assinalar outros objetos da casa como “de todos” (livros, jogos, computador…), que deve se acostumar a usá-los com cuidado e deixá-los sempre no lugar.

Conceito de intercambio

Quando a criança já tenha aprendido a distinguir o seu, o de todos e o dos outros, o passo seguinte será ajudá-lo a entender o conceito de intercambio. Por exemplo: a criança empresta o seu caminhão ao seu primo que da mesma forma lhe empresta a sua bola colorida.

Ao princípio a idéia terá que partir de nós até que a criança assimile de tal forma que seja ela mesma a realizar essas trocas.

Mais adiante deverá começar a pedir e emprestar as coisas durante um certo período de tempo. Assim, compreenderá outro conceito igualmente importante: saber esperar.

Por último, teremos que ensinar a presentear e, o que é ainda mais importante, a ficar contente com isso.

As seguintes etapas que a criança deverá superar serão igualmente importantes: ceder, pedir por favor, agradecer, ter cuidado com as coisas, devolver o que lhe emprestaram…

Questão de apoio

Nosso apoio e constante incentivo se constituirão no eixo fundamental durante estes anos. Não esqueçamos que o que mais motiva os filhos é que seus pais valorizem cada pequeno esforço que eles realizam. Por isso, é importante que alegrar-nos expressivamente por sua boa conduta, inclusive, de vez em quando podemos premiar com um detalhe, quando consegue ser generoso.

Para pensar:

Nunca acusemos a criança de egoísta. Rotular é o pior caminho para conseguir que supere um pequeno defeito ou mau hábito.

Procuremos agüentar estoicamente suas birras. Ceder quando a criança chora por ter que compartilhar um brinquedo não a ajuda a entender que não pode ter tudo.

Devemos ensinar que se compartilham seus brinquedos também serão beneficiados, sobre tudo porque seus amiguinhos também lhes emprestarão suas coisas. Assim será muito mais fácil desprender-se de suas coisas.


Artigo publicado no IBF: Instituto Brasileiro da Família
Autor: Elena Lopes
Assessora: Blanca Jordan
El arte de Educar de 0 a 6
Revista Hacer Família – n. 81

domingo, 27 de dezembro de 2015

Análise Banco Itaú





Em 1998 o preço da ação do Itaú (descontando os dividendos) valia aproximadamente R$ 1,23. Com o passar do tempo o preço atual 2015, após, 17 anos, chegou ao valor de R$ 32,00, em um ano onde todos falam que estamos em crise. Nestes 17 anos o crescimento do preço da ação, impulsionados pelo crescimento dos lucros, foi por volta de 2300% ou 21% ao ano. Neste mesmo período a inflação média foi de 6,95% ao ano o que dá um retorno real, livre de inflação, de 14,5%. Segundo Peter Lynch o retorno médio das empresas americanas nos últimos 200 anos foi de aproximadamente 7% ao ano.

Todos podem participar deste crescimento apenas comprando participações desta empresa ou de  qualquer outra no mercado de ações brasileiro ou internacional como o americano. Com isso fazemos o nosso dinheiro trabalhar enquanto focamos no nosso trabalho.

Resumido dos principais dados do banco Itaú de 2001 até 2015.

Fonte: Bastter.com

Apenas de 2001 até 2015 o lucro líquido do Itaú teve saiu de R$ 2.3 bilhões para R$ 27.4 bilhões um crescimento de  R$ 25.1 bilhões em 14 anos. Sempre, no logo prazo, quando os lucros crescem a cotação segue o mesmo caminho, e quando os lucros caem a cotação também cai.

No curto prazo as cotações podem oscilar bastante mas se o lucro líquido crescer constantemente a cotação irá para o mesmo caminho. Logo, nos períodos que as cotações estão em baixa é uma boa oportunidade para aumentar a sua posição em empresas com bons fundamentos, pois nestes momentos estaremos comprando mais participações da empresa com menos dinheiro gasto.

Cotação diária do banco Itaú de 1998 até 2015 

Fonte: Fundamentus.com

Cotações diárias. (Como as cotações diárias oscilam para cima e para baixo vai ter momentos, quando estiverem baixas, que com o mesmo valor investido você vai comprar mais ações. Logo quando as ações de uma empresa que tem lucros constantes como o Itaú estão em baixa é uma oportunidade de comprar mais ações com o mesmo valor que iria investir em momentos de alta.

Este gráfico mostra a cotação anual x o lucro líquido anual salientando que o preço da ação ao longo prazo sempre segue o crescimento dos lucros.



Fonte: Bastter.com.

Lucros: Conforme vai passando o tempo o crescimento do lucro fica mais rápido pela força do juros compostos. De 2014 para 2015 o crescimento do lucro líquido foi de R$ 5 bilhões.


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sábado, 26 de dezembro de 2015

Autoridade Positiva

Ter autoridade, não autoritarismo, é básico para a educação de nossos filhos. Devemos dar-lhes limites e objetivos claros que lhes permitam diferenciar o certo do errado. Contudo, um dos erros mais freqüentes dos pais é exceder na tolerância. Muitas vezes é por aí que começam os problemas… Assim é preciso chegar a um equilíbrio. Como consegui-lo?





Atuações paternas e maternas, às vezes cheias de boa intenção, podem minar a própria autoridade…

Em educação, é bom lembrar sempre, o que deixa marcas na criança não é o que se faz alguma vez, e sim o que se faz continuamente. O importante é que, após refletir, os pais considerem, em cada caso, as atuações que podem ser mais negativas para a educação de seus filhos, e procurem mudá-las.

Quais são os erros mais freqüentes que os pais cometem quando interagem com seus filhos?

Abaixo relacionamos alguns dos principais erros que, com mais freqüência, debilitam e diminuem a autoridade dos pais.

A permissividade. A criança, quando nasce, não tem consciência do que é bom nem do que é mau. Não sabe, por exemplo, se pode ou não rabiscar nas paredes. São os adultos que têm que lhes dizer o que está bem e o que está mal. As crianças necessitam de limites para crescerem seguras e felizes.

Ceder depois de dizer não. A primeira regra de ouro a respeitar é a do não. Nunca se deve negociar o não. Embora esse seja um erro freqüente e que traz muitos danos. Por isso pense bem antes de dizer não a seu filho, porque não deve voltar atrás. Por outro lado, o sim pode ser negociado. Por exemplo: ao deixar ver TV você pode negociar o programa e o tempo.

O autoritarismo. É o extremo oposto da permissividade. Revela-se no querer que o filho faça tudo o que o pai quer, anulando muitas vezes sua personalidade. O autoritarismo só persegue a obediência pela obediência, não busca desenvolver uma pessoa equilibrada e com capacidade de autodomínio, e sim uma pessoa submissa, que faça tudo o que o adulto diz. É tão negativo para a educação quanto a permissividade.

Falta de coerência. Já foi dito que os filhos devem ter referências e limites estáveis. As reações dos pais devem ser sempre dentro de uma mesma linha ante os mesmos fatos. É fundamental a coerência de atitudes entre o pai e a mãe.

Gritar. Perder a calma. Às vezes é difícil não perdê-la. Perder a calma supõe algumas vezes um abuso da força. Quando os gritos não dão resultado, a ira do adulto pode passar facilmente ao insulto e à humilhação, podendo causar na criança uma perda de auto estima.

Não cumprir as promessas e as ameaças. A criança aprende muito rápido que quanto mais um pai / mãe promete ou ameaça menos cumpre o que diz. Cada promessa ou ameaça não   cumprida     é         uma     “parte” da autoridade que fica pelo caminho. As promessas e ameaças devem ser realistas, ou seja, possíveis de aplicar. Por exemplo: um dia sem TV ou sem sair, é possível. Um mês é pouco provável.

Não escutar. Muitos pais queixam-se de que seus filhos não os escutam. Contudo, muitas vezes são eles que não costumam escutar seus filhos. Julgam, avaliam e dizem o que devem fazer, mas escutar…

Querer resultados imediatos. Com freqüência, os pais têm pouca paciência com seus filhos. Gostariam que fossem os melhores… Já! É importante ter sempre claro que tudo requer um período de aprendizagem, e este carrega consigo seus correspondentes erros.

Uma vez que sabemos o que devemos evitar, sugerimos algumas “dicas” de atuações concretas e positivas que ajudam a ter prestígio e autoridade com os filhos:

Ter objetivos claros do que pretendemos quando educamos. Estes objetivos devem ser poucos, concretos e compartilhados pelo casal, de tal maneira que os dois se sintam comprometidos com o fim que perseguem. Requer tempo de conversa, inclusive, às vezes, papel e lápis para que fiquem claros e não sejam esquecidos. Além disso, devem ser revisados de tempos em tempos para que não fiquem defasados pela idade do filho ou circunstâncias familiares.

Ensinar com clareza coisas concretas. Não adianta dizer “seja bom”, “seja comportado”, “tenha ordem” ou “coma bem”. Estas instruções gerais não dizem nada. É preciso dar, com carinho, instruções claras e concretas para que a criança saiba o que se espera que ela faça.

Tempo para aprender. Ensinar a fazer, acompanhar e incentivar durante o processo de aprendizagem.

Valorizar sempre as tentativas e esforços por melhorar, ressaltando o que a criança fez bem e não dando tanta importância ao que fez mal.

Dar exemplo para ter força moral e prestígio. Só com a coerência entre palavras e atos conseguiremos motivar os filhos.

Confiar. A confiança é uma palavra chave. A autoridade positiva supõe que a criança confie em seus pais. Só é possível que isso ocorra se o pai dá exemplo de confiança no filho.

Atuar e “fugir” dos discursos. Uma vez que a criança já sabe o que deve fazer e não o faz, é contraproducente investir o tempo em discursos para convencê-la. Atue em conseqüência. Os sermões têm um valor de efetividade igual a zero.

Reconhecer os próprios erros. Ninguém é perfeito, nem os pais. O reconhecimento de um erro por parte dos pais dá segurança e tranqüilidade ao filho, anima-o a tomar decisões ainda que possa equivocar-se. Os erros não são fracassos, senão equívocos que nos indicam o que devemos evitar. Os erros educam, quando há espírito de superação na família.

Todas estas recomendações podem ser muito úteis, totalmente ineficazes ou até mesmo negativas. Tudo depende de dois fatores, importantes em qualquer atuação humana e que na relação com os filhos são absolutamente imprescindíveis: amor e bom senso.

Educar é amar. O amor faz com que as técnicas não convertam as relações em algo frio, rígido e inflexível e, portanto superficial e sem valor a longo prazo. O amor supõe tomar decisões que às vezes são dolorosas, a curto prazo, para os pais e para os filhos, mas que depois serão valorizadas e proporcionarão um bem estar interior.

Texo adaptado por IBF - Instituto Brasileiro da Família
Autor: Prof. Pablo Pascual Sorribas
Mestre, licenciado em História e Logopedia


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

Desejamos a todos os nossos amigos um santo natal e um 2016 repleto de alegria!

Este é o nosso singelo cartão para vocês que, mesmo estando longe, nos acompanham e incentivam neste trabalho.

Que o Menino Deus os guarde.

Obrigado pelo apoio!






sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Investimento em valor - Exemplo Coca-Cola



Segue gráfico com valor de mercado de 1 ação da coca-cala comprada em 1919. Saiu de uns 50 dólares para 10 milhões de dólares em 2011. De 1971 até 1981 o valor permanece o mesmo.





Fonte: Bastter.com.


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terça-feira, 7 de julho de 2015

Como me tornei um ateu climático




No campo religioso, algumas pessoas perdem a fé ao longo da vida. Normalmente na adolescência ou na universidade. Deixam de acreditar em Deus. E esse é o verbo que se usa: acreditar. Há os que acreditam em Deus e os que não acreditam. Mas, todos somos crentes, cremos nisto ou naquilo ou no nada. Não há “provas”.

Pois aqui está uma pessoa que ao longo da vida se tornou ateu climático. O que isso significa? Que não acredito – esse é o verbo – que o clima está piorando, os recursos hídricos estão diminuindo, que a poluição está aquecendo o planeta e tudo mais que sai nas manchetes diariamente.
Como cheguei a essa situação tão penosa? Quando era criança a escola, os livros, a imprensa, todo mundo me ensinava que a Amazônia era o pulmão do mundo. Diziam: “É a Ciência!”. Pois bem, subitamente, em um belo dia de sol, alguém exclamou: “Não é verdade! O pulmão do mundo está na superfície dos oceanos”. E eu respondi: “Aié? Então tá bão.”

Passados alguns anos, a escola, os livros, a imprensa começaram a dizer que passar desodorante no sovaco era um crime contra a camada de ozônio. Aboliram o CFC e todos ficamos de olho no tal do ozônio. Subitamente, um belo dia, alguém exclamou: “Não é verdade!”. E eu respondi: “Aié? Então tá bão.”

Só que cansei. Não quero daqui alguns anos dizer de novo: Aié? Então tá bão.”. E acho que isso vai acontecer porque elevamos ao status de Ciência (entendido como algo comprovado, líquido e certo) o que não passa de hipóteses e teorias. Sempre que ouço alguém dizer: “A Ciência diz que...” tenho vontade de perguntar: “Qual o telefone dela para eu fazer umas perguntas?”.
Também tenho lido coisas que reforçam a minha decisão de me tornar um ateu climático.

a) A política de crédito de carbono serviu para plantar algumas árvores na África, deslocar tribos e provocar desequilíbrios no ecossistema.

b) Alguns eventos ditos “sustentáveis”, quando computados o gasto total, são mais consumidores de energia do que eventos “não sustentáveis”.

c) A lógica de toda ONG e de todo ativista é dizer que a situação é perigosa. A salvação é dar dinheiro a eles e acreditar nas suas instruções. Só que nunca vi ninguém dizer que a situação melhorou. Creio que se fizerem isso, os donativos irão diminuir. Se a situação for resolvida, não terão mais o que fazer. Isso lembra o famoso caçador de nazistas Simon Wisenthal: quando descobriram que Mengele, o médico de Auschwitz tinha se afogado no Brasil, ele se recusou a acreditar. Era o fim do seu trabalho.

d) A Groenlândia vem de Green Land, a terra verde. No século XIV entrou uma onda fria e até hoje é um lugar inóspito. Não havia poluição no século XIV.

e) Há alguns anos a cidade de São Paulo sofreu com chuvas torrenciais diárias por mais de um mês. Alguém disse que era o clima mudando por causa da poluição. Só que resgataram uma carta de São José de Anchieta, fundador da cidade, contando que por mais de 40 dias o povoado sofreu com chuvas torrenciais diárias, com ventos que chegavam a arrancar árvores. Não havia poluição naquela época. Quando falam “este é o pior verão que já vi”, penso que a nossa memória é que é fraca.

f) Dizem que daqui trinta anos o planeta estará x graus mais quente. Contrasto com o fato de que as equipes de Fórmula 1 pagam caro para descobrir se vai chover na corrida. Estão em jogo milhões. E o sistema de previsão erra com muita freqüência. Diz que vai chover daqui 20 minutos e não chove. O que diremos da previsão para anos a frente?

g) Os dados coletados no mundo para elaborar os estudos não somente são recentes, como são bastante deficientes: no Brasil falta equipamento, os modelos de software são elaborados para as condições do hemisfério norte e não para o sul , etc. Imagina na Zâmbia...

h) Todo movimento ambientalista–climático se apóia em Malthus. Há 200 anos que esse modelo não funciona. Insistem nele porque ele funciona para o bolso de pesquisadores, autores de livros, ONGs, etc.






Pode ser que eu esteja errado. Não há problema. Se um ateu religioso estiver errado, a sua situação será desconfortável. A minha não. Quando ficar claro que errei, retificarei com gosto. Entretanto, vivo feliz e despreocupado com o futuro. Nós ateus climáticos, apostamos que tudo correrá bem. Como sempre aconteceu.

Artigo do blog: O Correio Chegou.


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segunda-feira, 6 de julho de 2015

5 conselhos do Papa sobre internet e televisão.

Durante um recente encontro com jovens em Sarajevo, o Papa Francisco falou com eles sobre a televisão e os novos meios de comunicação: computador, tablets, telemóveis... E deu uma série de conselhos.





1­. Deitar livros fora, mudar de canal. “Na época da imagem há que fazer o que se fazia na época dos livros: escolher o que me faz bem". Por isso, “há que saber escolher os programas, e esta é uma responsabilidade nossa. Se vejo que um programa não é bom para mim, que deita por terra os valores, que me torna vulgar, ou que contém cenas desonestas, tenho que mudar de canal. Como se fazia na minha época 'da lousa': quando um livro era bom, lia-se; quando um livro fazia mal, deitava-se fora".

2­. Fugir de ser escravos do computador. Cuidado com “a fantasia má, a fantasia que mata a alma. Se tu, que és jovem, vives ligado ao computador e te convertes num escravo do computador, perdes a liberdade. E se procuras no computador programas desonestos, perdes a dignidade". Tanto na televisão como na internet “há coisas sujas, que vão da pornografia à semi­-pornografia".

3­. Não à televisão-lixo. Atenção também “aos programas vazios, sem valores; por exemplo, programas relativistas, hedonistas, consumistas, que fomentam todas essas coisas. Nós sabemos que o consumismo é um cancro da sociedade. Falarei disso na próxima Encíclica, que sairá este mês".

4­. Computadores e televisões, num lugar comum da casa. “Há pais muito preocupados que não permitem que haja computadores nos quartos das crianças; os computadores devem estar num lugar comum da casa. Estas são pequenas ajudas que os pais encontram" para evitar que os filhos se exponham a todo este tipo de material.

5­. Não comer em família com o telemóvel. “Estar demasiado apegado a computadores, telemóveis, etc. faz mal à alma e retira a liberdade: faz-te escravo desses meios. É curioso, em muitas famílias os pais e as mães dizem-me: estamos à mesa com os filhos e eles, com o telemóvel, estão noutro mundo".


“É verdade que a linguagem virtual é uma realidade que não podemos negar; devemos levá-la pelo bom caminho, porque é um progresso da humanidade. Mas quando nos leva para fora da vida em comum, da vida familiar, da vida social e também do desporto, da arte... e ficamos presos ao computador, isso é uma patologia".

Fonte: Site do Opus Dei.

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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Análise de Investimento: AMBEV


Um bom ativo a ser adicionado na carteira de investimentos é a empresas de bebidas Ambev. Com um crescimento do lucro líquido de 1500% nos últimos 15 anos a Ambev vem se mostrando uma ótima opção para investimento ao longo prazo no brasil.

O que isso quer dizer? Quer dizer que um pessoa que tenha investido na Ambev há 15 anos teria visto o seu patrimônio crescer 1200% e o seu lucro líquido 1500%. Este crescimento mostra que investimentos em empresas com bons fundamentos (valor) geram ótimos retornos ao longo prazo.

Segue um quadro comparativo entre o lucro e a cotação da Ambev nos últimos 15 anos.


Fonte: Bastter.com

Ok, mas já ouvi dizer na TV que o mercado de ações é muito perigoso e do dia para noite você pode perder todo o seu dinheiro acumulado em uma vida toda. Como demostrado pelo gráfico acima o indicador se um ativo é bom ou não são os lucros consistentes, pois ao longo prazo a cotação sempre segue o lucro. Não conheço nenhum empresa que tendo lucros consistentes ao longo prazo a cotação tenha caído por um período também significativo. Logo quando temos quedas no preço das ações e ao mesmo tempo esta empresa tem um valor significativo nos seus fundamentos isso se torna uma vantagem para o acionista e não uma notícia ruim.

Neste período de quinze anos no curto prazo a cotação da Ambev teve grandes variações, porém se tirarmos uma foto do longo prazo, olhando a cotação uma vez ao ano, o preço da ação seguiu bem de perto o crescimento dos lucros.

Neste quadro estão resumidas as principais informações que precisam ser analisadas para entender se o ativo onde se está investindo tem ou não valor. Um lucro que cresce fortemente com o passar do tempo, uma dívida cada vez menor e caixa tão expressivo mostram que este é um ativo que gera valor para o acionista.



Fonte: Bastter.com

Outro ponto importante além de comprar ativos com valor é ter um bom controle de risco onde se sugere não investir uma parte muito significativa do seu patrimônio em um único ativo, mesmo se este ativo tiver fundamentos tão bons como a Ambev.

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sem irmãos



A alegria máxima de uma criança! Um irmãozinho. Mais um na família! Que beleza!

Que foto expressiva! Uma imagem vale mil palavras.

Agora vamos ao diálogo que realmente ocorreu na foto.


Não filha! Este não é seu irmão. É o filhinho da moça da cama ao lado. Eu vim aqui somente para colocar um D.I.U.
Eu sei que você quer muito ter um irmão, mas seu pai e eu não podemos dar essa alegria para você. Nosso amor não vai até aí. Deixe-me explicar:

1. Eu tenho a minha carreira e a gravidez atrapalha.

2. Seu pai tem sua carreira e ele não me ajuda muito.

3. Há muita gente no planeta e pouca comida. Há 200 anos que dizem isso e nunca aconteceu, mas nós precisamos ajudar as ONGs a angariar fundos e conseguimos assim um bom motivo para não ter mais filhos.

4. Você deu muito trabalho e eu não agüento outra dose. Sem a babá não sei como faria.

5. Você custa muito dinheiro. Seu pai e eu precisamos viajar, comprar coisas bacanas, pagar a parcela do carro. Temos que viver a nossa vida. Um dia você vai entender.

6. Queremos dar um bom colégio – que é caro - onde vão ensiná-la a ter sucesso profissional e quase nada sobre ter sucesso na vida. Também vão prepará-la para um dia também não dar irmãos aos seus filhos. Somos pessoas instruídas, desenvolvidas, livres e felizes.

7. As outras mamães também não dão irmãos para suas filhas e nós não podemos constrangê-las sendo diferentes.

Não chore... Nós compramos um labrador lindo para você!

Artigo do blog: O Correio Chegou.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Fecundação In Vitro: o que não sabíamos


Recentemente morreu Robert Edwards, o pesquisador que desenvolveu a técnica do “bebê de proveta” ou fecundação in vitro (FIV). A notícia gerou muitos artigos e testemunhos de pessoas que experimentaram a técnica para conseguir ter filhos. Aqui vão dois relatos que jogam luz em aspectos menos divulgados dessa técnica.


Uma dupla experiência negativa


Samantha Brick queria muito ter um filho, tentou fertilização in vitro e não conseguiu engravidar. Escreveu sua experiência no Dailymail.

Semana passada abri minha geladeira e reparei nos diversos frascos com remédios utilizados no processo de tentar engravidar usando a fecundação in vitro. Somados perfazem milhares de libras esterlinas. Meu bom humor evaporou. Esse material me faz lembrar da minha recente segunda tentativa que também terminou fracassando.

Meu marido, Pascal, e eu pagamos mais de £6 mil para ter um tratamento em uma clínica com boa reputação. Os quatro óvulos que meu corpo produziu não eram viáveis e ‘morreram’ horas após terem sido retirados do meu ovário.

Quando li que o pioneiro da técnica Robert Edwards morreu, experimentei emoções dispares. Tristeza pela sua família e raiva de com um homem que brincou de Deus com a vida humana. Eu o vejo como responsável pela agonia que passei durante os últimos quatro anos. Se a FIV não existisse, penso que teria dado um rumo melhor para a minha vida. Só que, pelo contrário, acabamos nos submetendo à montanha russa do tratamento de fertilidade.


Reconheço que a minha perspectiva é controversa e que a técnica de FIV trouxe alegria para muitas mulheres. Mas eu tive uma experiência muito viva do desgaste físico e emocional que esse tratamento, caro e invasivo, proporciona a mulher. Para cada mulher que se realizou tendo um filho, há muitas mais desiludidas, como é o meu caso, que ficaram sem nada.

Vidas são criadas e destruídas. Frequentemente, o casamento não sobrevive a turbulência criada pela FIV. Em alguns casos, mesmo após terem passados anos do fracasso, ficam ainda parcelas a serem pagas do tratamento. FIV está longe de ser um milagre da indústria da fertilidade. Na melhor das hipóteses FIV oferece 25% de chances de ter um bebê. Chance que diminui de acordo com a idade da mulher. Com 40 anos, minha chance era de 12%.

Casei com meu primeiro marido com 31 anos. Meu mundo caiu quando, 18 meses depois, descobri que ele não queria ter filhos. Casei com meu atual marido, Pascal, quando tinha 36 anos e queríamos ter um filho logo. Não conseguimos. Quando tinha 39 anos descobrimos que Pascal tinha uma contagem pequena de espermatozóides devido a uma infecção contraída em um acidente no trabalho. A cenoura da FIV balançava na nossa frente.


Antes do tratamento, os médicos explicaram os benefícios e os riscos inerentes. Disseram-me que em algumas mulheres o tratamento está ligado ao câncer de mama e ao de ovários. Há algumas histórias que circulam na internet em que alguns médicos não permitem que suas esposas façam o tratamento da FIV devido aos riscos para a saúde. No entanto, a FIV passou a ser a escolha automática para mulheres inteligentes e de nível superior como eu.


Comecei o tratamento em fevereiro no ano passado. Quem passou por isso, vai entender quando digo que parece que você está numa granja. Produzi dez óvulos e tive dois embriões implantados no útero, mas em abril descobri que não estava grávida.

Comecei de novo em dezembro. Dessa vez, desesperada para conseguir engravidar, resolvi não trabalhar durante o curso do tratamento. Durante cinco semanas tomei remédios que mexem com os hormônios para controlar a ovulação, criando uma ‘menopausa antecipada’. Depois, por duas semanas, injetei doses de uma química para estimular meu ovário a produzir um excesso de óvulos. Os níveis de hormônio no meu sangue eram monitorados diariamente e meu sistema reprodutor era rastreado com freqüência. Quando descobri que não deu certo novamente, eu fiquei tão desesperada que pensei em me matar. Tal era a minha angústia por não conseguir ser mãe.


Emocionalmente, ainda estou devastada. Choro e tenho momentos de depressão. Não consigo ficar perto de mulheres grávidas ou com crianças pequenas. Há também os efeitos colaterais: acne, aumento de peso, pesadelos e dor abdominal aguda. Não sofri isso durante o tratamento, mas agora, três meses depois.


Honestamente, eu não consigo imaginar entrar novamente em outro ciclo de tratamento de FIV. Não tenho forças suficientes. Começo a acreditar que nem todas as mulheres estão destinadas a se tornarem mães.

Robert Edwards afirmou em uma ocasião: “A coisa mais importante na vida é ter um filho. Nada é mais especial do que ter um filho”. Eu, mais do que ninguém, concordo com ele. Mas também acredito que algumas coisas não devem ser tocadas: criar vida artificialmente é uma delas.





Sheila Diamond é doutoranda pelo Instituto João Paulo II para Estudos em Matrimônio e Família em Roma, Itália. Ela também tem seu testemunho.


Cada vez mais acontece de dar parabéns a uma amiga por estar grávida e saber logo em seguida que utilizou a técnica de fertilização in vitro. Em uma dessas ocasiões perguntei se sabia que a Igreja Católica condenava essa prática. Minha amiga não entendeu: “Mas a Igreja não encoraja a vida e a vinda dos filhos?” Eu sugeri que pesquisasse na internet e ela ficou chocada ao ver que eu tinha razão: “Não tinha a menor ideia!”.


Eu não fiquei surpresa com sua reação, afinal nunca ouvi uma homília sobre isso. E também porque uma pessoa com instrução, mesmo sendo católica, não gosta que lhe digam o que deve ou não fazer. Se quiser ter filhos e não consegue, não há motivos para não recorrer a inseminação artificial.


Bem, o problema começa por aí. Não se trata apenas de uma técnica para ter filhos, mas para ter o melhor filho. Parte do problema ético é que a fertilização in vitro envolve medidas de eugenia. Quando o óvulo é fecundado no laboratório, gera diversos embriões. Cada um deles é examinado e apenas um ou dois – os que tiverem melhores condições - são implantados no útero. Os demais embriões não aprovados (seja porque possuem um problema genético ou porque não são do sexo que os pais querem) são congelados ou destruídos. Atualmente há milhões de embriões congelados em laboratórios. O seu processo vital foi suspenso porque não tinham as melhores condições.


Os casais que procuram a fertilização in vitro normalmente não sabem disso. As clínicas de fertilidade funcionam em bases comerciais, a concorrência é grande e sabem que a taxa de sucesso (número de gestações bem sucedidas) é fundamental para atrair clientes. Para melhorar essa taxa produzem e implantam o maior número possível de embriões. Em consequência, há mais excesso de embriões para serem descartados ou congelados.


Muitos casais pedem para congelar seus embriões para um possível uso futuro. O problema é que a fertilização in vitro é um processo tão exaustivo para a mulher que dificilmente acontece uma segunda rodada. Após conseguir uma criança, ficam satisfeitos e desistem do processo.


Eu conheci uma mulher que usou a técnica e conseguiu duas filhas gêmeas. Teve um parto prematuro e uma das meninas apresentou uma perda progressiva da audição. A mãe tinha 40 anos e durante a gestação passou muito mal. Agora ela tem 8 embriões congelados. Ela só percebeu isso mais tarde. Antes pensava que apenas os óvulos e o sêmen eram congelados. Agora está ansiosa e tem que decidir se paga mais um ano de armazenamento dos seus 8 filhos congelados ou se os descarta. Acha que não consegue sobreviver a outra gravidez. Pediu a irmã para implantar no útero um desses embriões, mas ela se recusou. Seu marido não entende a sua aflição e, vendo a gestação perigosa que teve, não permite que engravide de novo. Acha que deve esquecer os outros oito. Ela acha que o homem entra com a parte mais fácil no processo (ceder o sêmen) e não entende o que isso significa para uma mulher.


Outro dia ela me comentou: “Eu olho para minhas filhas, tão bonitas, e penso: Tenho outras lá na clínica, congeladas! Sei que um dia minhas filhas vão me perguntar: Onde estão as outras? E eu não sei o que vou dizer. Eu amo minhas filhas, mas me arrependo do modo que escolhi para que viessem ao mundo”.


Acho que fica mais fácil entender o veto da Igreja Católica. Uma criança tem o direito de ser concebida no seio do amor conjugal. Com a fertilização in vitro, a criança é concebida através de uma manipulação de terceiros. Isso não anula ou diminui o valor dessa vida, mas a expõe a riscos de todos os tipos (congelamento, descarte, experimentos, abusos de todos os tipos).


Informação suplementar

1. A FIV não é um tratamento para a infertilidade. Uma mulher saudável é normalmente capaz de conceber e ter um filho. Se ela não pode, é provável que haja algo errado que pode ser diagnosticada e tratado. A FIV não vai ajudar a resolver a infertilidade, porque o seu foco exclusivo é gerar bebês, não tem por objetivo restaurar a fertilidade, permitir futuras gestações saudáveis, prevenir abortos espontâneos, nem ajudar a mulher a garantir benefícios para a sua saúde no longo prazo (quer ela engravide ou não).


2. Além do risco de nascimento prematuro, os estudos científicos evocam um aumento demalformações em crianças concebidas por Fecundação In Vitro (FIV). O histórico registra uma incidência 25% maior do que ocorre com crianças concebidas naturalmente. Observam-se anomalias do sistema cardiovascular, urogenital e musculoesquelético.



Artigo do blog: O Correio Chegou.

Famílias numerosas em meio à “tolerante” sociedade moderna

Em minha experiência como mãe de nove filhos, encontrei mais condenações que aceitações e mais questões que entendimento.

Talvez isso ocorra porque não me encaixo no estereótipo de mãe de uma grande família. Sou pequenina, pareço mais nova do que realmente sou e durante toda a minha vida as pessoas me apelidaram “fofa”.

Então, a primeira reação das pessoas comigo é espanto; seguida de confusão ao me verem feliz.






Agora sou uma super feliz, fofa e pequenina mãe de nove simples e assustadoras pessoas. Eu quebro todo o preconceito.

A típica imagem de mãe de muitos filhos é de uma mulher grande, experiente, robusta, desagradável que eficientemente comanda suas jovens e elétricas crianças com pouco tempo para proteger ou amar tais pobres e carentes filhos.
         
Pais de duas crianças não podem entender como a mãe de uma grande família lida com todo o trabalho necessário para manter limpa e arrumada a casa, enquanto ainda tem tempo o suficiente para amar cada um de seus filhos. No entanto, é mais fácil viver rodeada de filhos que ter apenas poucos. Em uma grande família, o filho de 7 anos lerá repetidamente o mesmo livro para a filha pequena que ama um livro em particular. O filho de 10 anos se sente importante quando ele consegue ajudar seu irmão de 6 anos com suas dificuldades de leitura. A jovem adolescente irá ficar feliz em conseguir colocar um pequeno e dependente bebê para dormir.

Para mim, a família começou com três porque somente então criou-se uma comunidade. Uma comunidade trabalha e brinca junto e, para crianças pequenas, trabalhar é tão divertido quanto brincar. Incluí todo mundo nas rotinas diárias de casa e fiz da rotina uma diversão. Certa vez, a educadora experiente de um Colégio Montessori (ensino para crianças através de atividades e jogos) me disse que a política em minha casa era bem parecida com a do colégio. Que incrível confirmação isso foi para mim! Minhas crianças não se tornaram carentes porque eu não pude sentar e brincar com eles de acordo com o senso tradicional. Ao invés disso, eles recebiam uma boa experiência educacional simplesmente porque eu os integrava no dia-a-dia da casa.

Nunca era cedo demais para dar a uma de minhas crianças o trabalho de pegar os brinquedos que seu irmão mais novo havia deixado cair da cadeirinha em que estava. O segredo estava em delegar a cada um uma função de acordo com seus talentos, mas nunca obrigá-los a fazer algo que não gostassem como se estivessem no exército. Eles cortaram lenha, ajudaram a consertar o carro, apararam o jardim e tomaram conta dos animais. Se adolescentes são ainda tratados como crianças ou são muito favorecidos, eles deixam de buscar um objetivo e se tornam rebeldes. Quando os pais apreciam as contribuições de seus filhos, a confiança deles floresce e amadurece.
         
Empregadores amam minhas crianças porque elas sabem como trabalhar e não têm nada por garantido. Muitos têm dito,“Vou dar emprego a qualquer um que tenha Juneau por sobrenome.”

Famílias numerosas fortalecem a base da nossa sociedade. Elas vivem vidas de grande interconectividade. Se você não tem muito dinheiro,  não está sozinho. Você aprende  a compartilhar suas habilidades e coisas com os outros. Quando minhas crianças vão para alguma graduação ou universidade, se adaptam muito bem a dormitórios e casas coletivos. Imagine então, eles já sabem dividir um banheiro para várias pessoas! Eles sabem como lidar com personalidades difíceis, como dar e como receber. Para iniciantes, eles também sabem cozinhar e depois limpar o que sujaram.

Francamente, grandes famílias beneficiam a sociedade. Então abra sua mente e o seu coração na próxima vez que vir ou ouvir algo do tipo. A condenação é realmente difícil de lidar e totalmente injusta em uma sociedade que ama dizer ter a cabeça aberta e ser tolerante. 





Originalmente postado no blog Mother of Nine9 Traduzido e adapatado por Maurício Júnior. 


sábado, 11 de abril de 2015

Evento de formação de casais - Tomada de Decisão


Os nossos amigos do Casais de Sucesso estão promovendo um evento para namorados, noivos e recém casados com tema: Tomada de Decisão.


Interessados entrar em contato pelo e-mail: casaisdesucesso@gmail.com


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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Quebrando as "duas" barreiras na alemanha


Um dos últimos lugares que você pode imaginar ter famílias grandes é a Alemanha. As mulheres alemãs tem, em média, 1,4 filhos cada uma, e uma a cada cinco mulheres permaneceram sem filhos. A chanceler Angela Merkel é uma dessas. Em contraste, uma de suas ministras chefes, Ursula von der Leyen, tem sete filhos.

Provavelmente, não há muitas famílias desse tamanho no país, mas há um número substancial com três ou mais – cerca de 1,4 milhões, algo em torno de 12% de todas as famílias com crianças, de acordo com um infográfico no website da Associação Alemã de Famílias Grandes1. Importante lembrar que ter três crianças qualifica uma família como sendo grande (na Alemanha).

Com a população diminuindo nos últimos anos – apesar da imigração, que, de alguma maneira, tem deixado os alemães nativos incomodados – você acharia que a nação estaria grata àqueles casais que desaceleram esse processo tendo três ou mais crianças. Mas é isto que ocorre?

Não. Não se julgarmos pelo espaço que eles tem na mídia jornalística, e pelo tipo de tratamento que eles recebem quando são mencionados. Estereótipos e clichês são a ordem da vez, de acordo com um recente estudo realizado por um grupo de pesquisadores de Colônia2. Após uma exaustiva análise de 1100 artigos científicos que mencionam famílias publicados pelos jornais alemãs em 2011 e 2012, eles chamaram seu relatório: “O Menor dos Interesses dos Políticos”3.

A pesquisa, conduzida pelo professor de jornalismo Marlis Prinzing (Macromedia Hochschule fuer Medien und Kommunikation3), foi comissionada pelo KFRD e financiada pelo Ministério Federal para Assuntos Familiares, de Idosos, Mulheres e Crianças, que começou a oferecer as famílias, há alguns anos atrás, subsídios para encorajar uma maior taxa de natalidade.

A mídia alemã, porém, ainda não se atentou para isso. Se mencionam famílias grandes é apenas para apontar os problemas que algumas delas tem: dificuldades financeiras, conflitos familiares e os acidentes domésticos, por exemplo. Clichês sugerindo que “famílias com muitas crianças são anormais” ou “somente famílias de imigrantes tem muitas crianças” são os mais comuns.

Em famílias numerosas, a mulher tende a ficar em casa enquanto o homem vai trabalhar. Em 41 porcento dos artigos examinados esse modelo tradicional foi apresentado sob uma perspectiva negativa – como que assumindo que a mãe tem apenas um casal de crianças pra tomar conta. As necessidades de uma família grande, em termos domésticos, foram simplesmente ignoradas.

Novamente, enquanto grande parte das notícias relacionadas a famílias geralmente são relacionadas a política, aquelas que tratam de famílias grandes são sempre relacionadas a casos específicos e problemáticos.

No geral, o assunto família e o número de filhos é tratado de maneira muito pobre, dando espaço apenas para opiniões baseadas no senso comum e em estereótipos, que por sua vez são normalmente apoiadas pelos chamados “experts”. Jornais, em particular, raramente dão voz aos protagonistas reais.

O mais comum, porém, é que os jornalistas alemães simplesmente ignorem. Em pouco menos de 60 porcento dos artigos examinados, a existência de muitos filhos não foi comentada nem de forma positiva nem negativa. Foi tratada como assunto sem nenhum interesse público, a não ser que (as crianças) estivessem em perigo.

Além disso, qualquer artigo sobre famílias grandes que tenha aparecido é predominantemente escrito por mulheres, mesmo havendo uma igualdade de gênero no meio jornalístico. Mais além ainda, quando o assunto concerne política pública para famílias, autores estão bem distribuídos entre homens e mulheres.

Jornais regionais, a pesquisa revela, são muito mais pretensos a escrever sobre famílias grandes.

É evidente que valores da classe média branca predominem na mídia nacional germânica – como em todo lugar no mundo desenvolvido – e que famílias grandes sejam associadas com a classe imigrante cujos valores são, de alguma forma, estranhos e que não devem ser encorajados.

No entanto, jornalistas devem acordar para a necessidade nacional de famílias largas, indo buscar famílias que quebrem as barreiras de classe e os estereótipos populares para descobrir o que as faz motivadas. Com uma mãe de sete crianças no topo de um posto governamental (e Ursula van der Leyen nunca teve um “trabalho real” antes disso – ela era, apenas, uma médica) eles tem um motivo bem respeitável para fazer isso.

1 - KFRD, em alemão.
2 - Cidade alemã.
3 - The Last of the Politicians’ Interests, no original.

Artigo traduzido do site MercatorNet. Autor Marcus and Shannon Roberts no Blog Demography is DestinyTraduzido por: Francisco Seixas Júnior. Se você quiser ajudar a traduzir algum artigo entre em contato. Ficaremos felizes de receber sua ajuda!


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quarta-feira, 1 de abril de 2015

As novelas e a diminuição da natalidade no Brasil




Basta uma personagem na novela da Globo usar esmalte azul para encontrarmos na semana seguinte milhares de mulheres de todas as classes sociais usando esmalte azul. Esse mimetismo já é bem conhecido, mas podemos pensar além dos produtos: que comportamentos são introduzidos na sociedade a partir de uma novela? Que peso tem um autor, diretor e ator de novela para mudar o mundo?
Um artigo acadêmico publicado em 2008 por Eliana La Ferrara, Alberto Chong e Suzanne Duryea com o título Soap Operas and Fertility: Evidence from Brazil, estudou a fundo a relação entre novelas e a diminuição no número de filhos na família brasileira.

O estudo analisou somente as novelas da Rede Globo e cobriu o período de 1970 a 1991. Descobriu que as mulheres que viviam nas áreas com sinal da Globo tiveram uma queda muito forte na fertilidade. O impacto é mais forte nas pessoas de condição social mais modesta e nas mulheres acima de 30 anos. Demonstra também que foram as novelas e não os programas de televisão que influenciaram a mudança no comportamento da família.
Pesquisando a estrutura das novelas, o estudo descobriu que as famílias que aparecem nas tramas tinham muito menos filhos do que a família real brasileira.


Enquanto o país tem um nível de ensino muito rudimentar (basta pensar que 34% dos universitários brasileiros não possuem um grau pleno de alfabetização funcional), 90% dos lares tem uma televisão. Enquanto o ano letivo tem 200 dias (na teoria), as novelas ocupam mais de 300 dias.
A taxa de fertilidade por mulher no Brasil teve a queda mais acentuada no mundo, ultrapassando a da China (onde o governo introduziu a política do filho único, a esterilização e o aborto compulsório). Em 1960 havia 6,3 filhos por mulher no país; em 1970 havia 5,8; em 1991 apenas 2,9. Atualmente, em boa parte do nosso território, já estamos abaixo da taxa de reposição que é 2,1.
O perfil de 115 novelas da Globo indica que 72% dos principais personagens femininas, com idade inferior a 50 anos, não tinham nenhum filho. Sendo que as outras 21% tinham apenas 1 filho. Se consideramos apenas as heroínas que estão casadas nas novelas da Globo temos que 41,2% não tem filhos; 33,3% tem apenas 1 filho e 20,1% tem 2 filhos. Isso distorce totalmente a realidade.
Para piorar, a heroína além de não ter filho é rica e feliz. Em 1994 um estudo com mulheres que assistem novelas pediu que elas descrevessem a típica família que aparece na tevê e a típica família brasileira. Essas mulheres responderam que a família na novela é pequena, rica e feliz; a família real é maior, tem mais filhos e tem cara mais triste.
 A influência, logicamente, não se atém ao número de filhos. Vai para o casamento, divórcio e traição. O estudo contabilizou que apenas 27% das heroínas das novelas com 50 anos ou menos são casadas e 12% são divorciadas ou separadas (deve-se ter em conta que isso cobre um período anterior a lei do divórcio e ao crescente número de separações e coabitações). Das casadas, 42,3% traem seus maridos na novela.

Contar uma história é sempre a melhor forma de transmitir algo para as pessoas. Isso pode ser usado para o bem, ou como neste caso, para o mal. 

Artigo do blog: O Correio Chegou.


segunda-feira, 16 de março de 2015

O Que Você Precisa Saber Para Manter A Decoração Da Casa A Salvo Da Bagunça



Um dos maiores desafios da decoração em família é manter a casa em ordem e os artworks a salvo da bagunça. Se você tem filhos – ou irmãos mais novos – sabe exatamente do que estou falando. Algumas dicas simples que funcionaram para mim vão te ajudar a manter tudo arrumadinho e sua decoração harmoniosa. Veja só:

Imagem por D Sharon Pruitt


Seja Exemplo
Crianças são muito mais sensíveis e tendem a responder melhor quando você mostra ao invés de simplesmente falar. Ser exemplar é sempre o primeiro passo. Você tem orgulho da sua casa? Mantém as coisas em ordem? Tem atitudes positivas diante de situações cotidianas com sua família? Se as respostas forem sim então já tem meio caminho andado.

Crianças geralmente começam a fazer as coisas a partir do que veem nos pais. Tudo que você fizer elas encaram como normal e esperado. Faça-as se orgulharem da casa.

Crie Decorações Cooperativas
A família tem que sentir-se parte da casa desde a hora de organizar até no momento de escolher os móveis para sala Quando as crianças percebem que o ambiente é importante para elas mesmas (por exemplo, seus próprios quartos) é mais comum mantê-lo organizado. Geralmente conversamos com nossos parceiros sobre o que vamos ou não mudar na casa mas é importante incluir os filhos no processo.

Não custa muito deixar as crianças reorganizarem os móveis do quarto ou pintarem um pedaço da mesa na hora da reforma. Deixa-las comprarem seus próprios lençóis, ou decorarem caixas para organizarem seus brinquedos também é um bom método.

Defina Objetivos Claros
Na hora de decorar é mais fácil ter em mente o que queremos mas na hora de manter a ordem é mais complicado. Deixe claro o que cada um tem que fazer. Por exemplo, as crianças tem que manter o quarto limpo e o marido o jardim. Crie checklists com cada passo, como: fazer a cama, colocar a roupa suja no cesto, guardar brinquedos na caixa ou livros na estante, varrer o chão, etc.

Defina Locais
Repita isso várias vezes: tudo tem um lugar e há um lugar para tudo. Essa regra ajuda muito a manter as coisas organizadas em casa. Dê caixas para as crianças e coloque prateleiras nos quartos – lembre-se de consultar todos sobre onde as coisas devem ficar.

Jogar coisas quebradas fora e doar as inúteis também ajuda a manter os locais organizados. O ideal é não ter mais coisas do que vocês realmente usam. Quando atingir o máximo de capacidade do espaço, seja clara: se algo novo vier, uma coisa antiga tem que ir embora.

Façam as Tarefas Juntos
Minha mãe dizia: quem quer faz, quem não quer manda. Simplesmente supervisionar o trabalho não é tão eficiente quanto trabalhar junto. Além de unir a família, isso mantém a primeira dica funcionando. Mantenha as expectativas e mostre à família o que deve ser feito. Criar um dia na semana para limpeza e organização também é eficaz.


Texto de autoria de Beatriz Gonzalez, jornalista e blogueira do Decorafino.com.br 


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