terça-feira, 7 de julho de 2015

Como me tornei um ateu climático




No campo religioso, algumas pessoas perdem a fé ao longo da vida. Normalmente na adolescência ou na universidade. Deixam de acreditar em Deus. E esse é o verbo que se usa: acreditar. Há os que acreditam em Deus e os que não acreditam. Mas, todos somos crentes, cremos nisto ou naquilo ou no nada. Não há “provas”.

Pois aqui está uma pessoa que ao longo da vida se tornou ateu climático. O que isso significa? Que não acredito – esse é o verbo – que o clima está piorando, os recursos hídricos estão diminuindo, que a poluição está aquecendo o planeta e tudo mais que sai nas manchetes diariamente.
Como cheguei a essa situação tão penosa? Quando era criança a escola, os livros, a imprensa, todo mundo me ensinava que a Amazônia era o pulmão do mundo. Diziam: “É a Ciência!”. Pois bem, subitamente, em um belo dia de sol, alguém exclamou: “Não é verdade! O pulmão do mundo está na superfície dos oceanos”. E eu respondi: “Aié? Então tá bão.”

Passados alguns anos, a escola, os livros, a imprensa começaram a dizer que passar desodorante no sovaco era um crime contra a camada de ozônio. Aboliram o CFC e todos ficamos de olho no tal do ozônio. Subitamente, um belo dia, alguém exclamou: “Não é verdade!”. E eu respondi: “Aié? Então tá bão.”

Só que cansei. Não quero daqui alguns anos dizer de novo: Aié? Então tá bão.”. E acho que isso vai acontecer porque elevamos ao status de Ciência (entendido como algo comprovado, líquido e certo) o que não passa de hipóteses e teorias. Sempre que ouço alguém dizer: “A Ciência diz que...” tenho vontade de perguntar: “Qual o telefone dela para eu fazer umas perguntas?”.
Também tenho lido coisas que reforçam a minha decisão de me tornar um ateu climático.

a) A política de crédito de carbono serviu para plantar algumas árvores na África, deslocar tribos e provocar desequilíbrios no ecossistema.

b) Alguns eventos ditos “sustentáveis”, quando computados o gasto total, são mais consumidores de energia do que eventos “não sustentáveis”.

c) A lógica de toda ONG e de todo ativista é dizer que a situação é perigosa. A salvação é dar dinheiro a eles e acreditar nas suas instruções. Só que nunca vi ninguém dizer que a situação melhorou. Creio que se fizerem isso, os donativos irão diminuir. Se a situação for resolvida, não terão mais o que fazer. Isso lembra o famoso caçador de nazistas Simon Wisenthal: quando descobriram que Mengele, o médico de Auschwitz tinha se afogado no Brasil, ele se recusou a acreditar. Era o fim do seu trabalho.

d) A Groenlândia vem de Green Land, a terra verde. No século XIV entrou uma onda fria e até hoje é um lugar inóspito. Não havia poluição no século XIV.

e) Há alguns anos a cidade de São Paulo sofreu com chuvas torrenciais diárias por mais de um mês. Alguém disse que era o clima mudando por causa da poluição. Só que resgataram uma carta de São José de Anchieta, fundador da cidade, contando que por mais de 40 dias o povoado sofreu com chuvas torrenciais diárias, com ventos que chegavam a arrancar árvores. Não havia poluição naquela época. Quando falam “este é o pior verão que já vi”, penso que a nossa memória é que é fraca.

f) Dizem que daqui trinta anos o planeta estará x graus mais quente. Contrasto com o fato de que as equipes de Fórmula 1 pagam caro para descobrir se vai chover na corrida. Estão em jogo milhões. E o sistema de previsão erra com muita freqüência. Diz que vai chover daqui 20 minutos e não chove. O que diremos da previsão para anos a frente?

g) Os dados coletados no mundo para elaborar os estudos não somente são recentes, como são bastante deficientes: no Brasil falta equipamento, os modelos de software são elaborados para as condições do hemisfério norte e não para o sul , etc. Imagina na Zâmbia...

h) Todo movimento ambientalista–climático se apóia em Malthus. Há 200 anos que esse modelo não funciona. Insistem nele porque ele funciona para o bolso de pesquisadores, autores de livros, ONGs, etc.






Pode ser que eu esteja errado. Não há problema. Se um ateu religioso estiver errado, a sua situação será desconfortável. A minha não. Quando ficar claro que errei, retificarei com gosto. Entretanto, vivo feliz e despreocupado com o futuro. Nós ateus climáticos, apostamos que tudo correrá bem. Como sempre aconteceu.

Artigo do blog: O Correio Chegou.


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Um comentário:

  1. Estamos gostando de ver as postagens, Marcos! Vá em frente, tem ajudado bastante. A paz de Cristo a vcs.

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