quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Festa de Todos os Santos organizada pelas famílias!



Há alguns anos atrás, pesquisando na internet, me deparei com alguns blogs americanos que mostravam uma forma de celebrar a festa de todos os santos com as crianças como eu nunca havia visto: organizar uma festa em que cada criança se caracterizasse como um santinho e participasse de brincadeiras temáticas.

Basicamente, muitas das brincadeiras se assemelham às que temos em festas juninas, mas com algumas adaptações baseadas na vida dos santos. Há a pescaria de São Pedro, o jogo de acertar presentes no saco de São Nicolau, etc.

Para nós brasileiros, que não estamos acostumados, pode soar um pouco estranho, mas é uma excelente forma de fomentar a vida de piedade infantil. Desde a escolha da fantasia os pais podem aproveitar ocasiões maravilhosas de conversar com os filhos sobre quem é aquele santo, o que é ser santo e o fato de todos somos chamados à santidade.

Todo esse panorama de possibilidades se abriu diante de mim como um sonho, mas parecia algo muito distante da minha realidade. Eu ainda não tinha filhos e parecia muito difícil levar para frente uma iniciativa dessa proporção.

Ano passado, porém, tive a oportunidade de colocar em prática esses bons desejos no Colégio Monte Alto em que dou aulas de religião para a educação infantil. A equipe acolheu minha sugestão de braços abertos e a festa foi um sucesso. Inclusive, coloquei alguns registros desse dia tão especial aqui no blog. Cada turma organizou uma brincadeira e todas as crianças brincaram com suas fantasias. Tivemos até um desfile!

Foi então que surgiu a ideia de levar essa experiência para outras famílias. Entrei em contato com algumas amigas e elas adoraram a ideia. Começamos a organizar o evento, convidamos outros casais e distribuímos as tarefas. Cada família contribuiu com o que pôde, seja organizando brincadeiras, cuidando da decoração ou levando comes e bebes.










Por falar em comes e bebes, tivemos inclusive alguns pratos temáticos, como um teclado de Santa Cecília feito de biscoitos e chocolate, macarrão gravatinha de São Domingos Sávio e doces decorados com motivos praianos em honra ao servo de Deus Guido Schaffer.





As brincadeiras que organizamos foram:

- Oficina musical de Santa Cecília (em que as crianças tiveram a oportunidade de brincar com instrumentos);








- Oficina culinária de Santa Marta (em que eles decoraram cupcakes);





- Oficina de rosas de Santa Teresinha (em que os pequenos confeccionaram rosas de papel com glitter);






- Túnel de Santa Bárbara (em que eles deviam entrar no túnel e encontrar balas, em homenagem à padroeira dos operários que trabalham em túneis);



- Pescaria de São Pedro;





- Potes de Todos os Santos em que os papais tinham de adivinhar a quantidade de objetos nos potes e, quem acertasse, levava o pote para casa (no pote de São Francisco havia animaizinhos de plástico, no de Santa Joana D'Arc soldadinhos, no de São Lourenço brinquedos de cozinha, e no de São Cosme e Damião doces).





- Desfile de Todos os Santos (antes das brincadeiras, claro, enquanto todas as fantasias ainda estavam no lugar hahaha);


São Jorge


Santa Joana D'Arc, Santa Cecília, São Domingos Sávio e o Servo de Deus Guido Schaffer


São Francisco de Assis


Santa Elizabeth da Hungria

Santa Joana D'Arc


Nossa Senhora da Piedade


São Marcos


Servo de Deus Guido Schaffer



Sou muito grata a todos que nos ajudaram.
Em primeiro lugar aos pais, que assumiram a festa como própria e não mediram esforços para levá-la a cabo, mas também de modo especial à Lú Vieira, que registrou esses momentos de forma tão carinhosa em suas fotografias, e à Laly Blue que confeccionou algumas das fantasias e colocou muito amor em cada detalhe.

Ver tudo isso colocado em prática por iniciativa das famílias foi como um sonho tornado realidade. Todos estavam muito envolvidos com o projeto e as crianças se divertiram muito! Estou certa de que, diante de tantos ataques à família, a melhor resposta que podemos dar é nossa audácia em ser protagonistas da educação dos nossos filhos!

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Relato de Parto do Bernardo - Parte III (Final)



Para ler a parte II clique aqui.
Para brigar comigo por eu ter demorado tanto a publicar a parte final do relato clique aqui.

Fui com meu marido para o outro andar, onde ficavam as salas de parto e o centro cirúrgico. Conversei com o plantonista, o dr A. (o mesmo que tinha me recebido na noite anterior para a avaliação inicial). Foi com ele que uma das minhas enfermeiras obstetras conversou para passar o meu caso. Ele foi muito gentil e concordou em aguardar mais tempo para que eu tivesse a oportunidade de entrar em trabalho de parto.

Seria necessário, entretanto, iniciar o antibiótico quando eu completasse 18h de bolsa rota. Combinamos que na troca de plantão, que seria em torno das 6 da tarde, conversaríamos novamente para decidir o próximo passo. Eu ainda tinha tempo suficiente para não precisar da indução e resolvi me agarrar a essa esperança.

A partir de então fiquei caminhando pelo hospital e fiquei esperando. Esperando...esperando... e nada. Ainda estava na fase de pródromos (a que me referi na parte II deste relato). Me vi em uma das situações que mais quis evitar ao longo de todo o planejamento do nascimento do Bernardo: Estar "presa" dentro de um hospital pressionada pelo relógio para entrar em trabalho de parto. Sempre quis poder esperar esse momento em casa, com tranquilidade. A ansiedade só atrasa as coisas!

Em um dado momento comecei a me questionar... Não sabia se estava fazendo a coisa certa. Afinal, se eu não entrasse em trabalho de parto logo, eu teria que induzir e encontrar um monstro, digo, a ocitocina sintética. Ou, o que para mim ainda era pior, "entrar na faca", que é como algumas pessoas se referem à cesariana. Que fique claro: Não tenho nada contra a cesariana. É uma cirurgia maravilhosa e que já salvou muitas vidas! O problema é que ela vem sendo utilizada sem razões proporcionais. Uma intervenção cirúrgica desnecessária é algo bastante problemático.

Nesse tempo de espera fiquei ansiosa, e até mesmo angustiada. eu diria. Me vi em uma das situações que mais desejei evitar durante a gestação: Estar dentro de um hospital lutando contra o relógio enquanto esperava o começo do trabalho de parto. Continuamos na expectativa, mas nos perguntávamos se ter ido para o hospital antes do trabalho de parto começar teria sido mesmo a melhor opção. Sabíamos que a ansiedade gerada por essa situação não favorecia o início do trabalho de parto. Eu preferiria ter ficado em casa relaxando ao invés de estar limitada a caminhar na varanda de um hospital vestida com uma camisola de paciente.

Meu marido esteve sempre ao meu lado e, apesar dessa situação de indecisão por que passamos, decidimos seguir as recomendações das pessoas a quem confiamos o parto do nosso filho. Como diz o ditado, "Quem obedece não erra" e, tanto a minha obstetra quanto as enfermeiras obstetras nos indicaram claramente que lá era o lugar em que devíamos estar. Mesmo contrariados, mesmo nos sentindo mal com aquela situação, ponderamos juntos, choramos juntos e ficamos firmes juntos. Claro, com a graça de Deus que nunca nos faltou.

Resolvi, então, continuar caminhando para estimular as contrações e ia anotando a frequência delas no celular. Continuavam sem um ritmo bom. Eu ainda estava nos pródromos... Recebi uma visita dos meus pais e da minha doula, que fez uma massagem nos meus pés para estimular. Infelizmente não adiantou. Não me lembro bem como passamos o restante do dia, mas o tempo passa de uma forma muito esquisita quando estamos numa situação como essas.

Foi anoitecendo e nada de nos chamarem para conversar com o médico. Já passava da hora do plantão e nada. Cerca de 21h, se não me falha a memória, conversamos com o médico e ele nos indicou a indução. Ele compreendia que queríamos muito um parto da forma mais natural possível, mas também nos lembrou que as vezes a natureza mata. Aceitamos o parecer dele e ficamos aguardando uma vaga nas salas de parto, que estavam todas ocupadas.

Fui dormir, mas lembro que antes disso aferiram minha pressão e estava 14 por 9. Estranho é que esse resultado da aferição de pressão simplesmente sumiu e não foi colocado no meu prontuário (!), mas eu me lembro bem. Por volta de umas 23h fomos chamados para subir para o andar das salas de parto. Esperei minha doula chegar lá e, enquanto isso, continuamos aguardando a liberação da sala. Acho que só consegui entrar mesmo lá para meia noite.

A médica plantonista fez um toque, me avaliou e considerou que, como o colo do útero estava favorável, não seria necessário induzir com misoprostol (comprimido), mas poderíamos partir direto para a ocitocina sintética. Ela me deixou na sala com meu marido e doula. Comecei a fazer alguns exercícios na bola de pilates (aliás não tinha bola no meu quarto! Minha doula viu uma que não estava sendo usada em outra sala e trouxe). Em um dado momento me senti cansada e resolvi deitar na maca. Foi então que senti algo como um "ploft!" e mais líquido amniótico escapou (bastaaante!). Era o restante que ainda não tinha saído quando a bolsa rompeu na sexta a noite.

Nesse líquido foi identificada a presença de mecônio (o que é de se esperar em uma gestação de 41 semanas). Por conta disso, a médica achou por bem fazer uma cardiotocografia antes de iniciar a indução. Isso era por volta de umas 2 ou 3 da manhã. Na verdade, não sei bem porque não iniciaram a indução antes, porque ficamos um bom tempo esperando. Há males que vem para bem.

Fiquei uns 40 minutos nessa cardiotoco e a médica observou que o bebê estava bradicardizando, dipando, ou algo do tipo. Não entendo muito dos termos técnicos, mas o fato é que fiquei bastante aflita. Quando vinha a contração era como se o coração do bebê espaçasse muito as batidas. Se o normal era tum-tum tum-tum tum-tum, o do meu filho estava tum--------tum.....tum--------tum..... e depois regularizava quando passava a contração. Como ele recuperava bem o ritmo cardíaco, a obstetra decidiu que era possível iniciar a indução.

Esses momentos na sala de parto foram os de mais dor e mais glória. Tudo aquilo que eu tinha sonhado para o momento do trabalho de parto foi sendo colocado em prática. Eu estava com as luzes apagadas, velinhas acesas e escutando canto gregoriano. Para estragar a "vibe", incomodou o fato de que no meu chuveiro não tinha água quente. Além disso, quase toda vez que eu queria ir ao banheiro (o que aliás era muito frequente) o aparelho que bombeava o hormônio parava de funcionar. Acho que era mal contato. O fato é que tínhamos de chamar a enfermeira a toda hora para consertar até o ponto em que o próprio Marcos aprendeu o mecanismo...

Algum tempo depois da cardiotoco, 1 hora talvez, surge um médico: Dr. Y. Ele vinha auscultar o coração do bebê (algo que, diga-se de passagem, não tinha muito porquê, afinal a prática do hospital era auscultar de 2 em 2 horas se não me falha a memória, e eu tinha feito uma cardiotoco há bem pouco tempo). Após a ausculta, que estava boa, Dr. Y observou o mecônio no lençol branco sobre a bola de pilates (o que também não era surpresa alguma para a equipe plantonista, afinal eu tinha feito a cardiotoco justamente por isso) e disse que precisaria fazer um toque.

Nesse momento ele fez uma cara assustada e, se não me engano, disse algo como "meu Deus!". Tentou encontrar as palavras certas para me informar rapidamente que, embora eu desejasse muito um parto natural, estava com uma clara indicação de cesárea de urgência: um prolapso de cordão. Meu marido não sabia bem do que se tratava naquele primeiro momento, mas eu sim. Tinha estudado bastante sobre as indicações de cesárea e, por isso mesmo, comecei a chorar. O médico me tranquilizou e disse que, pela ausculta, o bebê estava bem. Ia dar tudo certo.

O hormônio da indução foi retirado e fui transportada para a o centro cirúrgico. Soube depois que tudo foi organizado muito rapidamente para a cirurgia, com direito à equipe se comunicando através de rádios para deixar tudo pronto. Tudo aconteceu como num piscar de olhos... Recebi a anestesia e nem tive tempo de ter medo dela! Em menos de 15 minutos, a partir do momento em que o prolapso fora diagnosticado - o Bernardo nasceu.

Com APGAR 9/9 a vitalidade dele estava ótima.  Uma das coisas mais curiosas de tudo isso foi que, algum tempo antes, tinha ouvido falar mal do dr. Y, como se ele fosse um médico que - ao contrário da conduta geral do hospital - enxergava motivos de cesariana onde não havia. Quando soube que ele ia assumir o plantão fiquei preocupada, mas foi justamente ELE que diagnosticou o prolapso do Bernardo a tempo. Incrível, não?

Meu filho não veio direto para o meu colo como eu gostaria, mas entendo que pela urgência da cesárea talvez a equipe tenha julgado mais prudente avaliá-lo bem primeiro. Ouvi certos rumores na sala de cirurgia sobre colírio, mas naquele momento eu já não queria discutir nada...

No pós-operatório a enfermeira colocou o Bernardo ao meu lado, deitado na maca, e indicou que eu deveria amamentá-lo. Acho que naquelas circunstâncias ela não teria mesmo muito tempo para me orientar nesse sentido, mas o fato é que amamentar pela primeira vez pode ser difícil - ainda mais sem ajuda, deitada e com os movimentos limitados pelos efeitos da anestesia.

Como não consegui, a enfermeira disse que ia dar para o Bernardo uma fórmula (!). Eu pedi que me desse a oportunidade de tentar de novo, e ela assim o fez. Não consegui. Como ele nasceu bem grandão e gordinho (57,7 cm e 4,5 kg!), ficou com a glicose baixa por não ter se alimentado logo e teve que ser direcionado para a Unidade Intensiva. 

Isso foi bem chato, mas pelo menos lá na UI as enfermeiras tiveram toda a delicadeza de me ajudar a desbravar esse mundo da amamentação. Ao contrário da enfermeira anterior, que de certa forma chegou a sugerir que a culpa da glicose baixa era minha, por não ter querido dar logo a fórmula...

Bernardo nasceu num domingo de Ramos (benedictus qui venit!) e foi para o meu quarto na terça feira, se não estou enganada. Recebi a orientação de amamentá-lo exclusivamente, mas caso julgasse necessário poderia pedir a fórmula. Lembro que houve uma noite, talvez de terça pra quarta, em que ele não parava de chorar e não queria pregar os olhos. Achei que meu leite não estava sendo suficiente e pedi a fórmula, mas era só fralda suja haha (como não pensei nisso!).

Em contrapartida, em outra noite ele dormiu muito bem, tão bem que não amamentei de madrugada e, com isso, mediram sua glicose de manhã estando ele em jejum e, como evidentemente estava baixa, tivemos de ficar mais um dia no hospital.

Enfim, quinta fomos para casa e esse foi o fim - ou o início - da nossa bonita aventura!



[Desculpem a demora em terminar esse relato. Espero que o da Laura saia com mais antecedência... Sim, estou grávida! Estamos com 25 semanas e rumo a um VBAC, se assim Deus quiser].









quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ideias para a festa da Assunção!

[Atualizado em 24/8/2017]

Neste domingo, 20/8, comemoramos a festa da Assunção e, como alguns sabem, sou professora de religião e trabalho com a educação infantil. Neste anos produzi um cartaz em cada sala representando o céu cheio de nuvens ao redor da Virgem. Variei a técnica de confecção das nuvens de acordo com as diferentes idades. Confira!

Com meus alunos do Pré II (5 anos de idade em média) pedi que desenhassem, recortassem e colassem as nuvens na cartolina:






Já com a turma de Maternal II (3 anos de idade em média), as nuvens foram feitas a partir de batidinhas de pincel com tinta branca.



Os do Pré 1 (4 anos em média) pintaram livremente suas nuvens na cartolina.






Enquanto os do Berçário II (1 a 2 anos) amassaram e colaram algodões.




Faça em casa você também !

Imprima aqui a Assunção de Murillo:
https://content3.cdnprado.net/imagenes/Documentos/imgsem/10/10a7/10a7a263-cec9-4bbc-8385-6c8c1893b4dd/56c07796-2045-411b-81ce-43d07a9d0f1f.jpg




-----

No domingo da Assunção, em casa, tentei me aventurar e fazer uma versão brasileira dos Assumption Parfaits do blog Catholic Cuisine. Usei Chantilly em spray e gelatina azul sabor tutti-frutti!





Até a próxima!