sexta-feira, 8 de abril de 2016

Interessar-se pelos outros




Eis a ideia para vocês refletirem: “uma manifestação do amor: interessar-se pelos outros”.

Penso que todos nós estamos interessados em que haja no mundo a civilização do amor, não é verdade? E também não é verdade que uma manifestação do amor é o interesse pelos outros?

Amar é preocupar-se com os outros, saber como estão, ajudá-los em suas necessidades, interessar-se pelas pessoas. Vocês sabem qual é a origem da palavra interesse? A palavra interesse vem do latim e é formada pela conjunção “inter”, que significa “dentro”, e pelo verbo “esse”, que significa “ser”. Assim, interesse significa “entrar no ser”. Amar é, portanto, preocupar-se com as pessoas e entrar no seu ser, tomando suas alegrias como nossas alegrias e suas preocupações como nossas preocupações.

Muitas vezes nos queixamos de que falta amor neste mundo. E é verdade! Um dos sinais de que falta amor é justamente a ausência de interesse de uns pelos outros. Não é verdade que vivemos num mundo cada vez mais egoísta, cada vez mais individualista, onde as relações apenas, por assim dizer, “tangenciam o ser” em vez de “entrar no ser”?

O que vemos com muita frequência?

- pessoas que se cruzam sem se cumprimentar; por exemplo, não se cumprimentam o zelador, a telefonista, o ascensorista, o gari, os vizinhos do mesmo prédio etc;
- colegas de trabalho, de sala de aula que conversam apenas assuntos superficiais; não se sabe o nome da mãe, do pai de um colega de trabalho; não se sabe o que se passa no seu interior, seus problemas, suas preocupações;
- irmãos que chegam da rua e não cumprimentam os outros irmãos;
- amigos almoçando juntos e cada um mexendo no seu celular etc.

A consequência disso é que o amor se torna rarefeito. As pessoas podem ter maravilhosos sentimentos e desejos de amor, mas se esse amor não conduz ao interesse pelo próximo ele é apenas teórico.

Jesus Cristo já nos disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (João 13, 34). E Jesus tinha um profundo interesse por todos os seus filhos. Não havia ninguém que ao passar ao seu lado experimentava o sabor da indiferença.

Queremos instaurar a civilização do amor? Então, deixemos um pouco de lado as nossas preocupações, quem sabe até o nosso egoísmo, saiamos da nossa “bolha” e dirijamos mais o olhar:

- em primeiro lugar, por todas as pessoas da minha família: pais e irmãos, marido, esposa e filhos;
- em segundo lugar, por aqueles que estudam e trabalham conosco; por aqueles com quem convivemos habitualmente;
- e o mais importante, as alegrias e preocupações dessas pessoas sejam nossas; que nos preocupemos com elas como nos preocupamos conosco mesmo.

Muitas pessoas querem fazer o bem aos outros e me perguntam como poderiam começar. A primeira coisa que digo é isto: você pode fazer o bem todos os dias interessando-se, de verdade, pelas pessoas que vivem ao seu lado. Pergunte se estão bem, se precisam de algo, esteja atento às suas necessidades, se estão com dor de cabeça e precisam de um remédio, se estão cansadas e precisam de uma ajuda, ou de um sorriso se estão desanimadas. Se cada um de nós se interessar, de verdade, pelos outros, este mundo mudará. Haverá muito mais amor, mais solidariedade, mais união, mais alegria.

Como dizia São Paulo, “Levai uns as cargas dos outros, assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6, 2). Vivamos assim e nossa vida se encherá de uma profunda alegria. Vale a pena!!!


Artigo do blog: Portal da Família

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