quarta-feira, 23 de março de 2016

O prejuízo da Ideologia de Gênero em crianças

Conteúdo de: American College of Pediatricians




A Associação Americana de Pediatras (American College of Pediatricians) estimula os educadores e legisladores a rejeitar todo tipo de política que condicione crianças a aceitarem como "normal" uma vida de personificação química ou cirúrgica do sexo oposto. Fatos - não ideologias - determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é uma peculiaridade biológica binária e objetiva: "XY" e "XX" são indicadores genéticos da vida - não indicadores genéticos de uma desordem. A norma para o ser humano é ser concebido homem ou mulher. A sexualidade humana é binária com o claro objetivo da reprodução e do florescimento da espécie. Este princípio é auto-evidente. As extremamente raras desordens do desenvolvimento sexual (DDSs), incluindo mas não limitadas à feminização testicular e à hiperplasia adrenal congênita, são todas desvios identificados medicamente da norma sexual binária, e são corretamente reconhecidas como desordens no ser humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo. [1]

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência ou senso de ser homem ou mulher) é um conceito psicológico e sociológico; não um conceito biológico. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como homem ou mulher; esta consciência se desenvolve com o tempo e, assim como todos os processos de desenvolvimento, pode "descarrilhar" a partir de percepções subjetivas das crianças, relacionamentos e experiências adversas da infância. Pessoas que identificam algo como "sentir-se do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os sexos" não compreendem um terceiro sexo. Eles permanecem homem ou mulher biologicamente. [2][3][4]

3. A crença de uma pessoa ser algo que não é pode ser, na melhor das hipóteses, sinal de um pensamento confuso. Quando um menino biológico de outra forma saudável pensa ser menina, ou uma menina biológica de outra forma saudável pensa ser menino, existe um problema psicológico que mente à própria consciência em detrimento do corpo, e precisa ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero. Disforia de gênero (DG), formalmente listada como um transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do "Manual de diagnósticos e estatísticas da Associação Americana de Psiquiatria (Diagnostic and Statistical Manual of the American Psychiatric Association - [DSM-V][5])". As teorias de aprendizagem psicodinâmicas e sociais do DG/TIG nunca foram refutadas. [2][4][5]

4. Puberdade não é uma doença e hormônios de bloqueio puberal podem ser perigosos. Reversível ou não, hormônios de bloqueio puberal induzem um estado de desordem - a ausência de puberdade - e inibem o crescimento e a fertilidade de uma criança antes biologicamente saudável. [6]

5. De acordo com o DSM-V, em torno de 98% dos meninos com confusão de gênero e 88% das meninas com confusão de gênero eventualmente aceitam seus sexos biológicos após passarem naturalmente pela puberdade. [5]

6. Crianças que usam bloqueadores puberais para "se tornarem" do sexo oposto precisarão de hormônios de mudança de sexo ao final da adolescência. A injeção de tais hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados a elevados riscos de saúde incluindo mas não limitados por pressão alta, coagulação do sangue, AVCs e câncer. [7][8][9][10]

7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios e sofrem a cirurgia para mudança de sexo, até na Suécia que está entre os países que se afirmam "mais LGBT". [11] Que pessoa compassiva e racional condenaria jovens crianças a este fato sabendo que após a puberdade 98% dos meninos e 88% das meninas irão eventualmente aceitar a realidade e alcançar um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que um período de vida marcado pela mudança química e cirúrgica para o sexo oposto é normal e saudável é abuso infantil. Aprovar a discordância de gênero como algo normal via educação pública e políticas legais confundirá crianças e pais, levando mais crianças às "clínicas de gênero", onde serão submetidas às drogas de bloqueio puberal. Isso, por sua vez, praticamente garante que irão "escolher" viver um período tomando hormônios cancerígenos e de certa forma tóxicos para mudança de sexo, além de considerarem a não-necessária mutilação cirúrgica de partes saudáveis de seus corpos como jovens adultos.

Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras

Quentin Van Meter, M.D.
Vice-presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista pediátrico

Paul McHugh, M.D.
Professor Univeritário de Atendimento Especializado de Psiquiatria na Escola de Medicina John Hopkins e Primeiro Psiquiatra na direção do Hospital Johns Hopkins

Referências (em inglês):
1. Consortium on the Management of Disorders of Sex Development, “Clinical Guidelines for the Management of Disorders of Sex Development in Childhood.” Intersex Society of North America, March 25, 2006. Accessed 3/20/16 from http://www.dsdguidelines.org/files/clinical.pdf.
2. Zucker, Kenneth J. and Bradley Susan J. “Gender Identity and Psychosexual Disorders.”FOCUS: The Journal of Lifelong Learning in Psychiatry. Vol. III, No. 4, Fall 2005 (598-617).
3. Whitehead, Neil W. “Is Transsexuality biologically determined?” Triple Helix (UK), Autumn 2000, p6-8. accessed 3/20/16 from http://www.mygenes.co.nz/transsexuality.htm; see also Whitehead, Neil W. “Twin Studies of Transsexuals [Reveals Discordance]” accessed 3/20/16 from http://www.mygenes.co.nz/transs_stats.htm.
4. Jeffreys, Sheila. Gender Hurts: A Feminist Analysis of the Politics of Transgenderism. Routledge, New York, 2014 (pp.1-35).
5. American Psychiatric Association: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition, Arlington, VA, American Psychiatric Association, 2013 (451-459). See page 455 re: rates of persistence of gender dysphoria.
6. Hembree, WC, et al. Endocrine treatment of transsexual persons: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2009;94:3132-3154.
7. Olson-Kennedy, J and Forcier, M. “Overview of the management of gender nonconformity in children and adolescents.” UpToDate November 4, 2015. Accessed 3.20.16 from www.uptodate.com.
8. Moore, E., Wisniewski, & Dobs, A. “Endocrine treatment of transsexual people: A review of treatment regimens, outcomes, and adverse effects.” The Journal of Endocrinology & Metabolism, 2003; 88(9), pp3467-3473.
9. FDA Drug Safety Communication issued for Testosterone products accessed 3.20.16: http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/PostmarketDrugSafetyInformationforPatientsandProviders/ucm161874.htm.
10. World Health Organization Classification of Estrogen as a Class I Carcinogen: http://www.who.int/reproductivehealth/topics/ageing/cocs_hrt_statement.pdf.
11. Dhejne, C, et.al. “Long-Term Follow-Up of Transsexual Persons Undergoing Sex Reassignment Surgery: Cohort Study in Sweden.” PLoS ONE, 2011; 6(2). Affiliation: Department of Clinical Neuroscience, Division of Psychiatry, Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden. Accessed 3.20.16 from http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0016885.

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Traduzido e adaptado por Maurício Borges.

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