sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O fascinante hábito da leitura



Escolha qualquer assunto. Procure um blog americano e outro brasileiro e veja a diferença. Chega a dar vergonha.

O blog brasileiro está recheado de fotos e tem 2 ou 3 linhas de texto. O blog americano tem páginas e páginas de texto com informações úteis, análises, etc. E não são profissionais: são donas de casa falando sobre família, engenheiros falando sobre seu hobby de aquário, estudantes falando sobre cinema...

Vá no site da Amazon ou no Imdb. Repare nos comentários (reviews) que são feitos para cada livro, filme ou produto. Compare com os feitos no Brasil.

Somos o país do Instagram, do Facebook (não por acaso possui um editor de texto muito limitado) e dos memes. Ok. Depois não reclamemos da ausência de prêmio Nobel, do subdesenvolvimento, da baixa produtividade do trabalhador brasileiro e de outras mazelas.

Desculpe. Não é hora de resolver os problemas nacionais. Apenas de tentar ajudar a ganhar o hábito de ler e, somente com este, o hábito de escrever. Estes dois hábitos, além de proporcionarem muita satisfação, descortinam muitas coisas boas.

i)         Visão de mundo com novas cores

ii)      Conseguir falar sem usar muletas e gambiarras alfabéticas do tipo: “Então, ó só... Tipo assim, tá. Esta paradinha de escrever é muito irada – tá ligado? – Gente! Esse treco é da hora, né! “.  Dez minutos ouvindo isso é de doer!

iii)    Com vocabulário e leitura se descortina o maravilhoso mundo do pensamento. Lembre-se: não é possível pensar com imagens.

iv)    Diminui o número de “roubadas” em que nos metemos na vida. Aprendemos com a experiência dos nossos antepassados

v)       Vantagem competitiva. Uma pessoa que sabe falar e colocar ideias no papel vale muito mais no mercado de trabalho do que muitos diplomas e certificados.

vi)    É um grande serviço que se presta aos demais. Conversando em um bar ou num texto de twitter pode-se dar uma palavra, uma orientação de grande ajuda para os demais. Caso contrário, apenas se repetem chavões ou se fica nas bobagens da vida diária.


Bem, nem tudo é um mar de rosas. Ler e escrever pode ser o começo da perdição.
i) Já vi alguns colegas estragarem a vida lendo livros. Nós pensamos que somos inteligentes e que ninguém nos tapeia ou faz a nossa cabeça. Ledo engano. Certos livros já fizeram muitas pessoas inteligentes irem para as drogas, se tornarem terroristas, perderem sua fé, destruírem o casamento e a família. Antes de ler, procure uma orientação.


ii) Pior que a vaidade física (ficar se olhando no espelho, obsessão com a aparência, roupas, etc.) é a vaidade intelectual. Leu um par de livros, fez um curso de filosofia e já pensa que é o tal. Daí é fácil cair no falar bonito, citar nomes de pensadores (como dizia Schopenhauer...),escrever difícil... Isso para não dizer do terrível defeito de falar de coisas eruditas desconexas da vida. Infelizmente muitos filósofos leem, estudam e escrevem sobre assuntos que estão totalmente separados das suas vidas e das dos ouvintes. Não falam sobre as grandes questões: vida, morte, amor. São apenas contorcionismos semânticos.


iii) Ao ler muito pode-se resvalar facilmente para a hipercrítica. Escreve-se para reclamar, falar mal dos outros, ofender, ser do contra. Tem-se mais apreço em vencer uma argumentação, em humilhar o adversário, do que trazer o outro para mais perto da verdade.


Artigo do blog: O Correio Chegou.

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