Em minha experiência como mãe de nove
filhos, encontrei mais condenações que aceitações e mais questões que
entendimento.
Talvez isso ocorra porque não me encaixo
no estereótipo de mãe de uma grande família. Sou pequenina, pareço mais nova do
que realmente sou e durante toda a minha vida as pessoas me apelidaram “fofa”.
Então, a primeira reação das pessoas
comigo é espanto; seguida de confusão ao me verem feliz.
Agora sou uma super feliz, fofa e
pequenina mãe de nove simples e assustadoras pessoas. Eu quebro todo o
preconceito.
A típica imagem de mãe de muitos filhos é
de uma mulher grande, experiente, robusta, desagradável que eficientemente
comanda suas jovens e elétricas crianças com pouco tempo para proteger ou amar
tais pobres e carentes filhos.
Pais de duas crianças não podem entender
como a mãe de uma grande família lida com todo o trabalho necessário para
manter limpa e arrumada a casa, enquanto ainda tem tempo o suficiente para amar
cada um de seus filhos. No entanto, é mais fácil viver rodeada de filhos que ter
apenas poucos. Em uma grande família, o filho de 7 anos lerá repetidamente o
mesmo livro para a filha pequena que ama um livro em particular. O filho de 10
anos se sente importante quando ele consegue ajudar seu irmão de 6 anos com
suas dificuldades de leitura. A jovem adolescente irá ficar feliz em conseguir
colocar um pequeno e dependente bebê para dormir.
Para mim, a família começou com três
porque somente então criou-se uma comunidade. Uma comunidade trabalha e brinca
junto e, para crianças pequenas, trabalhar é tão divertido quanto brincar.
Incluí todo mundo nas rotinas diárias de casa e fiz da rotina uma diversão.
Certa vez, a educadora experiente de um Colégio Montessori (ensino para
crianças através de atividades e jogos) me disse que a política em minha casa
era bem parecida com a do colégio. Que incrível confirmação isso foi para mim!
Minhas crianças não se tornaram carentes porque eu não pude sentar e brincar
com eles de acordo com o senso tradicional. Ao invés disso, eles recebiam uma boa
experiência educacional simplesmente porque eu os integrava no dia-a-dia da
casa.
Nunca era cedo demais para dar a uma de
minhas crianças o trabalho de pegar os brinquedos que seu irmão mais novo havia
deixado cair da cadeirinha em que estava. O segredo estava em delegar a cada um
uma função de acordo com seus talentos, mas nunca obrigá-los a fazer algo que
não gostassem como se estivessem no exército. Eles cortaram lenha, ajudaram a
consertar o carro, apararam o jardim e tomaram conta dos animais. Se adolescentes
são ainda tratados como crianças ou são muito favorecidos, eles deixam de
buscar um objetivo e se tornam rebeldes. Quando os pais apreciam as contribuições
de seus filhos, a confiança deles floresce e amadurece.
Empregadores amam minhas crianças porque
elas sabem como trabalhar e não têm nada por garantido. Muitos têm dito,“Vou
dar emprego a qualquer um que tenha Juneau por sobrenome.”
Famílias numerosas fortalecem a base da
nossa sociedade. Elas vivem vidas de grande interconectividade. Se você não tem
muito dinheiro, não está sozinho. Você aprende a compartilhar suas
habilidades e coisas com os outros. Quando minhas crianças vão para alguma
graduação ou universidade, se adaptam muito bem a dormitórios e casas
coletivos. Imagine então, eles já sabem dividir um banheiro para várias
pessoas! Eles sabem como lidar com personalidades difíceis, como dar e como
receber. Para iniciantes, eles também sabem cozinhar e depois limpar o que
sujaram.
Francamente, grandes famílias beneficiam a
sociedade. Então abra sua mente e o seu coração na próxima vez que vir ou
ouvir algo do tipo. A condenação é realmente difícil de lidar e totalmente
injusta em uma sociedade que ama dizer ter a cabeça aberta e ser
tolerante.
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