quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Festa de Todos os Santos - Brincadeiras Temáticas




Você já ouviu falar em festa de Todos os Santos? É a comemoração da Solenidade de Todos os Santos (2 de novembro).  O evento consiste basicamente em que as crianças se caracterizem como santos e participem de brincadeiras temáticas. Há também a possibilidade de introduzir um cardápio com alimentos que lembrem algo relacionado aos santos (um exemplo seriam biscoitos dispostos em forma de teclado em homenagem a Santa Cecília, rosquinhas lembrando a tonsura de Santo Antônio, cupcakes com toppers que tenham desenhos de santinhos, etc.).

Desde que comecei a pesquisar sobre essa festa, encontrei muitas referências em blogs americanos (No final da postagem deixarei alguns links para vocês se inspirarem). Eu sonhava, então, em colocar isso em prática aqui nessa minha terrinha tupiniquim. Foi então que simplesmente surgiu a oportunidade!

Eu dou aulas de religião católica para a Educação Infantil no Colégio Monte Alto, aqui no Rio de Janeiro. É um colégio que foi criado por um grupo de pais que não estavam satisfeitos com o rumo que a educação vem tomando e decidiram colocar as mãos na massa para fazer algo diferente.  Há alguns meses atrás apresentei a ideia, que foi acolhida com bastante entusiasmo. Eis aqui o resultado!

Esse tipo de festa pode ser feita também em casa. Basta convidar famílias amigas e dividir quem ficará responsável pelo que. Outra possibilidade é organizar a festinha nas paróquias.
Nessa postagem darei algumas sugestões de brincadeiras com base no que organizamos no colégio. Se você utilizar alguma das ideias, não deixe de nos enviar as fotos!

Na próxima postagem mostrarei ideias de fantasias para que todos se inspirem... Aguardem!

1. Coroando Nossa Senhora

Assim como em um tradicional jogo de argolas, o  objetivo da brincadeira é acertar a coroa na garrafa representando Nossa Senhora.



2. Procurando os olhos de Santa Luzia

As crianças deverão procurar as bolinhas que representam os olhos da mártir Santa Luzia em uma piscina de bolinhas.





3. A caixa de Santo Antônio

Santo Antônio também é conhecido por ajudar a encontrar objetos perdidos. As crianças tinham de colocar a mão na caixa e buscar um objeto específico que tivesse a ver com algum dos santos das cartelas na mesa. Por exemplo: Sabemos que os endividados costumam recorrer à Santa Edwiges para conseguirem dinheiro. No verso da cartela dela havia uma gravura mostrando notas, assim a criança deveria procurar notinhas na caixa.





4. Dança das cadeiras de Santa Cecília

Santa Cecília é a padroeira dos músicos! Combina muito bem com a dança das cadeiras, não?
Uma dica interessante é decorar as cadeiras com gravuras representando santos diversos.


Santo Antônio e sua cadeira



5. Pescaria de São Pedro

Assim como as outras brincadeiras, é uma boa deixa para contar às crianças as histórias dos santos. São Pedro era pescador e todas as crianças se divertem muito dentro da sua "barca"!


Este São Pedro ficou com a fantasia completa!


São João Paulo II dentro da barca de São Pedro. Bastante simbólico, não?


6. Acerte o presente no saco de São Nicolau

São Nicolau de Bari distribuía presentes às crianças pobres e acabou inspirando a história do Papai Noel. Esse sim, é um bom velhinho que realmente existiu! Aproveitando a proximidade com o Natal, é uma boa oportunidade para dar a conhecer sua história aos pequenos. O objetivo do jogo é acertar as caixinhas de presente dentro do saco, como no jogo da "boca do palhaço", tão comum nas festas juninas.




7. Desfile de Todos os Santos

Monte um tapete vermelho e peça às crianças para desfilarem! Na nossa festa, fizemos também uma Ladainha de Todos os Santos. A cada criança que entrava, era anunciado o nome do santo com que vinha caracterizada e todos respondiam "rogai por nós!". Quando as crianças vinham sem fantasia, apenas com o uniforme escolar, dizíamos "Todos os estudantes do céu, rogai por nós!".

Servo de Deus Guido Schaffer e Santa Teresinha do Menino Jesus desfilando


Outros links com ideias de brincadeiras:

http://familia-igreja-domestica.blogspot.com.br/2013/10/como-celebrar-festa-de-todos-os-santos.html (em português!)
http://www.catholicicing.com/all-saints-day-party-games/
http://showerofroses.blogspot.com.br/2008/10/saintly-games.html



* Para quem nunca ouviu falar sobre esta comemoração, pode ajudar este vídeo, recentemente postado pelo Padre Paulo Ricardo. No final ele comenta sobre esta forma de recuperar o sentido cristão que, estando originalmente presente no Halloween, foi se perdendo ao longo do tempo.

** Registro aqui meu agradecimento às professoras e à coordenação pedagógica do Colégio Monte Alto que se lançaram a este desafio com ousadia e muita criatividade!

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Nossa festa de casamento



Muitos de vocês já assistiram ao vídeo do nosso casamento, mas ainda não sabiam como tinha sido a recepção! Esse link resume um pouco do que foi esse momento para nós. Esperamos que gostem!


domingo, 4 de setembro de 2016

O que as crianças podem aprender das disputas entre irmãos

Cada briga pode ser um momento de aprendizado.


Imagem: Pixabay

Em um artigo anterior, eu dei algumas sugestões sobre como lidar com as disputas entre irmãos e eu sugeri o fato de que, na realidade, há um lado positivo das disputas entre as nossas crianças. Eu sei, alguns de vocês pensam que, desta vez, eu realmente perdi a cabeça.

Acredite ou não, há um lado positivo nas disputas entre irmãos. E se nós faremos uso disso ou não, depende da nossa atitude.
Sim, as brigas e gritarias são irritantes, e sim, lidar com isso muitas vezes é um aborrecimento.

“APENAS UM ABORRECIMENTO? 
SENHORA, VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ FALANDO!”

Mas ajudaria bastante se olhássemos cada briga como um momento de aprendizado e uma oportunidade para construir o caráter. Nós precisamos ter um objetivo em fazer de cada briga uma lição de autocontrole e caridade. Eu sei que isso pode ser bem, bem difícil. Contudo estou convencida de que essa é a única solução a longo prazo.

Para fazer de cada disputa um momento de aprendizado, comece por si mesmo. Quando os seus filhos estão brigando, tente ficar calmo (Sim, isso é muito difícil também. Mas tente de qualquer maneira.) Relembre você mesmo que ainda que se sua criança estiver gritando histericamente e seu coração esteja acelerado, o incidente, na verdade, não é grande coisa. Apenas parece ser. Você quer usar o momento para ensinar e não simplesmente sair desse aborrecimento inconveniente o mais rápido possível. Então o que você ensina?

Ensine autocontrole.
Relembre as suas crianças que elas não precisam gritar para serem ouvidas. Se persistirem na gritaria, mande-as para seus quartos até estarem mais calmas. Se você começar a gritar, saia de cena até que esteja mais tranquilo.

Ensine os seus filhos a forma de controlar sua raiva.
Dê orientações reais. Eu permito as minhas crianças expressar sua raiva batendo o pé ou socando o sofá ou a cama. Mas elas não podem bater no irmão ou jogar objetos. Quando fazem isso, há consequências.

Ensine-os a administrar a situação. Às vezes, os meus filhos ficam frustrados porque não sabem como lidar com uma situação. Então, eles atacam. Ensine os seus filhos o que eles podem fazer quando um irmão está sendo irritante ou quando percebem que uma luta se aproxima. Primeiro eles devem tentar trabalhar isso, e se não puderem, eles devem sair da situação ou pedir ajuda de um pai. (Pedir ajuda de um pai não é ser dedo-duro. Dedo-duro é quando você conta algo sobre uma criança para colocá-la em um problema. Ter ajuda de um pai significa que o filho precisa de ajuda para lidar com uma disputa. Os dois parecem ser o mesmo, mas a intenção da criança é muito diferente.)

Ensine os seus filhos como negociar e ter compromisso.
Quando eles alcançarem a idade da razão, encoraje-os a trabalhar em seus desacordos por si mesmos. Você pode ter que modelar isso e fantasiar algumas situações com eles. Então mostre confiança nas habilidades deles para resolverem suas diferenças. Eu sei que as suas crianças são espertas o bastante para resolverem isso por si mesmas.

“VIU, MAMÃE? NÓS RESOLVEMOS TUDO!”

Finalmente, ensine os seus filhos a pedir desculpas e desculpar.
Se alguma ofensa realmente é escandalosa, faça seu filho escrever uma carta de desculpas, na qual ele incluirá uma lista de traços positivos do irmão ofendido, orientando como ele fará isso, e na qual ele irá pedir perdão. Todas as desculpas deveriam terminar com “Você me perdoa?”. Isso torna o pedido de desculpas mais sincero, humilde. Então, relembre a crianças que foi ofendida de que mesmo que ainda esteja sentindo raiva, ela pode escolher perdoar. Um traço admirável que a maioria das crianças tem é a facilidade de perdoar, então não as deixe criar o hábito de guardar rancores. Encoraje seus filhos a dizer as palavras “Eu perdoo você” e a oferecer um abraço ou um aperto de mãos.

Para que uma desavença se torne um momento de aprendizagem, você precisa ser o mais justo possível. A menos que esteja claro que uma criança foi a autora e a outra era totalmente inocente, não tome partidos. As crianças têm um grande senso de justiça, e se você sempre tomar partido de um dos irmãos, elas começarão a se sentir ultrajadas e ressentidas. Usualmente, ambas partes estão em falta e precisam ser corrigidas

Algumas crianças quase sempre insistem que estão certas. Geralmente, são as mais resolutas, coléricas. Não importa o quão justo você tente ser, elas insistirão que você não está sendo justo. Então, quando você tiver que mediar, pacientemente ouça o ponto de vista de todos e repita os pontos de vista para que percebam que você as ouviu. Às vezes apenas dar a oportunidade para as crianças desafogarem sua raiva é o suficiente para se acalmarem. Depois faça o melhor julgamento que você puder. Não entre em um longo, um argumento prolongado, tentando convencer suas crianças cabeças-duras que você esta sendo justo e/ou ela está errada. Tome a sua decisão final, realize-a, e esteja satisfeito com isso. Não entre em uma briga por outra briga. E não se preocupe se suas crianças disserem que você não está sendo justo. Se você fez o seu melhor para tomar a decisão mais correta, fique com ela. Quanto mais os seus filhos enxergarem (à longo prazo ou em retrospectiva) que você está tentando ser justo e você não está escolhendo favoritos, eles eventualmente aceitarão as suas decisões. As chances são que, uma hora depois, eles terão esquecido o incidente de qualquer forma.

Se parece que seus filhos estão sempre brigando, lembre que as crianças são um trabalho em progresso. Elas são diamantes brutos, que precisam do calor e do atrito dos choques e confrontos diários com outras crianças antes que elas possam reluzir e brilhar. Cada disputa é uma oportunidade para ensinarmos os nossos filhos a crescer em bondade e consideração pelos outros. Também é uma oportunidade para nós crescermos em paciência!

Claro, haverá momentos em que estragaremos essas oportunidades. Haverá momentos, nos quais perderemos nosso temperamento ou faremos chamadas injustas. Vamos perseverar de qualquer forma. Então, conforme nossos filhos amadurecerem, as brigas reduzirão e as nossas crianças crescerão em um amor mútuo e respeito pelo outro.


Mary Cooney é mãe que oferece homeschooling (educação domiciliar) aos seus cinco filhos e ex-pianista, moradora de Maryland. Ela posta no blog Mercy for Marthas, no qual esse artigo foi publicado pela primeira vez.


Artigo do blog: MercatorNet

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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Um verão sem babás virtuais - Será possível?



Muitos poderão pensar que sou maluca, mas então que seja! Estamos fazendo algo extremo neste verão, algo pré-histórico e arcaico, algo que faria a maior parte dos pais tremerem de medo.

Estamos nos livrando de todos os meios eletrônicos! Quero dizer, meus filhos estão. Na verdade, sempre fomos.

Conhece lugares onde é proibido fumar? Então... Nossa casa é tipo isso, mas com videogames. Exatamente, nenhum. Zero. A regra é "se quiser jogar videogame, então terá que programar um primeiro". Temos as linguagens Scratch e Bitsbox. Se quiserem ser criativos no computador, podem sê-lo (desde que já tenham cumprido suas tarefas diárias). Mas têm que ser produtores, não consumidores. O tempo de programação é limitado a meia hora por dia. Ainda assim, meus filhos não têm preferência por isso. E (espero que esteja sentado!) isso porque nem temos televisões ou iPads.

Algumas vezes, sermos livres de tais meios pode ser bem inconveniente. Por exemplo, quando estou com meu filho em seus jogos de Hockey, os irmãos de seus colegas são super comportados. Eles calmamente sentam na arquibancada deslizando felizmente os dedos em seus iPads. Meus filhos, porém, estão correndo em círculos à minha volta. Literalmente. Rindo, gritando, sacudindo meus braços e correndo para cima e para baixo nos degraus da arquibancada, eles queimam quase tanta caloria quanto o meu filho que está jogando no gelo. Às vezes sou tentada a dar-lhes meu celular e dizer, "sentem-se e mexam como as outras crianças bem-comportadas". Mas então lembro-me de que estão fazendo o que crianças devem fazer: sorrir e brincar.

Algumas vezes, estar longe dos meios eletrônicos destrói a casa. Em certo dia chuvoso, a minha filha mais velha estava jogando lacrosse com sua irmã no porão e... menina forte... péssima bola... BAM! Um belo buraco na parede. Isso nunca teria acontecido se estivessem jogando lacrosse no iPad.

Algumas vezes, ser livre dos meios eletrônicos é uma bagunça. Como meus filhos não podem jogar videogame, o que eles fazem? Vão para o quintal, fazem guerra de água, jogam vários esportes e pedalam suas bicicletas. Então, eles entram e trazem junto toda a sujeira. Marcas de lama por todo lugar são seguidas de um rastro de sujeira. Depois, vão para fora novamente brincar no riacho e pegar rãs. "Mãe, uma rã acabou de fazer xixi na mão da irmã mais velha". Pronto. Agora tenho que deixar o álcool em gel preparado durante todo o ano, não apenas na época da gripe.

Mas por que então eu nego a mim mesma a conveniência de uma babá virtual? Por que preciso suportar crianças que correm em círculos à minha volta, fazem buracos nas paredes, e rãs que fazem xixi nelas?

Por quê? Porque quero que meus filhos tenham uma infância de verdade. E não que joguem-na fora entorpecendo-se com videogames. Meus garotos se cortam e se machucam de tanto subir em árvores e serem acertados por bolas de beisebol porque jogam jogos de verdade. Eles não têm tendinite de tanto mexer em iPads.

Eu quero que meus filhos tenham verdadeira amizade com os seus irmãos, não relacionamentos virtuais feitos de textos e redes sociais. Meus filhos falam no telefone com seus primos. Eles leem uns para os outros. Também brincam e brigam uns com os outros. Se olham e respondem cara-a-cara, não pelo Facebook. Aprendem a servir e ser empáticos. Já ouvi muitas mães convergindo em dizer que suas filhas apenas ficam trocando mensagens eletrônicas com as amigas durante o tempo livre. Tais meninas não desejam nem sequer sair juntas. Apenas desejam teclar, ainda que tenham ficado chateadas com mensagens desagradáveis. Que tipo de amizade é essa?

Estou convencida de que videogames e uso demasiado de redes sociais são para o cérebro o que a fumaça do cigarro é para os pulmões. Ambos são viciantes, e ambos causam danos a longo prazo. Se desejar uma prova, leia "Boys should be boys" da autora Meg Meeker (ainda sem versão em português).

Não preciso de prova. Ver meus filhos antes e após jogarem videogames já é evidência suficiente. Nas raras ocasiões em que meus garotos jogam videogame, percebi que perdem a habilidade de se entreterem sozinhos após jogarem. O que faziam para se divertir de repente torna-se chato. A única coisa que querem é continuar jogando videogame. Assistir Tv é tão ruim quanto os jogos. Seus corpos e mentes que antes eram completamente ativos tornam-se passivos e preguiçosos. Não é saudável ou normal que uma criança fique horas por dia em frente a uma tela.

Precisamos encorajar nossas crianças a viverem a vida real e gostarem dela. Quando falamos aos nossos filhos para não jogar videogames ou assistir televisão, não estamos simplesmente dizendo "não" a esses meios. Estamos dizendo um grande "sim" a uma infância de verdade. "Sim" à leitura de livros maravilhosos, "sim" para os grandes sonhos, "sim" à diversão fora de casa aproveitando-se o belíssimo dom da natureza.

"Sim" ao desenvolvimento da imaginação. A imaginação pode ser o melhor amigo de uma criança, visto que uma criança com uma boa imaginação nunca está entediada. Vejo isso em meu garoto de 6 anos. Dê a ele algo comprido e se torna um taco de beisebol, um esmagador de insetos ou uma espada. Ele pode se divertir por horas com carrinhos e lego. Sua imaginação é robusta e viva pois não tem sido sufocada por videogames e shows de Tv. De nossa pequena princesa, pode-se dizer o mesmo.

Então, para o bem de minhas crianças, tenho que lidar com algumas inconveniências. Mas é fonte de grande alegria para mim vê-los lendo, brincando, imaginando, e sonhando, vivendo a vida de verdade, uma infância saudável.



Este artigo foi postado originalmente em MercatorNet por Mary Cooney, mãe de cinco filhos.
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Traduzido e adaptado por Maurício Borges.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Clubes Juvenis



Pessoal,

Segue um panorama de alguns Clubes Juvenis daqui do Rio de Janeiro e São Paulo. Uma ótima atividade para meninos e meninas de 10 até 14 anos.


CLUBES JUVENIS MASCULINOS

Clube Polaris
Idade: 10 - 14 anos
Local: Tijuca
Horário: Sábado a tarde
Site - http://clubepolarisrj.weebly.com/opus-dei.html



Clube Albatroz
Idade: 10 - 14 anos
Local: Botafogo
Horário: Sábado a tarde
Site - http://albatroz.ccub.org.br/feacuterias.html



Duas vezes ao ano todos os Clubes Juvenis se reúnem para fazer um convívio de férias. Seguem alguns exemplos.


Convívio no Rio de Janeiro -  - http://www.conviviosdeclubesrj.com/







Vídeo com um resumo:








Convívio de Clubes em São Paulo  http://www.harehou.com.br/fotos




Clube Forja de São Paulo - http://www.clubeforja.org.br/atividades/

Copa Clubes - Montes Claros - SP




Império dos Clubes




Império dos Clubes completo



CLUBES JUVENIS FEMININOS

Clube Aquarela
Idade: 10 - 14 anos
Local: Tijuca
Horário: Sábado a tarde
Site - http://www.centroculturalitapora.org.br/#!clube-aquarela/c12oi







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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Guardar o sexo para o casamento ajuda a ter um casamento mais duradouro.

Um novo estudo confirma que noivas virgens possuem as menores taxas de divórcio


A virgindade recebe pouquíssimo espaço na imprensa ou nas telas nesses dias e isso é uma vergonha. Como um novo estudo americano confirma, a mulher que entra virgem em um casamento tem a melhor chance de permanecer casada por cinco anos – e provavelmente além disso. De fato, as chances do seu casamento durar melhoraram ao longo dos últimos 30 anos, da mesma forma que as taxas de divórcio para tais mulheres caíram de 11 por cento nos anos 1980 para 6 por cento nos anos 2000.

A razão possível para isso, diz o autor do estudo, o sociólogo Nicholas H. Wolfinger da Universidade de Utah, é a religião – aquele outro tópico não popular. Seus dados, coletados de três levantamentos do National Survey of Family Growth (Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar), mostra que as mulheres que casam virgens são muito mais propensas a frequentar a igreja pelo menos uma vez por semana. Infelizmente, há cada vez menos delas. Quatro décadas atrás, 21 por cento das noivas não tinham parceiro sexual anterior, mas por 2010 esse cenário caiu para 5 por cento, sendo a maioria mulheres religiosas.

(Por agora, você deve estar se perguntando, Ei, mas e quanto aos homens? Wolfinger explica que “o NSFG não possui dados completos sobre o comportamento sexual masculino pré-nupcial, e em todo caso, eles recordam suas próprias histórias conjugais de forma menos confiável que as mulheres.”)

Como você deve esperar, os próximos casamentos mais prováveis de durar são daquelas mulheres que tiveram apenas um parceiro sexual anteriormente – e na maioria dos casos, seus futuros esposos. Seus números, entretanto, caíram de 43 por cento nos anos 1970 para 22 por cento na década atual.

Fonte: NSFG, 2002-2013

As estatísticas dos anos 1970 podem nos surpreender, como fizeram a Wolfinger. Ainda que a revolução sexual estivesse bem encaminhada, ele observa, quase dois terços das noivas tinham no máximo um parceiro sexual antes de se casarem.
“Até mesmo nos anos 1980, pouco mais da metade das mulheres tiveram no máximo um parceiro sexual antes de caminharem ao altar. As coisas pareceram bem diferentes no começo do novo milênio.”
Pelos anos 2010, o número de noivas que tiveram vários parceiros sexuais subiu de forma significante. Aquelas que tiveram 10 ou mais parceiros foram de 2 por cento para 18 por cento. Como você poderia esperar, esse grupo possui as mais elevadas taxas de divórcio com cinco anos – mas apenas a partir de 2000. Antes disso, mulheres com dois parceiros antes do casamento tiveram as maiores taxas de divórcio – por volta de 30 por cento – em comparação com aquelas com mais parceiros.

Isso novamente é surpreendente, Wolfinger admite. Ele sugere um par de razões:

* Mulheres com dois parceiros sexuais anteriores devem ter alguma criança de outro relacionamento quando casam, e isso é conhecido por ter um “efeito negativo profundo na felicidade conjugal”, bem como traz um risco mais alto de divórcio.

* “Comparações mais enfáticas”:
“Na maioria dos casos, os dois parceiros sexuais pré-nupciais de uma mulher incluem seu futuro esposo e outro homem. Este segundo parceiro sexual é a prova em primeira mão de uma alternativa sexual para o esposo dela. Essas experiências sexuais convencem as mulheres que sexo fora do casamento é, de fato, uma possibilidade. O homem envolvido era mais propício a ter se tornado um parceiro no decorrer de um relacionamento sério - mulheres inclinadas a ter encontros sexuais terão tido mais que dois parceiros pré-nupciais – enfatizando assim a gravidade da alternativa. Claro, mulheres aprendem sobre a viabilidade do sexo fora do casamento, se elas têm múltiplos parceiros pré-nupciais, mas com vários parceiros, cada um representa uma menor parte da biografia sexual e romântica da mulher. Ter dois parceiros pode conduzir a uma incerteza, porém ter um pouco mais, aparentemente, conduz a uma maior clareza sobre o homem certo para casar. As chances de divórcio são menores com zero ou um parceiro antes do casamento, mas de maneira diferente, se relacionar com muitos parece ser mais compatível com ter um matrimônio duradouro.”
Bem, durando cinco anos, pelo menos. Mas isso deixa de ser o caso (estatisticamente) além de 10 parceiros: “muitos parceiros significam muita bagagem, a qual faz um casamento estável menos sustentável”. Wolfinger ainda especula sobre essa correlação, se é verdadeira ou falsa, e nota que a diferença entre esse grupo e o de mulheres com dois parceiros pré-nupciais, quando se trata de divórcio, não é significante.

O ponto principal, de qualquer maneira: “As chances de divórcio são menores com zero ou um parceiro pré-nupcial.”

Finalmente, Wolfinger nota que esses resultados permanecem substancialmente verdadeiros após a observação dos efeitos de outras características sociais e demográficas de mulheres. Alguns desses fatores, contudo, explicaram mais que outros:
“Além da religião, raça e família de origem explicam a maior parcela da relação de parceiros sexuais/divórcio. Mulheres caucasianas e Afro-americanas tiveram um comportamento sexual pré-nupcial semelhante, mas as latinas e membras da população do grupo “Outras” tiveram notavelmente menos parceiros sexuais e taxas de divórcio menores que as brancas ou negras. Similarmente, pessoas que cresceram sem ambos os pais tiveram mais parceiros e divorciaram mais. Dados psicométricos detalhados seriam necessários para explicar melhor a relação entre números de parceiros sexuais e estabilidade matrimonial.”
Talvez alguém possa concluir que o fator racial é largamente explicado pela estrutura familiar. Faz sentido que vir de uma família intacta dá proteção contra o divórcio à pessoa. E a prática religiosa torna essa proteção ainda mais forte. Isso não é surpresa, ainda que outros aspectos do estudo sejam.


Artigo do blog: MercatorNet

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sábado, 18 de junho de 2016

Laços de família

Islã, homofobia e armas: todos tiveram um papel na tragédia de Orlando.
Mas e quanto às disfunções familiares?



O que pode ter motivado Omar Siddiqui Mateen a matar 49 pessoas que se encontravam na casa noturna Pulse durante a madrugada do último domingo?

(a) Terrorismo islâmico
(b) Homofobia
(c) Pouco controle do porte de armas

A melhor alternativa pode ser "nenhuma das alternativas acima". A pressa em encontrar uma maneira de explicar os motivos da mente problemática de Omar é absurda - entretanto, previsível por se tratar de um ano eleitoral nos Estados Unidos.

Para o candidato republicano Donald Trump, o massacre em Orlando oferece uma oportunidade de ouro para incitar o medo da religião islâmica, refugiados e imigrantes, legais e ilegais. "Aprecio os parabéns por estar certo sobre o terrorismo islâmico radical", escreveu ele em seu twitter após a explosão da notícia. "Eu não desejo os parabéns, mas peço fortaleza e vigilância. Precisamos ser espertos!".

A candidata democrata Hillary Clinton, por outro lado, focou no argumento sobre o controle de armas e solidarizou-se com a comunidade LGBT. "Para todas as pessoas LGBT de luto neste dia: vocês possuem milhões de aliados que estarão sempre ao lado de vocês. Eu sou uma delas" foi sua mensagem.

Em um discurso no dia 13, ela enfatizou ser resistente contra terroristas e armas. "Nós enfrentamos uma ideologia torta e uma psicologia envenenada que inspira os chamados 'lobos solitários'", declarou. Mas ela também argumentou que "se o FBI está te investigando por conexões suspeitas com o terrorismo, você não deveria conseguir comprar uma arma sem ao menos algumas perguntas".

Nós mal sabemos alguma coisa sobre os impulsos tóxicos que irrompiam no cérebro de Omar. É possível até mesmo que ele tenha sido homossexual. Diversos jornais noticiaram que ele costumava frequentar a boate Pulse e usar aplicativos de celular para se conectar com outros homens, o que ainda está para ser confirmado.

A situação não fica mais clara se a tragédia é rotulada como homofobia. Os alvos da fúria de Dylann Roof no ano passado em Charleston foram cristãos, mas chamar essas mortes de "cristanofobia" verte pouca luz sobre o assunto. Omar invocou o islã, mas parecido ter sido apenas um lobo solitário. Com ou sem o islamismo como pretexto, ele e Dylann podem ter cometido o mesmo crime.

O motivo que consegue conectar a maior parte daqueles que executaram um assassinato em massa nos últimos anos não foi mencionado pelos candidatos ou pelos especialistas. É a vida familiar conturbada.

Pouca coisa foi revelada acerca da família em meio a qual Omar cresceu, mas sabe-se que seu pai é um sujeito ímpar que concorreu a presidente do Afeganistão no conforto de sua sala-de-estar na Flórida. Sua mãe, entretanto, é notável por sua completa inexistência em qualquer reportagem midiática. Por alguma razão, Omar decidiu mudar seu sobrenome ao atingir os 20 anos, o que sugere que havia algum tipo de tensão entre ele e seus familiares.

Independente de como foi a sua vida quando criança, ele falhou como marido e pai. O seu casamento com uma mulher do Uzbequistão, Sitora Yusifiy, durou cerca de quatro meses. Ela reclamava de agressão física. Depois ele se casou novamente e teve um filho, o qual já possui 3 anos de idade.

Este é o tipo de perfil que a maioria desses assassinos possuem: lares e casamentos miseráveis. Anders Breivik, o norueguês que matou 77 pessoas em 2011, parece ter adicionado apenas um capítulo à sua história doméstica. O seu pai abandonou-o quando ele tinha 1 ano de idade. Para ele, foi o segundo de três casamentos. A sua mãe, em acréscimo, também teve três companheiros. É estranho perceber como os autores americanos de tiroteios em massa possuem planos de fundo similares.

Dylann Roof, que matou nove pessoas em uma igreja de Charleston (Carolina do Sul) no ano de 2015 veio  de uma família severamente conturbada. O seu pai divorciou-se de sua mãe e ele passou a ser criado por sua madrasta.

John Zawahiri, 23, matou cinco pessoas em Santa Mônica no ano de 2013 próximo ao campus de uma universidade estadual. Seus pais haviam se separado há anos.

Em dezembro de 2012, Adam Lanza, 20, matou sua própria mãe, seis funcionários em uma escola primária de Connecticut, e mais vinte estudantes antes de atirar em si mesmo. Seus pais eram divorciados.

Wade Page era um defensor da supremacia branca que matou seis adeptos do siquismo em Milwaukee antes de ser morto por um oficial no início de agosto de 2012. Seus pais eram divorciados.

No outubro de 2011, um homem da Califórnia (Scott Evans Dekraai, 41) entrou no salão de beleza de sua ex-esposa, matando ela e outras sete pessoas a tiro. Seus pais eram divorciados.

Os Estados Unidos possuem uma lista longa, muito longa, de homens (quase sempre são homens) com histórias conturbadas que carregam armas e matam várias pessoas. Não são todos que vêm de lares despedaçados, mas é bastante provável que, na maioria dos casos, suas dinâmicas familiares eram ruins.

Não sabemos ao certo porque ninguém está perguntando. Pesquisas sobre a cultura do casamento, como reportadas pela mídia, parecem sempre focar em encontrar justificativas plausíveis para o casamento de pessoas do mesmo sexo em vez de investigar as tóxicas consequências de um divórcio.

É mais fácil criticar as leis de controle de armas do que criticar a cultura do divórcio e a destruição que ela causa tanto na vida das crianças como na dos esposos. Mas, como comentado em 2014 no MercatorNet, após Elliot Rodger, 22, atirar e esfaquear pessoas na Universidade de Califórnia em Santa Bárbara e matar seis delas, "talvez eles não precisariam mais do controle de armas se tivessem um melhor controle do divórcio".

Como rifles de assalto prontamente disponíveis, a homofobia e o islamismo radical são fatores do último massacre. Mas não os únicos fatores. Militar em favor das alternativas do controle de armas, da homofobia e do islamismo radical não extinguirá a raiva da mente dos filhos que sofrem com o divórcio.

Postado originalmente em MercatorNet por Michael Cook.
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Traduzido e adaptado por Maurício Borges.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Presença da família Gomes no aniversário de Dom Luiz de Orleans e Bragança



A família Gomes esteve presente na  missa em ação de graças pelo aniversário de S.A.I.R. Dom Luiz de Orleans e Bragança no dia 05/06/2016 no Outeiro da Glória. Infelizmente, ele não pôde estar presente, mas seu irmão, Dom Bertrand, foi muito atencioso com todos os presentes e aceitou tirar essa foto conosco.


Para quem tiver interesse seguem alguns vídeos sobre a monarquia.



Entrevista de Dom. Bertrand.



Palestra de Dom. Bertrand.


A ciranda republicana


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Relato de Parto do Bernardo - Parte II

Para ler a parte I, clique aqui!



 Continuação:

   Como eu ainda estava meio molhada do banho, não consegui distinguir a cor do líquido amniótico. Percebi claramente que poderia ser a bolsa por que senti que era algo bem quentinho e eu estava acabando de sair de um banho frio…

   Essa notícia foi uma injeção de ânimo para mim. Eu sabia que, além do fato de minha pressão ter alterado um pouquinho, outro fator que preocupava minha equipe era o fato de que eu já estava com 41 semanas e um dia de gestação. Não há nenhum problema nisso, claro, mas a questão era que os pequenos riscos da minha pressão estavam se somando aos pequenos riscos de uma gravidez prolongada… e é aí que morava o problema.

   Assim, pensei que quando eu contasse às minhas enfermeiras que a bolsa havia estourado eu poderia continuar em casa, afinal o trabalho de parto ia começar e não precisaríamos nos preocupar com os riscos de chegar a 42 semanas. Não foi assim! Aos riscos já mencionados só se somou mais um: Com a bolsa rota e sem previsão de início do trabalho de parto, o caminho ficava mais livre para possíveis infecções.

   Minha equipe ia sugerir que eu me internasse no dia seguinte para fazer uma indução, mas, diante do cenário de bolsa rota, a recomendação foi a de que eu fosse para o hospital ainda naquela noite. Deitei na cama para que elas apalpassem a minha barriga e avaliassem o Bernardo. Mal tive tempo de me levantar, saí correndo para o banheiro. Mais líquido amniótico! E, dessa vez, muuuuuuito mais! É muita esquisita essa sensação.

   As enfermeiras analisaram o líquido e identificaram a presença de mecônio (o que era normal naquela altura do campeonato), mas isso a princípio não era um problema, porque o líquido estava bem fluido. Liguei para a minha doula meio atordoada e pedi que ela conversasse com uma das enfermeiras. Seria possível que isso estivesse realmente acontecendo? Estava angustiada porque meus planos estavam indo por água a baixo.

   Sonhei com meu parto domiciliar. Preparamos cada detalhe, aluguei o oxigênio, higienizei e esterilizei as fraldinhas de pano que iam tocar a pele do meu filho, comprei uma lona de plástico para a piscininha… Todo esse ideal tão acalentado por mim não aconteceria mais, e isso dói aceitar. Doeu também saber que eu teria de ir para o hospital sem estar em trabalho de parto e me preparar para a tão temida indução com ocitocina sintética, que faz os mais bravos mortais verem estrelas em poucos minutos.

   Preparei minhas bolsas, jantei e esperei minha doula chegar. Fomos com calma para o hospital e chegamos lá por volta das 23h. Uma das enfermeiras da minha equipe nos encontrou lá e passou o meu caso para o médico do plantão, o dr. A. Até hoje não sei exatamente se cheguei ao hospital com 0 ou 1 cm de dilatação, mas o médico disse que meu colo estava fechado e que não havia mecônio no líquido amniótico. As alterações de pressão que relatei foram solenemente ignoradas, talvez porque para um ambiente hospitalar não fossem assim tão relevantes.

   Fiz minha primeira cardiotocografia e, de vez em quando, eu já estava começando a sentir algumas contrações, mas bem de leve. Dormi na enfermaria com meu marido por volta das 3 da madrugada. Na manhã seguinte, resolvi me exercitar para tentar acelerar o processo e ver se o trabalho de parto engatava. Caminhei na varanda do hospital e fui marcando o tempo do intervalo entre as contrações, que estava bem irregular. 10 min, 12 min, 5 min (!)...20 min (?)… enfim.

   Aqui cabe uma pequena explicação para quem talvez não esteja entendendo muito bem. A vida real não é como na TV, em que logo que a bolsa rompe a grávida sai correndo desesperada para o hospital e dá à luz o filho 5 minutos e 3 gritos depois. O rompimento da bolsa não significa o início do trabalho de parto. A grande maioria das mulheres entra em trabalho de parto em até 24 horas depois que a bolsa rompe, mas para outras esse tempo pode chegar a 48 e, em alguns casos, até 72 horas.

   Mas..o que é trabalho de parto? Podemos dizer que a gestante está em trabalho de parto quando suas contrações vem em curtos intervalos regulares. Algo em torno de 3 em 3 minutos, por exemplo. Contrações irregulares são os chamados pródromos, e podem ocorrer até semanas antes do trabalho de parto em si. É o corpo se preparando para o grande acontecimento que está por vir, e não há nada de estranho nisso.

   Infelizmente muitas mulheres não sabem disso, e mal começam as primeiras contrações, imediatamente vão para a maternidade. É daí que surgem as famosas indicações de cesarianas por “falta de dilatação”. Ora, se não se espera o tempo necessário para que o trabalho de parto comece, o mais natural é que não haja dilatação ainda.

   Além disso, quando essas gestantes chegam ao hospital, podem ficar muito ansiosas. A pressão de “ter que entrar” em trabalho em até X horas, e muitas vezes sem poder se alimentar ou caminhar livremente, faz com que fiquem nervosas, o que pode atrasar ainda mais as coisas.

   Voltemos ao meu relato. Estamos na manhã do dia 28 de março, dia em que eu estava particularmente inclinada a desejar que meu filho nascesse. Quando soube que meu filho provavelmente nasceria em março, quis muito que fosse no dia 19 (São José) ou 25 (Anunciação), que são festas pelas quais tenho particular devoção para mim.

   Passaram essas datas, entretanto, e nada do meu Bernardo querer sair do quentinho da barriga. Quando me vi tendo de ir ao hospital fiz uma breve pesquisa e descobri que 28 de março era também uma data muito especial: a ordenação de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei! Isso me deixou animada, mas mal sabia eu que o molequinho só nasceria dia 29 (!).

   Me vejo sendo chamada para a primeira avaliação com a médica responsável pela enfermaria. “Suas contrações não estão fortes o suficiente” e “Você só tem 2 cm de dilatação” foram os dados considerados para o veredito: Ela queria me encaminhar para a indução. Isso era algo que eu não queria de jeito nenhum, afinal eu ainda tinha (estatisticamente) muitas chances de entrar em trabalho de parto naturalmente nas próximas horas, sem precisar passar pelas dores tão fortes que o hormônio sintético me traria.

   Argumentei que eu ainda não tinha 18 horas de bolsa rota, o que imaginei ser o máximo que o hospital esperava antes de indicar indução. A médica começou a me dizer que induzir não era tão ruim assim e que ela mesma tinha passado por isso. “Seu colo está favorável. Não será preciso iniciar a indução com misoprostol, poderá começar direto com a ocitocina”, consolou a dra. Perguntei se eu poderia optar por não induzir ainda, afinal acreditava que o protocolo do hospital me amparasse para tal. “Tenho que fazer o meu papel, vou te indicar para o médico de plantão. Lá você conversa com ele”, disse ela. Lá fui eu.

Continua...