segunda-feira, 16 de março de 2015

O Que Você Precisa Saber Para Manter A Decoração Da Casa A Salvo Da Bagunça



Um dos maiores desafios da decoração em família é manter a casa em ordem e os artworks a salvo da bagunça. Se você tem filhos – ou irmãos mais novos – sabe exatamente do que estou falando. Algumas dicas simples que funcionaram para mim vão te ajudar a manter tudo arrumadinho e sua decoração harmoniosa. Veja só:

Imagem por D Sharon Pruitt


Seja Exemplo
Crianças são muito mais sensíveis e tendem a responder melhor quando você mostra ao invés de simplesmente falar. Ser exemplar é sempre o primeiro passo. Você tem orgulho da sua casa? Mantém as coisas em ordem? Tem atitudes positivas diante de situações cotidianas com sua família? Se as respostas forem sim então já tem meio caminho andado.

Crianças geralmente começam a fazer as coisas a partir do que veem nos pais. Tudo que você fizer elas encaram como normal e esperado. Faça-as se orgulharem da casa.

Crie Decorações Cooperativas
A família tem que sentir-se parte da casa desde a hora de organizar até no momento de escolher os móveis para sala Quando as crianças percebem que o ambiente é importante para elas mesmas (por exemplo, seus próprios quartos) é mais comum mantê-lo organizado. Geralmente conversamos com nossos parceiros sobre o que vamos ou não mudar na casa mas é importante incluir os filhos no processo.

Não custa muito deixar as crianças reorganizarem os móveis do quarto ou pintarem um pedaço da mesa na hora da reforma. Deixa-las comprarem seus próprios lençóis, ou decorarem caixas para organizarem seus brinquedos também é um bom método.

Defina Objetivos Claros
Na hora de decorar é mais fácil ter em mente o que queremos mas na hora de manter a ordem é mais complicado. Deixe claro o que cada um tem que fazer. Por exemplo, as crianças tem que manter o quarto limpo e o marido o jardim. Crie checklists com cada passo, como: fazer a cama, colocar a roupa suja no cesto, guardar brinquedos na caixa ou livros na estante, varrer o chão, etc.

Defina Locais
Repita isso várias vezes: tudo tem um lugar e há um lugar para tudo. Essa regra ajuda muito a manter as coisas organizadas em casa. Dê caixas para as crianças e coloque prateleiras nos quartos – lembre-se de consultar todos sobre onde as coisas devem ficar.

Jogar coisas quebradas fora e doar as inúteis também ajuda a manter os locais organizados. O ideal é não ter mais coisas do que vocês realmente usam. Quando atingir o máximo de capacidade do espaço, seja clara: se algo novo vier, uma coisa antiga tem que ir embora.

Façam as Tarefas Juntos
Minha mãe dizia: quem quer faz, quem não quer manda. Simplesmente supervisionar o trabalho não é tão eficiente quanto trabalhar junto. Além de unir a família, isso mantém a primeira dica funcionando. Mantenha as expectativas e mostre à família o que deve ser feito. Criar um dia na semana para limpeza e organização também é eficaz.


Texto de autoria de Beatriz Gonzalez, jornalista e blogueira do Decorafino.com.br 


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quinta-feira, 12 de março de 2015

Como acompanhar melhor os estudos do meu filho


Todo pai ou mãe sabe que deve acompanhar os estudos dos filhos, muito embora muitos não o façam.
A grande pergunta que fica, porém, é: Como?
Para ajudá-lo nessa tarefa, decidimos compartilhar com você essa série de palestras proferidas pelo Doutor em Educação João Malheiro.

Nesse primeiro vídeo você saberá qual é o papel da escola enquanto colaboradora desse acompanhamento.


Já no segundo vídeo, você poderá conferir algumas dicas práticas direcionadas para a contribuição dos pais em casa.





Aproveite!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Onde foi parar o amor?





Nos anos 1920, Olinda Miranda, irmã da famosa Carmen Miranda, era apaixonada pelo seu noivo. Um dia descobriu que ele andava namorando outras meninas pela cidade e teve um desgosto tão profundo que adoeceu. Ficou tísica e seus pais a enviaram para Portugal para se tratar num sanatório.


Olinda não melhorou em terras lusitanas. A depressão tomara conta dela e não conseguia esquecer seu noivo. Mas eis que, subitamente, o dito cujo aparece pedindo perdão e uma nova chance. Olinda aceitou, saiu da depressão e começou a melhorar a olhos vistos. Recuperou a alegria de viver. Passados uns meses, novas notícias chegaram aos seus ouvidos: o rapaz era um mulherengo contumaz e era visto novamente ao lado de outras saias. Olinda definhou de vez e morreu de tuberculose pouco tempo depois.


Histórias como essas pululavam em qualquer esquina. Os jornais volta e meia noticiavam que alguém pulou da ponte por que seu amor a abandonara. Morria-se de amor.


Evidentemente que pular da ponte não é o caminho correto, mas há um quê de compreensão, de compaixão, ao perceber que a pessoa amava de veras. Em contraste, comecei a presenciar inúmeras cenas como esta:



Aluno: Professor, queria pedir uma opinião.





Professor: Se puder ajudar...


Aluno: Pintou um intercâmbio interessante na Inglaterra. São seis meses estudando e com tempo para estagiar na própria universidade. Acha que vale a pena?


Professor: E a sua namorada?


Aluno: Ah professor! Ela está em um estágio que toma o tempo todo dela.



Não consegui prosseguir. Silêncio. Perplexidade. Vem-me a cabeça uma série de perguntas: Será que gosta dela? Será que ela gosta dele? Porque namoram? Somos intercambiáveis (há outras opções por aí)? Será que largamos a tuberculose e o suicídio pela indiferença mais pura?


Vejamos outro exemplo. Este é um homem de 55 anos, altamente qualificado, divorciado e pai de uma criança. Durante uma entrevista, ele falou sobre seus vários relacionamentos.

Entrevistador: Por que você sai com mulheres?


Steven: Em parte por conformidade. Eu quero ter uma parceira, mas tem que ser algo temporário, limitado, duas vezes por semana e é isso. Isso é suficiente para mim, eu não preciso de mais nada disso. Relacionamento é um fardo. Tenho toneladas de pessoas com que poderia sair, mas eu não tenho tempo. Porque eu preciso de um relacionamento sério agora?


Entrevistador: Você acha que isso é algo que acontece com as mulheres também?


Steven: Não. Nunca foi simétrico. Elas sempre querem mais. Por que, eu não sei.


Entrevistador: O que querem?


Steven: Mais contato, mais compromisso. Querem compartilhar conta bancária, casa, livros, cama. As mulheres querem mais do que eu posso dar. Sempre que terminei com alguém foi porque não podia oferecer o que me pediam.


Entrevistador: Você acha bom que elas querem mais do que você quer a elas?


Steven: Sim. Dá uma sensação de poder. Quem é mais desejado tem mais poder.


Entrevistador: É isso que você quer? Poder?


Steven: Talvez. Mas eu não sei se é algo consciente ou calculado.


Será que o amor acabou? Mudou? Confesso que não tenho o quebra-cabeça resolvido, mas a leitura de alguns livros apontaram algumas possíveis explicações.


1. As pessoas ditas “modernas”, isto é, vivem no Ocidente, instruídas, com renda, antenadas, esperam intimidade e emoção do parceiro, e, paradoxalmente, um comportamento independente. Em um relacionamento moderno, encontramos dois “eus” altamente individualistas que se unem. Tenho minha carreira, meu projeto, meus gostos. Não se meta com eles. Tenha a civilidade de apenas colaborar quando chamado.

2. A mudança de critério para escolher um parceiro. No passado havia uma série de regras sociais, raciais, religiosas, etc. Um homem escolhia alguém da sua religião ou da sua condição para casar. A modernidade derrubou todas essas barreiras. Vale tudo. O processo de seleção se tornou sexual, emotivo e psicológico, isto é, puramente subjetivo. Atração e simpatia é tudo o que restou. Uma mulher de classe média alta na Inglaterra conta que se casou aos 31 anos e descobriu 18 meses depois que seu marido não queria ter filhos. O que os unia era apenas atração e simpatia: os valores do parceiro e dela nunca entraram no relacionamento.

3. Sem as regras sociais e morais e com a ajuda da pílula, o homem tem agora muitas mulheres para escolher e tem muito tempo antes de se comprometer com alguma. A maximização da liberdade e independência levou-o a evitar o compromisso. Porque o aluno vai perder a oportunidade de viver na Inglaterra se em cada esquina há uma menina o esperando? Porque a aluna vai mudar de estágio, se em cada esquina tem um homem a desejando? O status do homem e da mulher moderna estão na sua experiência profissional e não mais em ter família e filhos. A primeira coisa que se pergunta quando se esbarra com um velho conhecido na rua é onde está trabalhando. Ser desempregado é pior do que ser divorciado.

4. A mentalidade do mercado penetrou nas relações amorosas. Fala-se em conquista, em número de parceiros. E se troca de parceiros como quem troca de automóvel ou de roupa. A escritora Greta Christina relata sua experiência sexual da seguinte forma: "Quando eu comecei a ter relações sexuais com outras pessoas, eu gostava de contabilizar. Eu queria saber com quantos dormira. Era uma fonte de um tipo de orgulho". Ela se comporta como capitalista sexual. Esta estratégia sexual cumulativa tem sido adotada pelas mulheres, mas, culturalmente e historicamente, é uma imitação do comportamento dos homens.

5. No século XIX a mulher atraente era a mulher bonita, não devido ao apelo sexual, mas aos atributos físicos e espirituais. A indústria de cosméticos no início do século XX transformou a beleza da mulher em sensualidade com o fim de vender seus produtos. A cultura do consumo se mostrou imensamente bem sucedida na tarefa de dispensar as normas e proibições sexuais tradicionais e na sexualização dos corpos porque contou com a autoridade e legitimidade de especialistas que vieram das fileiras da psicanálise e da psicologia. Uma vasta indústria de psicólogos alegou que uma boa vida sexual era crucial para o bem-estar do indivíduo. A sexualidade veio para ficar no centro do projeto de uma vida feliz e saudável. Esta mensagem da psicologia tornou-se particularmente amplificada com a revolução cultural e sexual a partir dos anos 1960 em diante. Ora o campo sexual suplantou o campo romântico. Romance tornou-se algo cafona e ridículo para os jovens. Foram educados para não dar o coração. A frieza e a distância que constato nos alunos vêm dessa deseducação para amar. A pessoa torna-se menos vulnerável às decepções de um relacionamento, mas também não consegue conectar, criar laços e sentir a plenitude da vida.

6. Antes o amor era algo sagrado, mágico, incomensurável, abarcando toda a vida. O modelo moderno exigiu que o amor se alinhe ao bem-estar e a felicidade, isto é, rejeitou o sofrimento. Esse modelo coloca o auto-interesse no centro. A experiência emocional do amor contém cada vez mais um projeto utilitarista, onde se deve garantir o máximo de prazer e bem-estar. Se surge o sofrimento, entende-se que houve um erro, uma avaliação equivocada da compatibilidade de duas pessoas.
7. Se a paixão parece um tanto ridícula para a maioria dos homens e das mulheres, o amor de muitas formas é mais crucial do que nunca. Não para amar alguém, mas para sentir que é amado. O amor tornou-se uma muleta para a autoestima. Se algo falha, se há dor, vamos ao psicólogo, ao site pedir consulta, vamos afagar um gatinho no colo, vamos a primeira pessoa que nos der consolo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Como montar um fluxo de caixa

Dando continuidade à série sobre planejamento financeiro, segue uma primeira ferramenta de grande utilidade para todos que queiram ter uma visão financeira de longo prazo.

Um primeiro passo que pode ajudar nos investimentos é organizar as finanças para que sobre dinheiro e, assim, seja possível começar a investir, como foi dito no primeiro post.

Uma ferramenta simples para ajudar nesta atividade é montar um planejamento familiar anual. Com ela, é possível entender onde são os gargalos do orçamento familiar e, assim, montar algumas estratégias.

Segue um exemplo de um Fluxo de Caixa Anual


Fluxo de Caixa Anual

Esta ferramenta é dividida em três grandes partes: Receitas - Despesas - Investimentos.


Sobre as receitas:
Assim como nas empresas, as famílias devem anotar aqui todas as suas entradas, salários de todos, e outros rendimentos



As despesas:
Nesta segunda parte são estimadas todas as saídas, divididas em três grupos, filhos, em comum e pais. 



Gastos com os filhos:


Você pode colocar os gastos estimados que terá com os filhos.



Gastos em comum:




Podem ser colocados todos os gastos que sejam compartilhados por todos da família, como aluguel da casa, carro, alimentação, etc.

O planejamento financeiro nunca vai ser igual a realidade, pois não podemos prever o futuro. Porém, ele ajuda muito na criação de uma visão estratégica da parte financeira da família. Mostra, por exemplo, que algumas decisões de agora podem influenciar muito no futuro financeiro da família, como comprar ou não uma casa, comprar ou não dois carros, etc.


Gastos com esposa e esposo:


Aqui são separados os gastos do esposo e da esposa. Todos os lançamentos na planilha como gastos com roupas, alimentação no trabalho, salários, etc são somados anualmente e colocados no arquivo.


Investimentos familiares:


No começo é demorado, mas com o tempo a bola de neve cresce vertiginosamente, e é assim que algumas famílias ficaram e ficam ricas.


Como nas empresas, para que a família possa aumentar o seu patrimônio será necessário investimentos em ativos  que gerem valor não apenas no curto prazo, mas principalmente um retorno consistente no longo prazo.

Os investimentos servem para aumentar o patrimônio da família que, com isso, começa a depender cada vez menos das rendas do emprego da mãe ou do pai. Caso o pai ou a mãe percam o emprego as receitas vindas do patrimônio familiar podem facilitar com que a família passe por esta fase mais tranquilamente.


Crescimento do patrimônio familiar:


O crescimento do patrimônio segue uma função exponencial. Logo, quanto mais tempo mais rápido ele cresce. Quando não fazemos um fluxo de caixa anual temos uma visão muito curta, não possibilitando assim enxergar o potencial de crescimento dos investimentos realizados para o longo prazo.


Resumindo a paçoca, este simples planejamento financeiro de longo prazo pode proporcionar decisões mais acertadas no presente e um crescimento do patrimônio familiar, focando no controle dos gastos e nos investimentos de ativos que gerem sólidos retornos no longo prazo.

Segue um modelo de Fluxo de Caixa.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Carnaval na Cidade Imperial

Talvez vocês se lembrem do carnaval de 2014, em que passamos momentos maravilhosos com nossos caros amigos e padrinhos de casamento em Niterói. Dessa vez, porém, fomos visitar Petrópolis - a Cidade Imperial - e desfrutamos da excelente companhia da família Braga, nossos amigos Rodolfo, Mariana, e seu pequeno Benedictus - ou Bentinho, pros mais chegados.




Começamos o passeio pela cervejaria Bohemia, onde aprendemos um pouco sobre a história do "líquido de ouro" e seu processo de produção. Criamos até um brasão para nossa própria taberna! :P





Visitamos também o túmulo de Dom Pedro II, D. Teresa Cristina, Princesa Isabel e do Conde D'Eu na Catedral de Petrópolis.



Seguindo com o passeio...









Casa de Santos Dumont




Trono de Fátima



Quitandinha







sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Os obscuros "50 tons de cinza" - Uma boa oportunidade para conversar com seu filho

Tradução publicada na página Igreja Hoje do site Medium.com - Texto original de Sheila Liaugminas pulicado na revista eletrônica Mercatornet.


Imagem por Clément, sob licença Creative Commons

Não importa como a série de livros “50 tons de cinza” veio a se tornar tão popular. Prefiro deixar os cientistas sociais desvendarem as causas e nos ajudarem a avaliar os danos em nossa cultura nas últimas cinco décadas. Mas pelo fato de ter se transformado em um filme com orçamento pesado, cuidadosamente rodado e produzido, astutamente propagandeado, a ser lançado no final de semana do dia dos namorados (uma ironia cruel) as pessoas precisam estar conscientes a respeito do que se trata. Muitos não estão. [Nota do tradutor: o dia dos namorados nos países do hemisfério norte, como os EUA e o Reino Unido, é comemorado em 14 de fevereiro].

Logo nas suas primeiras páginas, “50 tons de cinza” está seguramente situado no campo das ficções medíocres para o grande público. O leitor se depara com uma cena clichê e ao mesmo tempo bizarra na qual a protagonista descreve detalhadamente sua aparência no espelho. Continua com uma qualidade de prosa e caracterização dos personagens que não parece compatível com o grande sucesso do livro, se não fosse o fato de o gênero explorar as fantasias eróticas dos leitores — neste caso, as fantasias de centenas de milhares de leitores noturnos, ávidos por uma elaboração violenta do conto do amor proibido.

Um autor coloca a questão nestes termos: “Dois anos atrás, os vampiros estavam na moda. Agora a moda é a BDSM (sigla para designar uma classe de práticas eróticas baseadas na dominação, submissão, sadismo e masoquismo). Práticas eróticas não convencionais é o novo vampiro.”

Infelizmente, a BDSM de fato existe, ao passo que os vampiros não…


Esses pensamentos podem ser complementados pelas ideias de Miriam Grossman, com sua análise muito bem qualificada e fundamentada sobre os temas abordados no filme “50 tons de cinza”. Ela fala com autoridade de especialista a respeito de jovens leitores ávidos pelas lendas de amor proibido, mas desprovidos de um entendimento a respeito do amor verdadeiro. De fato, a doutora Grossman escreveu um série de quatro artigos para auxiliar os interessados a navegar neste campo minado. Trata-se de um guia de sobrevivência para os pais sobre como falar com adolescentes e jovens adultos a respeito do tema.

Há muitas questões a serem discutidas com esses leitores, pois eles estão completamente perdidos. O que eu quero e como eu consigo o que quero? Como eu lido com a pressão dos meus colegas e como sobreviver em uma cultura libertina? Existem consequências para o sexo, ou é apenas diversão? O que é normal? O que não é?

Esses leitores são jovens que se saem muito bem em outras áreas. Eles são bem sucedidos na escola e com os amigos; alguns deles são músicos e atletas talentosos. Mas e o romance? É aí que eles estão totalmente desorientados, e há muitas lágrimas, raiva e remorso.

Frequentemente, penso comigo: sei que estes jovens têm pais responsáveis, que os amam… mas onde eles estão? Mães e pais, avós, eu vos rogo: não importa o quão bizarro isso seja, vocês precisam falar com os seus filhos sobre a intimidade — ou seja, sobre o que é e o que não é. Não estou falando apenas de adolescentes, mas também de adolescentes que já são maduros, que saem com outros adolescentes.


Eis aqui a oportunidade perfeita. O presente de Hollywood para nós neste dia dos namorados é o filme “50 tons de cinza”. Com a propaganda milionária da Universal Pictures, e uma trilha sonora da Beyonce, seus filhos estão prestes a ser bombardeados com uma mensagem perigosa sobre o amor. Mas como isso pode ser considerado um presente?

“50 Tons de Cinza” ensina a sua filha que a dor e a humilhação são eróticos, e ao seu filho ensina que as meninas querem caras que controlam, intimidam e ameaçam. Em poucas palavras, o filme retrata o abuso físico e emocional como sexualmente estimulante para ambas as partes.

Você bem sabe que essas são mentiras atrozes, mas seus filhos podem não estar seguros disso. Se o mundo fosse um lugar melhor, eles não teriam que ouvir essas coisas brutalizantes. Mas este é o mundo em que vivemos.

A boa notícia é que você pode tirar proveito disso. Não se desespere, pois há aí uma chance de você se conectar com seu filho e ajudá-lo de um modo único. Toda referência da mídia ao filme é uma oportunidade preciosa, uma chance de avisar seu filho a respeito da manipulação em curso. É um prato cheio para uma discussão sobre relacionamentos doentios — como reconhecê-los e evitá-los.

Você pode se preparar para isso fazendo a seguinte lição de casa:

1. Informe-se sobre o enredo do filme e seus personagens principais, Christian e Anastasia — isso lhe dará credibilidade. Faça isso lendo uma sinopse, como a que está disponível no Wikipedia
.

2. Identifique algumas oportunidades para um tempo privado e ininterrupto com seu filho. Talvez no carro, ou enquanto estão juntos na garagem ou na cozinha. Se você acha que não será possível, considere uma pequena recompensa, por exemplo “tem algo realmente importante que gostaria de lhe falar. Se você desligar o seu telefone por quinze minutos enquanto nós conversamos, te darei vinte reais”. Não há nada de errado nisso.

Meu objetivo é este: que no dia dos namorados você diga “Obrigado, Universal Pictures”. Eu costumava adiar aquela conversa com meu filho sobre este tema difícil. Mas o filme “50 Tons” é tão extremo, tão absurdo, que tive que tomar uma atitude. E agora estou tão satisfeito por isso… pois nós tivemos uma das conversas mais importantes de nossas vidas.

Bom conselho. Pois esses jovens interagindo todo o tempo com as mídias e a cultura pop estão certamente confusos. Mas também seus pais. Eu recebi Patrick Trueman no meu programa esta semana. Ele é ex-diretor da seção de Exploração Sexual Infantil e Obscenidade do Departamento de Justiça, e atual presidente do Centro Nacional de prevenção à Exploração Sexual. Discutimos como sua organização está envolvida no combate ao uso frequente da pornografia violenta sob o disfarce da fantasia romântica. Ele disse que esse filme promove a tortura, o abuso e o sadomasoquismo, legitima a violência doméstica, e, particularmente, a violência contra a mulher.

No mesmo dia, uma amiga entusiasmada com o planejamento de seu casamento contou-me, ansiosa, sobre duas mulheres conhecidas suas que estavam planejando ver o filme no dia da estreia. Uma delas é a sua futura sogra. A outra uma colega que trabalha em um abrigo para mulheres que sofreram abuso. Esta é, declarou minha amiga, a extensão da total ignorância das pessoas a respeito da realidade atroz e perversa retratada neste filme. E isso reforça a necessidade que temos de informar o máximo de pessoas que pudermos.


Sheila Gribben Liaugminas é uma jornalista norte-americana ganhadora do prêmio Emmy. Ela cobre assuntos de fé, cultura, política e mídia.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Materiais para aprender a investir no mercado de ações

Bull of Wall Street, por Marc Ben Fatma, sob licença Creative Commons.


Gostaria de compartilhar um material bem interessante para aqueles que gostam de finanças. Venho comentando estas idéias com meus amigos e todos ficam muito empolgados com este tema. Esse é um ótimo assunto também para quem está formando um lar, pois o acúmulo de patrimônio, bem entendido, ajuda muito no desenvolvimento da família.

Neste post vou apenas comentar sobre alguns materiais interessantes para quem gostaria de aprender a investir no mercado de ações. Em 2014 dei um curso rápido sobre o assunto chamado "Mitos no Mercado de Ações" e nele abordei mitos como "eu preciso de muito dinheiro para investir em ações" (conheço pessoas que investem há mais de um ano uns 30 reais por mês e já conseguiram comprar participações de mais de 10 empresas) ou "eu preciso ser um economista e entender tudo sobre o mercado de ações para investir" (com alguns conceitos simples dá para gastar apenas uns 5 minutos por ano para cada empresa e só).

Um site muito bom que tenta clarear estes pontos é o Bastter.com, lá você consegue analisar de forma fácil todas as empresas na bolsa de valores.

Com este material muitas pessoas poderiam começar a investir nas empresas brasileiras e participar dos seus lucros.

Exemplos de vídeos do Bastter.com:

Para entender buy and hold:

Exemplo de empresas:


Ambev
Vale
OGX


Analisando nestes quadros dá para, de uma forma bem rápida, entender quais empresas são boas e quais são ruins para investir.

Sugiro, também, um livro bem interessante para quem quiser se aprofundar no assunto. O autor Jeremy Siegel fez um estudo no mercado americano de 200 anos e mostra que as ações no longo prazo são o melhor e mais seguro investimento, pois se não fosse assim o pais não abriria nenhum negócio. Se dá mais lucro investir em um título do governo ao invés de abrir um empresa, logo nenhum empreendedor abriria um negócio.

Neste gráfico ele mostra um dólar investido há 200 anos em títulos do governo, valendo em 2001 por volta de mil dólares e um dólar investido na média do mercado americano que em 2001 estava por volta de 700 mil.




Com este estudo o autor tenta mostrar que o mercado de ações é uma ótima opção para potencializar os investimentos de qualquer cidadão, família ou organização.

Seguem outros vídeos para entender o mercado de ações:

How to Stock Market Works

Make Mine Freedom



Para terminar segue o exemplo de uma análise da empresa que está na moda:

Análise da Petrobrás:

Evolução Anual do Balanço:
O vermelho mostra como a empresa está se endividando muito e como este problema não é de agora. Logo, quem investiu e analisou desta forma saberia que desde 2006 a empresa está se complicando.




Balanço da empresa:

O ROE mostra qual foi o retorno sobre o patrimônio investido. Exemplo: Na poupança o retorno é por volta de 6% e na Petrobrás este retorno estava por volta de 25% a 30% e desde 2008 vem caindo sem parar.



Fluxo de Caixa da empresa: O FCL, fluxo de caixa livre, é, resumidamente, se sobra ou não dinheiro no caixa da empresa no final do ano, menos os investimentos:



Deixem aqui os seus comentários sobre esta empresa.


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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Já montou seu presépio?

Imagem sob licença creative Commons por wbeem

      Muitos de nós não conhecem a origem do presépio, ou até já ouviram falar, mas não lembram exatamente. Isabel de Almeida Serrano, em seu livro O Natal (Vozes, 1963), nos conta essa bela história:

"São Francisco de Assis desejava ardentemente celebrar o Natal representando a cena da gruta de Belém. E para isso obtivera do Papa a necessária autorização. 

Em 1223 entendeu-se com Giovanni Velita, seu amigo, e lhe disse 'Se gostares de festejar comigo o Natal em Greccio, vai e prepara antes de minha chegada o seguinte: gostaria de ver representado o recém nascido de Belém, para bem se compreender o estado de abandono em que deve ter-se encontrado quando nasceu, carecendo de tudo quanto uma criança necessita. Gostaria de vê-lo numa manjedoura, sobre palhas, e os animais rodeando-o".

No mosteiro de Greccio, sobre rochedos, Giovanni Velita preparou uma manjedoura em pedra bruta, forrada de palhas, rodeando-a com animais domésticos, o boi e o jumento. Entretanto, não colocou qualquer imagem de Nosso Senhor pequenino, devido ao respeito que São Francisco nutria e que o impediria de permitir ali colocarem uma criança viva ou uma imagem representando o Menino Jesus.

Ao cair da noite de 24 de dezembro de 1223 São Francisco ajoelhou-se ante aquela manjedoura, para rezar. E tão fortes eram a sua fé e o seu amor que - oh! prodígio! - o Menino se tornou visível sobre as palhas, estendendo-lhe os bracinhos.

Naquela noite, em Greccio, na Úmbria (onde existe hoje uma capela sob cujo altar se encontra a pedra da manjedoura) iniciou-se o Presépio e foi celebrada a primeira Missa do Galo, a Missa de meia-noite, que constitui a melhor e mais adequada maneira de se prestar homenagem ao Menino Jesus.

Daí por diante o uso de se armarem presépios foi se generalizando, adotando-se tão piedosa prática não apenas nas igrejas, mas também nos lares cristãos".


     Aos poucos o presépio foi conquistando um espaço maior na arte cristã. Mais e mais artistas se dispuseram a confeccioná-los e os presépios passaram a ser cada vez mais complexos. Inicialmente a exposição dos presépios se dava nas igrejas, mas passou também a ser uma prática das residências, começando pelos palácios, onde se expunham presépios suntuosos, com muitas figuras e cenários variados.
     Hoje em dia, com os presépios que ''já vem prontos'', com os personagens fixos na gruta, acabou se perdendo um pouco da tradição de enfeitar presépios maiores, pensar na decoração, etc. Isso é algo que precisa ser retomado! A montagem da cena da Natividade nos prepara para o grande dia, além de ser uma oportunidade ótima para envolver a família no projeto.
     Nem todos podemos ter presépios como os que eram expostos pela nobreza em seus palácios, mas todos podemos buscar adquirir um presépio bonito e digno. Não precisa ser gigante e com luzes brilhantes. Se isso está dentro das possibilidades da família, ótimo! Investir no presépio é uma maneira muito boa de viver a pobreza cristã, que não é tacanhice, gastando para oferecer a Deus o melhor.
     Para além dos personagens, também é importante pensar no cenário. Areia, pedrinhas, grama artificial, papel crepom, papel pedra, enfim... o que sua imaginação permitir! Sua família e todos os que visitarem sua casa pelo tempo em que o presépio esteja montado devem ser cativados pela atmosfera do nascimento do Deus Menino. Esse é um ótimo apostolado: Mostrar a todos que investimos tempo e diligência com as coisas de Deus.


Imagem sob licença Creative Commons por Lorenzoclick

Quero aproveitar para compartilhar com vocês uma ideia muito interessante que retirei também do livro O Natal, de Isabel de Almeida Serrano. Trata-se dos "Ofícios no Presépio".

"Tudo quando possa interessar a criança, fixando-lhe a atenção no presépio e, portanto no Mistério da Encarnação, convém que seja feito e propagado.

Conheci uma coleção de pequenas estampas coloridas, fabricadas na França, nas quais havia uma representação do Menino Jesus deitado na manjedoura e, junto a ela, a de uma pesonagem ou de um objeto relativos ao acontecido na gruta de Belém. Em cada estampa lia-se uma inscrição especificamente do ofício ou tarefa que qualquer pessoa poderia representar, assumindo o papel dos seres que ali se viam. Por exemplo, na estampa em que aparecia a estrela constava a legenda: 'Farei o ofício da estrela do presépio guiando uma alma para Jesus Cristo'. E assim por diante.

Os visitantes de um presépio tiravam à sorte uma estampa, como recordação daquele presépio e do dia de Natal. E naturalmente deveriam executar a função que lhes coubera por sorte.

Na falta de estampas com as legendas adequadas impressas, pode-se proceder da seguinte maneira: adquirem-se emblemas representando o Menino Jesus e no verso escreve-se um ofício.

Transcrevemos aqui alguns ofícios que podem variar de acordo com a inspiração da pessoa que escrever as legendas.

1° Farei o ofício de NOSSA SENHORA, recebendo o Menino Jesus em fervorosas comunhões.
2° Farei o ofício de SÃO JOSÉ, executando paciente e conscienciosamente os trabalhos de cada dia.
3° Farei o ofício dos ANJOS, rezando uma Salve Rainha em louvor de Nossa Senhora
4° Farei o ofício dos PASTORES, rezando com atenção minhas orações diárias.
5° Farei o ofício do REI GASPAR, oferecendo ao Menino Jesus o incenso das minhas confissões contritas.
6° Farei o ofício do REI MELCHIOR, oferecendo ao Menino Jesus a mirra de sempre evitar o pecado mortal.
7° Farei o ofício da ESTRELA ensinando (ou aprendendo) a doutrina cristã.
8° Farei o ofício da MANJEDOURA, rezando três Pai Nossos em louvor do Menino Jesus.
9° Farei o ofício das PALHAS da manjedoura, oferecendo ao Menino Jesus um pequeno sacrifício.
11° Farei o ofício do BOIZINHO, procurando ser sempre paciente.
12° Farei o ofício do JUMENTINHO, sofrendo com resignação qualquer aborrecimento."

A linguagem e as tarefas dos ofícios podem (e devem) ser adaptadas à idade a formação religiosa das pessoas que as receberão, claro. Não sei bem o que a autora quis dizer com "emblemas", mas é possível imprimir uma imagem bela do Menino na manjedoura, colar num papel mais durinho e colocar a mensagem no verso.

Imagem sob licença Creative Commons por Squiggle

Espero que as dicas tenham sido úteis e que vocês enviem fotos dos seus presépios! Feliz Natal!



terça-feira, 4 de novembro de 2014

Positivo e operante


Com tanta propaganda contraceptiva, a mentalidade corrente passou a ser a de que gravidez se pega no ar que nem resfriado. Não é bem assim. Sabiam que as chances de um casal saudável engravidar são de apenas 20% a cada mês? Pois é.

No início do casamento eu fiquei muito ansiosa e me perguntava quando conseguiria engravidar. Tenho a Síndrome dos Ovários Policísticos e, embora isso não necessariamente impeça a mulher de gravidar, às vezes dificulta o processo. Minha mãe também tinha e eu demorei dez(sim, dez) anos para nascer! Eu também tenho três irmãos no céu que não nasceram.

Com esse histórico familiar acrescido ao fato de que os meses passavam e eu não engravidava, fiquei ainda mais ansiosa. Como tenho ciclos bem irregulares, vivia fazendo testes de farmácia e nada. Cheguei até mesmo a ficar 3 meses sem menstruar e me enchi de esperança, mas deu negativo.

Resolvi procurar um médico para tentar iniciar um tratamento. Ele pediu uma ultrassonografia transvaginal, mas não consegui fazer na data marcada e só pude remarcar para dali a um tempo. Da segunda vez que marquei resolvi fazer um teste de gravidez na véspera, só por desencargo de consciência.

É que eu pensava que essa ultrassonografia não poderia ser feita em grávidas. Minha menstruação estava um pouco atrasada(até aí nada de novo,) e não quis arriscar fazer uma ultra que pudesse trazer problemas caso eu estivesse mesmo.

Já estava bem acostumada aos negativos. Tenho uma amiga que disse que, quando ela descobriu que estava grávida, logo apareceu a segunda linhazinha no teste, mal ela tinha inserido a tira na urina. Eu sempre esperei os minutos que o teste sugere, mas sem muita esperança. Era dia 15 de julho.

Coloquei meu teste em ação e fui lavar a louça, pentear o cabelo, enfim, qualquer coisa que eu precisasse fazer só para dar o tempo necessário e poder jogar fora. Surpresa! Quando fui pegar o bendito para colocar no lixo eu a vi. Fraquinha, fraquinha, mas minha segunda linha tão esperada estava lá.

Fiquei chocada. Eu não estava mais tão ansiosa e já tinha aceitado que teria de esperar quando, de repente..., isso! Resolvi que faria um exame de sangue naquele dia mesmo para ver se era verdade e poder contar para o papai com convicção.

Aí começou minha saga. Antes de fazer o exame, que seria no centro do Rio, resolvi passar na Tijuca. Queria comprar um babador que tinha visto numa lojinha para poder fazer uma surpresa pro Marcos. Depois disso fui até o laboratório e, na hora de pagar para fazer o exame, cadê a carteira?

Só podia ser brincadeira. Tive que andar e pegar o metrô de volta – devia ter ficado na lojinha. Fui até lá e nada, mas pude ver nas câmeras que eu saí da loja com a mochila fechada. Lembrei, então, que quando estava no elevador indo para o laboratório a parte externa da mochila estava aberta. Pois é, provavelmente me furtaram.

Não pude fazer o exame sem dinheiro. Voltei para casa e contei mesmo assim! Disse pro meu marido que “hoje em dia esses ladrões não respeitam nem grávida...”. Ele não entendeu muito bem e eu tive que ratificar a informação. Ficou radiante, mas a nossa ficha só cairia de fato quando tivéssemos o resultado “oficial” do exame de sangue.

O engraçado é que a lojinha na Tijuca fica do lado da Basílica de Santa Theresinha, onde nos casamos. Pode parecer bobagem, mas parecia que ela queria que eu desse uma olhada na casinha dela antes de saber o resultado.

No dia seguinte, 16 de julho, era festa de Nossa Senhora do Carmo. Se vocês acompanharam os posts sobre o casamento, saberão que entreguei meu buquê a ela. Junto de São Thomas More – porque quisemos casar no dia dele –, a Virgem do Carmo é a padroeira da nossa família.

Fiz o exame. De noitinha ganhei de uma amiga um marcador de livros da santinha de Lisieux – inesperadamente. Falaram para ela que eu gostava de Santa Theresinha e ela resolveu me presentear. Fiquei ainda mais confiante porque meu resultado viria das mãos de Deus, fosse positivo ou negativo.


E foi positivo. Vimos o resultado online e descobrimos que a gestação ainda estava bem no começo. Contamos para algumas pessoas próximas, mas para a maioria dos familiares, amigos e “o público em geral” só quando completei 12 semanas. Agora estou com 20 e dia 14 faço a morfológica. Será menino ou menina? Rezem por nós! :)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sobre um título completo

Já faz tempo que não posto nada no blog e peço desculpas a todos que nos acompanham – e tem tanto carinho por nós! – por essa falta. Ando numa correria só com um novo estágio e algumas aulas a noite na faculdade, mas agora vou tentar ser mais regular. Na verdade, tenho vivido momentos e descoberto coisas que não posso deixar de dividir com vocês. Uma leitora do blog me perguntou no Facebook se eu não comentaria nada aqui sobre o que temos vivido ultimamente e o farei, afinal o título Do Namoro aos Filhos, finalmente terá suas palavras fielmente retratadas nas linhas desse blog. Estou grávida!

 “Mas, Barbara, como assim? Vocês não quiseram aproveitar um pouquinho a vida antes?”

Claro que queremos aproveitar a vida! É exatamente por isso que decidimos que eu engravidaria tão logo Deus o desejasse. A felicidade, por ser grande, merece ser compartilhada, não acham? Com relação a isso de esperar um tempo para ter filhos, convido-os a ler um trecho do livro Amor e Casamento, de Cormac Burke(grifos meus): 

     Há quem afirme que alguns anos de vida conjugal sem filhos ajudarão o casal a amadurecer e a preparar-se para dar início à construção de uma família. Mas, perguntamos, que pode haver nessa vida a dois, com as responsabilidades reduzidas ao mínimo, que seja realmente capaz de amadurecer marido e mulher? O momento em que um casal está mais bem preparado para começar a vida familiar é precisamente aquele em que se casaram. O clima romântico que ainda envolve esses primeiros anos de vida conjugal ajudá-los-á a enfrentar com maior prontidão e alegria os sacrifícios que os filhos exigem. Aliás, esse amor idealista e romântico está na verdade previsto pela natureza para facilitar o processo de amadurecimento do casal no sacrifício. Mais adiante, já não será tão fácil consegui-lo e o processo pode até não funcionar. Se adiarem os primeiros filhos até o momento em que já não estejam imersos no amor romântico, a dedicação e o sacrifício requeridos pelos filhos poderão pesar-lhes demasiado..., exatamente porque não amadureceram o suficiente.
     Se dois jovens que se amam não querem fundar uma família, será melhor que não procurem casar-se. Muito provavelmente fracassarão. Poderíamos comparar essa situação à de um carro a que se quisesse dar partida com a correia do alternador quebrada; durante algum tempo o carro andará, mas cedo ou tarde a carga da bateria terminará...
Eu sei que isso pode parecer um pouco duro e que talvez existam casos em que possa não ser recomendável ter filhos imediatamente após o casamento, afinal não se trata de receita de bolo. De modo geral, porém, eu recomendaria que se aguardasse para marcar o casamento no momento em que os dois estiverem dispostos a ter filhos. O professor Felipe Aquino diz que quem não está preparado para ter filhos não está preparado para casar. No mais, recomendo fortemente a leitura desse livro de Burke, no qual ele comenta também o fato de que todo casamento chega a um ponto de crise conjugal e, se já tem filhos, tem motivos de sobra para permanecerem juntos e vencerem as dificuldades, o que pode significar uma vantagem em relação a um casal que tenha optado por adiar os filhos.

E a sua faculdade?

Olha, eu casei com 19 anos e não estava ainda nem na metade da faculdade. Isso se deve muito ao fato de que meu esposo é 10 anos mais velho que eu, afinal não é tão simples casar cedo quando seu noivo e você ainda estão na faculdade. Agora cheguei aos 20 e estou teoricamente na metade da dita cuja, mas quando aceitei casar eu também aceitei meus filhos. Eu sabia do "risco" de engravidar logo e, sinceramente, queria engravidar na lua de mel se possível fosse.

Na minha opinião é muito mais fácil cuidar das crianças enquanto se é jovem e não se tem (tantos) problemas de coluna... É verdade que eu vou precisar trancar a faculdade por um tempo, mas e daí? Sinceramente, em que isso vai interferir no meu futuro? Muitas pessoas não compreendem a decisão de que alguém deliberadamente engravide no meio da graduação, mas se é tão grave interromper os estudos para engravidar, pobres de nós! Afinal, as pós-graduações, mestrados e doutorados da vida também não poderiam esperar, se seguirmos essa lógica...

Muitos dizem também que é melhor conseguir um emprego bom antes de ter filhos... Mas, o que é um emprego bom? Quais são as necessidades que estamos criando e os luxos dos quais não queremos nos desprender? Se formos esperar o sucesso profissional, esperaremos demais, ignorando o fato de que a fertilidade também tem seu prazo de validade. Não podemos esquecer também de confiar em Deus. Cada criança traz um pão debaixo do braço!


No próximo post vou contar como descobri meu positivo, aguardeeem! :D